08 Julho 2024
A Inteligência Artificial já possibilita a conversa com pessoas mortas, desde que elas tenham contratado o serviço para preservar sua memória. Posteriormente, essa memória pode ser compartilhada com seus entes queridos por meio de uma interface de chatbot, um programa que simula um ser humano na conversação com pessoas.
A reportagem é de Edelberto Behs.
O colunista do UOL, Diogo Cortiz, abordou o trabalho das “grieftechs”, empresas que desenvolvem essa tecnologia do luto, como HereAfter Al e a StoryFile. “O problema é que, embora alguns serviços ofereçam apenas as respostas que o contratante do serviço gravou, outros começam a usar a IA para criar um perfil do indivíduo que responde a perguntas inéditas a partir da generalização da base de treinamento”, informa matéria do UOL.
Gravar a pessoa para manter sua voz, fala, após a morte pode ser feita num aparelho tão comum quanto um gravador ou uma câmera fotográfica que permite gravação de filmes. Mas extrapolar essa possibilidade para a resposta de perguntas que um algoritmo responde entra numa seara no campo ético, psicológico e afetivo. No caso tem-se a imagem autêntica do ente querido falecido que, eventualmente, responde a questões sobre as quais jamais refletiu.
É um tema que envolve autenticidade, fé, espiritualidade, religiosidade e que, de momento, atropela igrejas já instigadas por tantas perguntas e questões que a IA levanta.
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Mais um tema que as igrejas precisam enfrentar - Instituto Humanitas Unisinos - IHU