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"Celebraremos 50 anos do martírio do Frei Tito". Comentário de Fernando Altemeyer Junior

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09 Agosto 2024

"Tito tentou o suicídio e foi socorrido a tempo por médicos militares no hospital militar, no bairro do Cambuci. Na prisão, escreveu sobre a sua tortura. O documento correu pelo mundo e se transformou em símbolo da luta pelos direitos humanos", escreve Fernando Altemeyer Junior, em comentário publicado via Facebook, 07-08-2024.

Fernando Altemeyer Junior É graduado em Filosofia, pela Faculdades Associadas do Ipiranga (1979), e em Teologia, pela Faculdade de Teologia N. Sra. da Assunção (1983), mestrado em Teologia e Ciências da Religião – Universidade Católica de Louvain-La-Neuve na Bélgica (1993) e doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006). Atualmente é assistente doutor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pertence ao Departamento de Ciência da Religião (Faculdade de Ciências Sociais). Exerceu o cargo de Ouvidor Público da PUC-SP entre julho de 2005 a 26/07/2009.

Eis o comentário.

Celebraremos cinquenta anos do martírio cruento de uma morte em dois momentos feita pelos torturadores primeiro no Brasil e depois na França em 10/08/1974 do frade dominicano Tito de Alencar Lima, OP, (Ordem dos Pregadores).

O frade católico brasileiro assumiu a direção da Juventude Estudantil Católica em 1963 e foi morar em Recife, PE. Mudou-se para São Paulo para estudar Filosofia na Universidade de São Paulo (USP). Em outubro de 1968, foi preso por participar do 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Ibiúna (SP).

Fichado pela polícia, tornou-se alvo de perseguição pela repressão militar. Preso em novembro de 1969, em São Paulo, acusado de oferecer infraestrutura a Carlos Marighella, Tito foi submetido à palmatória e choques elétricos, no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Em fevereiro do ano seguinte, quando já se encontrava em mãos da Justiça Militar, foi retirado do Presídio Tiradentes e levado para a sede do centro de torturas chamado Operação Bandeirantes (OBAN).

Durante três dias, bateram sua cabeça na parede, queimaram sua pele com brasa de cigarros e deram-lhe choques por todo o corpo, em especial na boca, “para receber a hóstia”. Os algozes queriam que Tito denunciasse quem o ajudara a conseguir o sítio de Ibiúna para o congresso da UNE e assinasse depoimento atestando que os frades dominicanos haviam participado de assaltos a bancos. Tito tentou o suicídio e foi socorrido a tempo por médicos militares no hospital militar, no bairro do Cambuci. Na prisão, escreveu sobre a sua tortura. O documento correu pelo mundo e se transformou em símbolo da luta pelos direitos humanos.

Em dezembro de 1970, incluído na lista de presos políticos trocados pelo embaixador suíço Giovanni Bucher, sequestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), Tito foi banido do Brasil pelo governo ditatorial do general Médici e seguiu para o Chile. Sob a ameaça de novamente ser preso, fugiu para a Itália. De Roma, foi para Paris, onde recebeu apoio dos frades dominicanos. Traumatizado pela tortura, Frei Tito submeteu-se a um tratamento psiquiátrico.

Nas ruas francesas, ele “via” o espectro de seus torturadores. No dia 10 de agosto de 1974, um morador dos arredores de Lyon encontrou o corpo de Frei Tito suspenso por uma corda pendurada em uma árvore. Foi enterrado no cemitério dominicano do Convento Sainte-Marie de La Tourette, em Éveux. Em 1983, o corpo de Frei Tito chegou ao Brasil. Cercado por bispos e um numeroso grupo de sacerdotes, Dom Paulo Evaristo Arns repudiou a tragédia da tortura em missa de corpo presente, acompanhada por mais de quatro mil pessoas.

A missa foi celebrada em trajes vermelhos, usados em celebrações de mártires. A relatora do caso na CEMDP, dra. Maria Eliane Menezes de Farias, destacou vários registros da participação de Tito de Alencar Lima em atividades políticas, chamando a atenção para as inúmeras brutalidades sofridas que teriam culminado em seu suicídio, demonstrando o nexo causal entre o suicídio e as torturas e perseguições por motivação política, na forma do disposto no art. 4º, I, “d”, da lei 9.140/95.

Ao elaborar seu voto, Maria Eliane Menezes de Farias afirmou que: [...] a vasta documentação acostada aos autos confirma os fatos quanto à militância política de Tito de Alencar Lima, seu sofrimento e morte, por suicídio, em conseqüência das seqüelas resultantes de atos de tortura praticados por agentes do poder público. Provada a relação de causa e efeito entre a prisão, tortura e posterior desequilíbrio psíquico que levou Frei Tito ao suicídio, reconheço-o como vítima da ditadura militar. Vários trabalhos sobre a vida do religioso foram desenvolvidos, como o curta-metragem Frei Tito, dirigido por Marlene França, e a peça de Licínio Rios Neto: Não seria o Arco do Triunfo um monumento ao pau de arara?, em memória de Tito.

Em 2014, Leneide Duarte Plon e Clarisse Meireles publicaram o livro “Um homem torturado – Nos passos de Frei Tito de Alencar”. Foi enterrado no cemitério dominicano do Convento Sainte-Marie de La Tourette em Éveux. Em 25 de março de 1983, o corpo de Frei Tito chegou ao Brasil. Antes de partir para a sepultura em Fortaleza, passou por São Paulo, onde foi realizada uma celebração litúrgica em sua memória e na do estudante Alexandre Vannucchi. Cercado por bispos e numeroso grupo de sacerdotes e frades dominicanos, Dom Paulo Evaristo cardeal Arns repudiou a tragédia da tortura em missa de corpo presente acompanhada por mais de quatro mil pessoas. A missa foi celebrada em trajes vermelhos, usados em celebrações dos mártires. Foi sepultado em 26 de março de 1983, no Cemitério São João Batista, em Fortaleza, CE depois de celebração na Catedral de Fortaleza, CE. Sanguis martyrum semen christianorum, crucifixus theologus.

Leia mais

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