América Latina ganha agência de checagem sobre diversidade sexual

Foto: Canva Pro | Getty Images

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21 Agosto 2024

Depois de oito anos de atividade jornalística na publicação de artigos combatendo a desinformação sobre gênero e diversidade sexual, a Agência Presentes, com sedes em Buenos Aires e na Cidade do México, acrescentou uma nova atividade: checagem de informações que circulam pelas redes sociais sobre o tema.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

A primeira checagem focou a boxeadora argelina Imane Khelif, que conquistou medalha de ouro nas Olimpíadas de Paris em meio a uma onda de ataques online questionando sua feminilidade.

“Entendemos que tínhamos que tratar disso e dedicar espaço e metodologia específica para isso”, disse a codiretora de Presentes, María Eugenia Ludueña, ao portal LatAm Journalism Review (LJR). “Percebemos que já
estávamos fazendo esse trabalho sem chamá-lo de combate à desinformação, mas sim de jornalismo”, explicou.

Também tem a ver, acrescentou a também codiretora Ana Fonaro, “com uma questão política de nos levantar e dizer: ‘Esse discurso é desinformação. Não é uma questão de opinião de alguém, não é uma questão ideológica de um meio de comunicação e nós somos a contraideologia”.

Também em entrevista à LJR, a diretora de impacto e novas iniciativas da agência argentina Chequeado, Olívia Sohr, destacou que “aqueles que desinformam exploram todos os preconceitos para fazer com que sua
desinformação chegue o mais longe possível, e isso inclui preconceitos de gênero”.

Pioneira na atividade de checagem na América Latina, Chequeado elaborou, inclusive, guia sobre como aplicar perspectiva de gênero aos dados. A desinformação, frisou à LJR a diretora de Verificado, Daniela Mendoza, é
um dos principais ingredientes do discurso de ódio e da violência contra minorias sociais. Agentes de desinformação, prosseguiu, buscam polarizar a população fazendo uso de preconceitos generalizados sobre grupos sociais marginalizados, como pessoas LGBTQIA+, indígenas e migrantes.

O discurso de ódio, disse, precisa necessariamente de validação para penetrar nas pessoas e, muitas vezes, busca essa validação nos dados. “Não estou verificando a opinião da pessoa. Estou verificando os dados que ela usa para gerar opinião”, explicou Mendoza.

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