#questionamentos. Artigo de Gianfranco Ravasi

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14 Setembro 2024

"Há um outro caminho, o da religião (e a ele nós acostaríamos outros canais de conhecimento, como a arte, a poesia, o amor), que busca respostas para as perguntas sobre o sentido último da vida. Tomemos cuidado, então, para não amputar essa riqueza de caminhos reduzindo tudo à mente, ao fazer ou à crença cega", escreve o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, ex-prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 08-09-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O que eu posso saber? O que eu devo fazer? E o que eu posso esperar? Aqueles que estudaram um pouco a história da filosofia sabem que essas três perguntas foram formuladas em primeira pessoa por um dos maiores pensadores, o alemão Immanuel Kant, em uma de suas obras fundamentais, Crítica da razão pura (1781). Ele mesmo, em outro de seus escritos, publicado postumamente em 1800, intitulado simplesmente Lógica, explicará esses questionamentos da seguinte forma: “A primeira questão é respondida pela metafísica, a segunda pela moral e a terceira pela religião”.

E acrescentará uma pergunta que resume a trilogia anterior: “O que é o homem?” Façamos uma breve pausa em torno desse tríplice questionamento. Ele nos faz entender que, para definir plenamente a pessoa humana, são necessários vários conhecimentos que não se limitam à razão, embora fundamental, que é a primeira da nossa busca de sentido. No entanto, a ação também é indispensável, realizando as escolhas certas que dão concretude ao pensamento.

Mas há um outro caminho, o da religião (e a ele nós acostaríamos outros canais de conhecimento, como a arte, a poesia, o amor), que busca respostas para as perguntas sobre o sentido último da vida. Tomemos cuidado, então, para não amputar essa riqueza de caminhos reduzindo tudo à mente, ao fazer ou à crença cega. Por fim, como corolário necessário, lembremo-nos de que na raiz sempre deve estar o conhecimento de si mesmos. O sábio chinês Lao-Tzu afirmava no século V a.C.: “Aquele que conhece os outros é sábio. Aquele que conhece a si mesmo é iluminado”.

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