12 Julho 2024
A Prefeitura de Envira decretou situação de emergência somando-se a determinação do governo estadual que colocou em estado de emergência ela e outras 19 cidades.
A reportagem é publicada por ClimaInfo, 12-07-2024.
As imagens dramáticas da estiagem histórica e atípica que atingiu a Amazônia no ano passado começam a se repetir, e novamente antes do período seco na região. Com isso, aumenta o temor de que a situação se repetirá. Ou que seja pior, já que alguns especialistas preveem uma seca mais severa do que a de 2023.
Na 6ª feira passada (5/7), o governo do Amazonas decretou estado de emergência em 20 municípios do estado situados nas calhas do Juruá, Purus e alto Solimões, informam g1 e Folha BV. Uma dessas cidades é Envira, que também decidiu declarar situação de emergência na 4ª feira (10/7), de acordo com g1 e BNC Amazonas.
Segundo o decreto municipal, que tem duração de 180 dias, a emergência leva em conta a projeção de estiagem severa na área da calha do rio Juruá, além dos rios Tarauacá e Envira. O texto diz que tal situação deve implicar diretamente a logística de mercadorias que abastecem o comércio local.
A gravidade da estiagem também pode ser notada em Tabatinga, no Alto Solimões. O município foi o primeiro do estado a registrar a diminuição do nível do rio, entre 17 e 18 de junho, quando as águas baixaram 26 centímetros, atingindo a cota de 7,34 metros, detalha o g1. Após um repiquete (oscilação entre subida e descida do nível do rio) entre 29 de junho e 1º de julho, chegando a 6,81 m, o rio voltou a descer, marcando 5,70 m na 3ª feira (9/7).
Outra cidade que apresenta níveis baixos é Itacoatiara, banhada pelo rio Amazonas. A medição mais recente, de 4ª feira, indicou uma cota de 11,84 m. A estiagem já reduziu o nível do rio em 49 cm desde o pico em 10 de junho.
Em Manaus, o rio Negro iniciou sua descida no último mês e, desde então, desceu 35 cm em 18 dias, marcando 26,49 m na 5ª feira (11/7). O ritmo de descida preocupa tanto a população quanto autoridades, destaca o SBT, considerando que ano passado o rio atingiu 12,70 m – o nível mais baixo já registrado no estado em mais de 120 anos.
A prefeitura de Porto Velho, capital de Rondônia, também decretou situação de emergência por conta da forte estiagem e da seca do rio Madeira, que banha a cidade, informam g1 e Rondoniagora. O governo do estado já havia declarado emergência por causa da seca. De acordo com o monitoramento feito e publicado pelo governo estadual, o nível do Madeira está cerca de 3 m abaixo do que estava no mesmo período de 2023.
Três meses após a segunda maior cheia do rio Acre ter destruído várias plantações na zona rural de Rio Branco, capital do estado, produtores agora enfrentam as consequências do oposto: a falta de chuva. A seca tem atrasado o crescimento das plantações, a exemplo do milho, da macaxeira e da melancia, detalha o g1.
Na capital do Acre, o acumulado de chuvas de junho não passou de 21,1 milímetros – apenas 34% do total esperado, que era 62 mm. Sem chuvas, o nível do rio Acre na capital marcou 1,75 m na 2ª feira (8/7).
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Seca no Amazonas chega antes do previsto e cidades entram em emergência - Instituto Humanitas Unisinos - IHU