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A moral após o individualismo: a anarquia dos valores

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08 Abril 2021

Que moral é possível após o individualismo? O filósofo jesuíta Paul Valadier pondera que a anarquia de valores é a descrição mais adequada para caracterizar o “contexto da moral, sua atmosfera, o meio no qual se insere toda reflexão moral”. Entretanto esclarece, desde logo, que a palavra “anarquia” deve ser tomada no sentido de sua etimologia grega, isto é, como ausência de princípio unificador (an-archè)”. Ele sabe, de antemão, que essa expressão pode se prestar a mal-entendidos: “Ela pode, de fato, dar a entender que, na reflexão e na vida moral atuais, não reinariam senão confusão, caos, logo, anarquia, entendida como ausência de princípios organizadores e estruturantes da vida social e política. Poderia também sugerir que nossa situação ética, ela própria, não conhece mais “moralidade dos costumes” (Sittlichkeit); poderia ainda dar espaço para as lamentações bem conhecidas sobre os infortúnios dos tempos, a decadência moral e espiritual, refrão mais ou menos constante na história da humanidade, desde a mais remota antiguidade, como muitos depoimentos poderiam comprovar”. A reflexão de Valadier acaba de ser publicada na edição 31 dos Cadernos Teologia Pública, sob o título A moral após o individualismo: a anarquia dos valores.

Valadier menciona que depois da queda dos regimes marxista-leninistas acaba a “vontade de formatar uma sociedade regida por uma ideologia única. Mas em outra situação ou anteriormente, o fim de uma cristandade unida, por exemplo, sob o efeito das reformas religiosas e das guerras de religião que seguiram, também deu lugar a uma diversidade de modos de crer, agir e pensar, que introduziram um pluralismo fundamental na vida comum. Em outras palavras, poder-se-ia dizer que a modernidade consiste justamente na tomada de consciência da autonomia das realidades terrestres, para falar como o Concílio Vaticano II, uma vez que a abordagem científica das coisas obriga a levar em conta a irredutível variedade dos campos do real e a inelutável variedade dos métodos de investigação e de análise desses campos”. Em sua análise, ele percebe o desaparecimento da unidade ideológica junto de uma valorização crescente da diversidade do real impulsionada pelas ciências, entre outros fatores. “Podemos caracterizar essa situação evolutiva e não fixa pelo termo de “secularização”. Esse termo designa o progressivo, lento, inacabado, de certa forma inelutável e inevitável processo de saída da unidade religiosa ou ideológica e, paralelamente, o advento da pluralidade em todos os níveis da vida”.


"Errando num vazio infinito"

Valadier afirma que “as Igrejas devem abandonar a pretensão de reger o desenvolvimento das ciências e da economia ou de ditar regras aos artistas para que respeitem uma crença compartilhada. O fracasso do marxismo-leninismo em impor em todos os campos a mesma marca ideológica mostra, por sua vez, que essa ideologia talvez não passasse de uma regressão do pensamento e da prática, provocada pela nostalgia de sociedades tradicionais unificadas, regressão esta que não pode senão romper-se sob a pressão do pluralismo típico da modernidade. Ninguém mais pode pretender sobrepujar a multiplicidade dos pontos de vista e das abordagens e muito menos dominá-la a partir de um único princípio”. Assim, parece correto ao filósofo mencionar o conceito anarquia de valores.

Evidentemente, isso não quer dizer que a religião, as igrejas ou a teologia perderam toda sua pertinência, nem mesmo que elas são vãs e que “morreram”: elas “devem simplesmente ser consideradas também como pontos de vista, abordagens do real, úteis e necessárias para compreender nosso mundo e nele agir. No entanto, também não são mais aqueles lugares em que se estaria em posição de dominação e de regulação última do real”.

Recuperando o conhecido aforismo 125 de A gaia ciência (Die fröliche Wissenschaft), O homem louco (Der tolle Mensch), Valadier discute as conclusões perturbadoras que essa obra de Nietzsche pressentiu há mais de cem anos. Ele menciona que, para Nietzsche, a “eliminação da referência a Deus, concebido como pedra angular da estabilidade e da unidade de todas as coisas, não inaugura de modo algum uma era de libertação e de emancipação para a humanidade; ao contrário, o desaparecimento daquilo que dava equilíbrio a todas as coisas provoca uma desorganização radical e completa de um universo familiar e tranqüilizador. A perda da unidade introduz então um caos que submerge tudo. É como se a Terra tivesse se desprendido de seu sol, como se o mar tivesse sido esvaziado ou o horizonte, sugado, como se errássemos agora num vazio infinito”.

Mantendo-se no plano da reflexão moral, Valadier diz que uma das conseqüências dessa anarquia dos valores é a o fato de que tudo parece equivaler-se. Esse relativismo (que aqui poderia ser substituído sem prejuízo de sentido pelo termo niilismo) “espreita”, como o mais incômodo dos hóspedes, nossa vida cotidiana. Outra problemática observada é que tal nivelamento de valores leva à paralisia da vontade e da razão: “por que impor a condenação da tortura a sociedades habituadas à coação? Por que introduzir a liberdade de opinião em sociedades autoritárias que a ignoram? Por que lutar pela igualdade entre os sexos em lugares onde a tradição estrutura há muito tempo essa relação em detrimento das mulheres, e em nome de quê falar de injustiça para com elas?”

Valadier é professor de filosofia moral e política nas Faculdades Jesuítas de Paris (Centre Sèvres). É licenciado em Filosofia pela Sorbonne, mestre e doutor em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Lyon. Foi redator da revista Études e é autor de uma vasta bibliografia. Sobre Nietzsche escreveu, entre outros livros, Nietzsche et la critique du christianisme (Paris: Cerf, 1974); Essais sur la modernité, Nietzsche et Marx (Paris: Cerf, 1974); Nietzsche, l’athée de rigueur (Paris: DDB, 1989); e Nietzsche l`intempestif, Beauchesne (Paris, 2000). Entre seus outros livros, citamos La condition chrétienne, être du monde sans en être (Paris: Le Seuil, 2003) e L’anarchie des valeurs (Paris: Albin Michel, 1997). Entre suas obras publicadas em português, destacam-se: Elogio da consciência (São Leopoldo: Editora Unisinos, 2001); Um cristianismo de futuro: para uma nova aliança entre razão e fé (Lisboa: Instituto Piaget, 2001); e A moral em desordem: um discurso em defesa do ser humano (São Paulo: Loyola, 2003). Na edição 127 da IHU On-Line, de 13-12-2004, concedeu a entrevista Investidas contra o Deus moral obsessivo, republicada nos Cadernos IHU Em Formação edição nº 15, de 2007, que tem com tema O pensamento de Friedrich Nietzsche. Na edição 220, de 21-05-2007, concedeu a entrevista O futuro da autonomia, política e niilismo.
Foi um dos conferencistas e palestrantes de minicurso no Simpósio Internacional O futuro da autonomia. Uma sociedade de indivíduos?, realizado de 21 a 24-05-2007. Em 23-05-2007, Valadier falou sobre A moral após o individualismo, e em 24 de maio proferiu a conferência de encerramento do Simpósio, falando sobre O futuro da autonomia, política e niilismo. Em 27-05-2007 publicamos nas Notícias Diárias do site do IHU, www.unisinos.br/ihu, a entrevista exclusiva que Valadier concedeu pessoalmente à IHU On-Line, sob o título, “A esquerda francesa está perdida”. O material também está disponível na edição 221 da IHU On-Line, de 28-05-2007.


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