09 Julho 2024
"Qual é a fé de Jesus em Deus e aquela em Jesus? Não é adesão a uma religião, mas é segui-lo. Desde o início o cristianismo nasceu plural. As diversas igrejas devem concentrar-se hoje sobre o essencial da experiência da fé", escreve Paolo Ricca, em artigo publicados por Esodo, n. 2, abril-junho 2024. A tradução é de Luisa Rabolini.
Paolo Ricca é teólogo e pastor valdense italiano, professor emérito da Faculdade Valdense de Teologia.
Respondo às três perguntas que o Esodo me apresentou.
1. O que é fé em Cristo?
A fé em Cristo é, em primeiro lugar, fé em Deus. Segundo os mais antigos e, portanto, presumivelmente, os mais confiáveis testemunhos sobre a figura histórica de Jesus de Nazaré, observamos que esse rabino totalmente irregular e provocativamente transgressor, na sua pregação e na sua ação sempre colocou Deus no centro, e não a sua pessoa. Jesus acreditava em Deus, não em si mesmo. De acordo com três evangelhos sinópticos (João é outra questão), Jesus não pediu aos seus discípulos que acreditassem nele, mas para acreditar em Deus, revelado por ele como Pai. Jesus, portanto, antes de tudo, é um o homem que crê em Deus. O seu pensamento, como o seu discurso, é rigorosamente teocêntrico: no centro de tudo está Deus.
Qual Deus?
O Deus dos judeus, isto é, o Deus conhecido e confessado pelo povo de Israel, não, portanto, um novo Deus, diferente daquele tradicional (para os judeus), cuja palavra ressoa muito atual nas páginas das Escrituras hebraicas, que Jesus conhece bem e cita de bom grado. Muitas vezes dirige aos seus ouvintes esta pergunta: “Vocês não leram nas Escrituras...?” Claro, aquele pregado por Jesus é, sim, o Deus tradicional de Israel, mas apresentado (se assim podemos dizer) com um rosto muito diferente da ideia que o povo tinha dele, tanto que o ensinamento de Jesus sobre Deus pareceu desde o início “uma nova doutrina” (Marcos 1,27), embora Jesus sempre falasse do Deus da fé judaica: o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus do pacto com Moisés selado pelo dom dos Dez Mandamentos, o Deus do êxodo e da terra prometida, dos salmos, dos profetas e da próxima vinda do Messias, o Deus confessado por Israel como o “único Senhor” (Deuteronômio 6,4).
Os textos evangélicos falam claramente: no centro de toda a atividade de Jesus como “mestre que veio de Deus” (João 3,2) está o reino de Deus próximo: “O tempo é chegado, o reino de Deus está próximo” (Marcos 1,15). Jesus interpretou e viveu a sua história pessoal e vocacional como ilustração ao vivo do que acontece neste mundo, na trama comum da vida humana individual e coletiva, quando Deus está próximo. Acontecem coisas que são tão novas em comparação com as habituais, que autoridades religiosas de Israel, guardiãs da ortodoxia judaica da época, sentindo-se ameaçadas por essas novidades, ficaram alarmadas e decidiram neutralizar Jesus, condenando-o à morte por “blasfêmia” (Marcos 14,64).
A característica altamente paradoxal dessa tragédia é que tudo – tanto a atividade de Jesus como a sua condenação – aconteceram "em nome de Deus", e não de duas divindades diferentes competindo entre si, mas em nome do mesmo e único Deus da fé judaica. Em seu nome, Jesus revelou seu rosto esquecido, porém dando-o a conhecer não aos sábios e aos inteligentes, aos teólogos e aos líderes religiosos, mas para às pequenas crianças; afirmando, sempre em nome desse Deus, que muitos últimos se tornarão os primeiros e muitos primeiros se tornarão os últimos; que Deus quer misericórdia e não sacrifícios e, portanto, todo o sistema dos sacrifícios, em torno dos quais gira a atividade do Templo, deve ser desmantelado; que Deus é, sim, grande e glorioso, mas também oculto, e que dele se fala melhor indiretamente, em parábolas, isto é, recorrendo a comparações; que em seu nome também se pode transgredir o mandamento sagrado do descanso sabático porque Deus é maior que a sua própria Lei; que em seu nome os pecados podem ser perdoados também na terra, e não apenas no céu; essa faculdade divina também é dada aos homens. Por todas essas razões (e outras ainda), em nome daquele mesmo e único Deus, as autoridades religiosas de Israel o condenaram à morte.
