08 Agosto 2024
Em 39 anos – de 1985 a 2023 - o Brasil queimou, em algum momento no período, 23% de sua área, o que representa 199,1 milhões de hectares. Só no ano passado foram 16 milhões de hectares queimados no país, 44% desse total registrados no Cerrado e 42% na Amazônia.
A reportagem é de Edelberto Behs.
O levantamento é do MapBiomasFogo, uma iniciativa do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG/OG), produzido por uma rede colaborativa de pesquisadores de Universidades, ONGs e empresas de tecnologia brasileiras, com recursos de imagens do satélite Landsat.
O Pantanal foi o bioma que mais queimou, proporcionalmente, com 59% do seu território em chamas entre 1985 e 2023. O Pampa teve 518 mil hectares queimados no período. As queimadas na Amazônia representaram uma média de 7.114.722 hectares por ano. Para efeitos de comparação, cada hectare é um pouco maior que um campo de futebol!
Cerca de 65% da área afetada foi queimada mais de uma vez em 39 anos no Brasil; 68,4% do fogo ocorreu em vegetação nativa. Campos e savanas são os tipos de vegetação nativa que mais queimaram. Pastagem é a classe de uso de terra que mais queimou; 79% das áreas queimadas ocorreram principalmente entre julho e outubro; 34% só em setembro!
De cada 100 hectares queimados, 60 ficaram em territórios particulares. Os três municípios que mais queimaram nesse período foram Corumbá (MS), no Pantanal, São Félix do Xingu (PA), na Amazônia, e Formosa do Rio Preto (BA), no Cerrado.
As áreas mais afetadas pelo fogo foram verificadas em áreas que variam entre 1 mil a 5 mil hectares. O Pantanal é o bioma que apresentou as maiores extensões de queimadas, acima dos 10 mil hectares. O Mato Grosso, o Pará e o Maranhão foram os Estados que mais queimaram suas terras, representando 46% do total.
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Três Estados lideram as queimadas no Brasil - Instituto Humanitas Unisinos - IHU