Em 4 de setembro, o ex-presidente Donald Trump lançou a coalizão "Católicos por Trump" como parte de sua campanha, com o objetivo de alcançar eleitores católicos. Uma pesquisa recente indicou que os eleitores católicos atualmente tendem a apoiar a vice-presidente Kamala Harris na eleição presidencial.

A reportagem é de Kate Scanlon, publicada por OSV News, 10-09-2024.

Em um comunicado à imprensa, a campanha Trump-Vance afirmou que o candidato republicano "anuncia ‘Católicos por Trump,’ uma coalizão comprometida em proteger os princípios vitais da liberdade religiosa e defender os valores familiares que o presidente Donald J. Trump defendeu arduamente."

O site da coalizão afirma que Trump "fez mais pelos católicos do que qualquer outra administração na história," destacando a criação de uma nova Divisão de Consciência e Liberdade Religiosa no Departamento de Saúde e Serviços Humanos durante seu governo e a "maior aplicação das proteções legais para os americanos com objeções religiosas e morais a certos serviços de saúde," além da Iniciativa de Fé e Oportunidade da Casa Branca para aconselhar o governo sobre questões relacionadas à fé e encontrar maneiras de colaborar com organizações religiosas.

O site também destaca que Trump foi o primeiro presidente a participar pessoalmente da Marcha pela Vida anual. No entanto, alguns observadores políticos notaram que o fato de ele ter nomeado três juízes para a Suprema Corte, que mais tarde votaram para derrubar Roe v. Wade – a decisão de 1973 da Suprema Corte que legalizou o aborto em todo o país – incluindo dois juízes católicos, não foi mencionado no site como uma realização.

Uma versão original do site apresentava uma imagem de Trump e sua esposa, a ex-primeira-dama Melania Trump, sob um mural de arte do padre Marko Rupnik, acusado de abuso. Mas essa imagem foi posteriormente alterada para uma foto do casal no Vaticano.

Matt Schlapp, que copresidiu o grupo de campanha Católicos por Trump em 2020, foi listado como um dos membros da coalizão, junto com sua esposa, Mercedes Schlapp, que trabalhou na administração Trump.

Em uma declaração conjunta, o casal afirmou: "O presidente Trump continuará a defender nossas liberdades religiosas e nossos valores consagrados na fé e na família. Seu papel de liderança é mais necessário do que nunca, pois ele entende que as famílias americanas são os pilares de uma sociedade forte".

Em outro possível sinal de que a campanha de Trump está buscando eleitores católicos, Trump pareceu reconhecer a celebração da festa da Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria pela igreja em 8 de setembro – o calendário romano marca o aniversário de Maria nesse dia, porque é nove meses após a festa da Imaculada Conceição, em 8 de dezembro. Trump escreveu "Feliz Aniversário, Maria!" acompanhado de uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe em uma postagem em sua rede social Truth Social.

Especialistas católicos que conversaram com o OSV News identificaram pontos de acordo e de tensão entre as plataformas de Harris e Trump com respeito ao ensino social católico, em questões que vão do aborto e fertilização in vitro até imigração, trabalho e clima.

Uma página “Católicos por Harris” no site da candidata democrata, no momento da publicação, mostrava um formulário para inscrição de voluntários.

Uma pesquisa da EWTN News/RealClear Opinion Research com eleitores católicos dos EUA – realizada de 28 a 30 de agosto – constatou que 50% dos eleitores católicos planejam apoiar Harris para presidente, enquanto 43% disseram que planejam apoiar Trump, com outros 6% indecisos. Entre os católicos hispânicos, 59% disseram que planejam apoiar Harris, enquanto 30% planejam apoiar Trump.

Quando os eleitores católicos indecisos foram questionados sobre para qual candidato eles tendiam, o apoio geral a Harris aumentou para 54%, e a Trump para 45%.

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