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As acusações de blasfêmia à cerimônia: por que o cristianismo não pode temer as Olimpíadas. Artigo de Francesco Valerio Tommasi

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31 Julho 2024

"A encarnação é universalmente salvífica não porque propõe princípios ou valores ideais - como uma teoria ou uma moral - mas porque sua realidade e eficácia se repetem a cada oportunidade de novo. É por isso que a arte tem atualizado constantemente as cenas bíblicas", escreve o filósofo italiano Francesco Valerio Tommasi, professor da Universidade La Sapienza, em Roma, em artigo publicado por Domani, 29-07-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A cerimônia de abertura não tinha nada ofensivo ou contrário ao cristianismo. A menos que se queira considerar as drag queens ou o que é queer como algo contrário ao cristianismo. O cristianismo não é uma mensagem para tod@s? Não professa a libertação em vez da opressão?

A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris deu origem a várias polêmicas. Houve muitas apresentações controversas: Maria Antonieta decapitada, reafirmando de forma macabra e sarcástica os valores republicanos; ou a apresentação de Aya Nakamura com a banda da Guarda Republicana, em frente à Academia da França, que é o templo da pureza da língua: "Ela não fala francês", tinha afirmado Marine Le Pen sobre a cantora. Mas ao lado político se somou o lado religioso. A cena mais discutida foi a Última Ceia em versão queer, que despertou o protesto dos bispos franceses. E não só: de Salvini a Musk, de Orbán ao governador do Mississippi, muitas vozes políticas se levantaram "em defesa de Deus".

Mais que se somar, então, o lado religioso parece se aderir e se confundir com o lado político.

Mas o cristianismo é outra coisa, e provavelmente não tem nada a temer de representações aparentemente inéditas e surpreendentes. O cristianismo evidentemente não é uma facção, mas um fato cultural de enorme alcance, que serve de fundamento ao imaginário e às formas de pensar. Nossa cultura trabalha retomando e reelaborando a Bíblia, que é uma verdadeira matriz. Citar um texto, mesmo de forma crítica ou provocativa, apenas reforça seu peso e seu papel.

A citação olímpica parece confirmar o adágio crociano de que "não podemos não nos considerar cristãos". Nesse sentido, não se trata de uma representação inédita ou surpreendente. Mas apenas a enésima retomada de um modelo que, evidentemente, continua a ser válido em sua exemplaridade. A nova voz oferecida a uma história que continua a falar.

Se, no entanto, isso vale em um nível cultural, o que pode ser dito num plano mais estritamente religioso, ou seja, referindo-se ao cristianismo como fé? Em sua natureza mais íntima, o cristianismo (mas já grande parte da história bíblica) tem uma natureza histórica. O sentido do cristianismo, como fé, é histórico. Nesse sentido, história significa duas coisas: em primeiro lugar, um fato concreto, que realmente, aconteceu, e não uma ideia abstrata. E também a possibilidade de que a eficácia dos eventos que já aconteceram uma vez possa se expandir e continuar no tempo.

A encarnação é universalmente salvífica não porque propõe princípios ou valores ideais - como uma teoria ou uma moral - mas porque sua realidade e eficácia se repetem a cada oportunidade de novo.

É por isso que a arte tem atualizado constantemente as cenas bíblicas. Os personagens são frequentemente representados com roupas e trajes típicos do período da representação. Atores e protagonistas da vida de cada época quiseram se incluir nas representações sagradas, que foram encenadas em qualquer cenário geográfico ou histórico, sem medo de contaminação. A tradição – reivindicada como cristã - do presépio é inspirada exatamente em tudo isso.

A representação olímpica pode, portanto, ser lida como uma atualização renovada de uma cena evangélica na época contemporânea. O sentido do rito da missa, além disso, é exatamente este: a citação do evento salvífico, com uma eficácia ainda hoje atual.

A objeção aqui poderia ser que se tratou de uma representação e retomada ofensivas: mas, em si, o que foi encenado na cerimônia olímpica não era nada diretamente ofensivo ou contrário ao cristianismo. A menos que se queira considerar as drag queens ou o que é queer (nos seus vários significados) como algo essencialmente contrário ao cristianismo.

Nas últimas décadas, um certo suposto cristianismo tem insistido exatamente nessa direção. No entanto, essa visão, que hipostasiou um modelo de sexualidade - aliás, a própria sexualidade - como paradigma do cristianismo, não parece fiel à mensagem do Evangelho. De fato, perde a universalidade e, portanto, a etimológica catolicidade da fé. O cristianismo não é, por excelência, uma mensagem dirigida a tod@s? Não tem a ver com a acessibilidade, em vez da exclusão? Não professa a libertação em vez da opressão? Não se reporta à graça, em vez da lei? Não é escândalo e não tolice? A derrubada dos poderosos de seus tronos? Não é rejeição da hipocrisia dos sepulcros caiados? É nisso que a provocação parisiense pode, então, ser a própria provocação do Evangelho.

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  • Comitê Olímpico de Paris faz pedido de desculpas suave pela paródia drag da Última Ceia
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  • A “blasfêmia” olímpica. Artigo de Francesco Sisci
  • O bispo francês dos Jogos Olímpicos, após a paródia da Última Ceia: “O direito à blasfêmia não tem lugar”
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