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As tragédias do sul e do norte exigem respostas transformadoras coletivamente construídas. Artigo de Geraldo Fernandes e Fábio Roque

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14 Novembro 2024

"As crises que enfrentamos, muitas vezes sobrepostas, não têm soluções simples e não podem ser resolvidas por um único setor da sociedade. Elas demandam respostas colaborativas e multissetoriais, construídas coletivamente com base em múltiplos saberes", escrevem Geraldo Fernandes e Fábio Roque, em artigo publicado por ((o))eco, 13-11-2024.

Geraldo Wilson Fernandes é professor no Departamento de Genética, Ecologia e Evolução da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em Belo Horizonte, MG e integrante do Knowledge Center for Biodiversity.

Fábio Roque é professor na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e membro do Centro de Ciência Ambiental e Sustentabilidade Tropical (TESS), na James Cook University, em Cairns, Austrália. 

Eis o artigo.

Ao longo da história, o povo brasileiro enfrentou uma série de eventos catastróficos, desde desastres naturais, como enchentes e secas, até crises induzidas pelo ser humano, como pandemias e conflitos sociais. Embora essas catástrofes frequentemente tragam angústia, dificuldades e disrupções profundas, elas também possuem uma notável capacidade de atuar como catalisadoras de mudanças transformadoras e respostas coletivas. Diante da adversidade, sociedades, comunidades e indivíduos são frequentemente forçados a reavaliar suas normas, sistemas e comportamentos. Esses eventos de crise apresentam oportunidades para romper com o status quo, desafiar grupos, práticas enraizadas e iniciar transformações que podem levar a maior adaptação, resiliência e inovação, muitas vezes motivadas pela necessidade.

As enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul deixaram marcas indeléveis em comunidades inteiras, desnudando não apenas a força da natureza, mas também a resiliência do povo brasileiro. A resposta à calamidade foi intensa e significativa. O governo federal mobilizou equipes de emergência e enviou recursos financeiros, alimentos e medicamentos para os desabrigados. Planos de contingência foram ativados para monitorar a situação e mitigar danos, demonstrando a importância de uma estrutura organizada em momentos de crise.

Por outro lado, a solidariedade da população foi palpável. Em todo o país, campanhas de arrecadação se espalharam, enquanto voluntários se organizavam para oferecer ajuda nas áreas mais afetadas. A sintonia entre o governo e a sociedade civil foi fundamental para enfrentar essa tragédia e auxiliar na recuperação das comunidades atingidas. A empatia e a ação coletiva mostraram que, mesmo em meio à dor, a sociedade brasileira tem um forte tecido social de resposta às catástrofes, marcado por redes de colaboração, que nessas horas, supera polaridades e discursos de austeridade.

Entretanto, as causas das enchentes revelam uma teia complexa de fatores climáticos e geográficos. Chuvas intensas, cada vez mais frequentes devido ao aquecimento global, somam-se à urbanização desordenada, que ignora a impermeabilização do solo e a necessidade de drenagem adequada. A falta de manutenção de rios e córregos, obstruídos por lixo e sedimentos, e sistemas de drenagem insuficientes exacerbaram a situação. Além disso, o desmatamento continua a reduzir a capacidade do solo de absorver água, contribuindo para um ciclo vicioso de alagamentos. O que ocorreu no Sul pode ser um prenúncio de problemas similares em outras regiões do Brasil, onde a vulnerabilidade a desastres naturais aumenta.

Enquanto a vida no Sul começa a voltar ao normal, um cenário alarmante se desenrola no Norte do país. Na vasta Amazônia, os “povos da água” enfrentam uma calamidade pública silenciosa, marcada por secas históricas que persistem pelo segundo ano consecutivo. Sem água, o deslocamento se torna impossível, e a fome se agrava em comunidades já empobrecidas. Para muitos, a única alternativa é consumir água contaminada, uma realidade cruel para quem vive à margem da sociedade.

Essa população invisível, composta por indígenas e comunidades ribeirinhas, luta para sobreviver ano após ano, frequentemente esquecida até que se aproxima o período eleitoral, quando suas vozes são temporariamente ouvidas.

As crises que enfrentamos, muitas vezes sobrepostas, não têm soluções simples e não podem ser resolvidas por um único setor da sociedade. Elas demandam respostas colaborativas e multissetoriais, construídas coletivamente com base em múltiplos saberes. É fundamental que haja investimentos de longo prazo e mudanças transformadoras em nossos sistemas sociais e educacionais, além do fortalecimento das redes sociais e da colaboração em diversos níveis.

Neste contexto complexo, é imperativo desenvolver um programa nacional que una o conhecimento ancestral à ciência moderna, envolvendo uma população cada vez mais informada e empoderada. A crença em um Brasil unido se torna essencial para enfrentarmos os desafios que se avizinham, que incluem questões sociais, econômicas e políticas, além das crises climáticas e da erosão da biodiversidade.

Se não tomarmos medidas agora, as tragédias vividas no Sul do país poderão se repetir, atingindo novos lares e devastando vidas, especialmente as mais vulneráveis. É importante lembrar que, em situações similares, nossos compatriotas nos sertões, pantanais e caatingas também enfrentam adversidades sem serem vistos. O futuro do Brasil depende de nossa capacidade de agir coletivamente, com inteligência, coragem e compaixão.

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