Esta é então a grande pergunta que Jesus fez à sua geração e à nossa: qual é o verdadeiro rosto daquele Deus de Israel, em cujo nome aconteceu que Jesus viveu, dizendo e fazendo o que sabemos pelos Evangelhos, se foi condenado à morte, segundo a acusação, por “blasfêmia”: em nome do mesmo Deus? Que tragédia! Os representantes oficiais de Deus colocam à morte, em nome de Deus, o Filho de Deus! Deus contra Deus! Trata-se, como já foi dito, do mesmo Deus confessado e adorado por ambos, mas com base em duas diferentes, aliás opostas, relações e experiências daquele único Deus e, portanto, de duas formas opostas de vivê-lo e de testificá-lo. É um paradoxo tão inimaginável que nossa mente se perde.
Então aí está: a fé em Cristo, como fé em Deus, é aquela que não teme enfrentar esse terrível paradoxo e, quando consegue entender, tomar uma posição.
2. Mas há mais. Jesus colocou Deus de tal forma no centro da sua vida que acabou por identificar-se com ele, de modo a não poder mais distinguir claramente o que, em sua vida, era seu e o que era de Deus; ele retratou tão vividamente o rosto invisível de Deus que acabou por personificá-lo, tanto que ele próprio se torna incerto sobre sua identidade, mas não sobre a sua vocação.
Mas pode ser que tenha ocorrido nele uma transição de uma identidade para outra. A dupla pergunta que ele dirige aos seus discípulos: “Quem dizem que eu sou?” e “Quem vocês dizem que eu sou?” (Marcos 8,27-30) pode ser entendida de diversas maneiras; uma delas é que o próprio Jesus se questionava sobre isso e ainda estava procurando uma resposta. O fato de ele ter imposto o silêncio após a resposta de Pedro: “Tu és o Cristo!” (v. 20-30) também pode ser interpretado de várias maneiras: pode ser que Jesus ainda buscasse mais confirmações, especialmente interiores, da sua identidade messiânica.
Por outro lado, nas histórias evangélicas existem vários indícios que revelam um Jesus que não está sozinho “mais do que Salomão” e “mais do que Jonas” (Lucas 11,31-32), isto é, mais do que os homens de Deus que já haviam aparecido na história do povo eleito, mas é uma presença inédita, nunca antes vista, um novum absoluto. Vamos lembrar alguns desses indícios: a autoridade com que Jesus chamou os discípulos que não puderam ou souberam levantar qualquer objeção, como quando se encontra diante do divino que não admite discussões; é a mesma autoridade manifestada na expulsão dos demônios que dominavam os “possuídos”, mas não conseguem resistir a Jesus, evidentemente dotado de poderes divinos.
Outro indício: a autoridade com que Jesus repetidamente corrige ou reinterpreta, no Sermão da Montanha, “a tradição dos antigos”, opondo a ela o seu régio: “Mas eu vos digo” (Mateus 5,22.28.32.34.39.44). Outro indício: a autoridade com que Jesus, desde o início da sua atividade perdoou os pecados (Marcos 2,9-11), reivindicando para si uma prerrogativa que, em Israel, sempre havia sido exclusivamente divina. Outros indícios poderiam ser evocados: as curas e as ressurreições; a liberdade que Jesus tomou diversas vezes para incluir na comunidade judaica de fé homens e mulheres que, por diversas razões, haviam sido dela excluídos e, assim, redesenhou os limites do "povo de Deus", ampliando-os; a qualidade única e absolutamente incomparável do seu ensinamento, que muitas vezes dava a impressão de vir diretamente de Deus.
O fato é que, a certa altura, tanto os discípulos (pelo menos alguns) como a multidão tiveram a impressão de estar diante de algo a mais e diferente de um “homem de Deus”, ou de uma aparição profética ou messiânica.
Ainda que quase não ousassem pensar assim, não puderam deixar de se perguntar se aquele homem, tão comum e ao mesmo tempo tão especial, não poderia ter, além de autoridade e poderes divinos, também qualidades divinas. Demorou um pouco, mas no fim, depois de prolongadas reflexões e discussões acaloradas, compreendeu-se que na pessoa de Jesus não se manifestou uma humanidade divinizada, mas uma divindade humanizada.
O processo de humanização de Deus foi perfeitamente descrito pelo antigo hino cristão relatado pelo apóstolo Paulo em Filipenses 2,5-11.
Lendo este hino, pode-se facilmente entender por que a fé em Deus e a fé em Jesus se amalgamaram uma na outra, a ponto de se tornarem intercambiáveis: acreditar em Deus equivalia a acreditar em Jesus e, inversamente, acreditar em Jesus equivalia a acreditar em Deus. A fé em Jesus leva a esta descoberta, que Deus não é apenas divino, mas também humano, e que nunca é tão divino como quando, em Jesus, se torna humano.
Mas o que significa, concretamente, crer em Jesus? O próprio Jesus disse isso muitas vezes e de forma bastante clara: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Marcos 8,34). Então, crer em Jesus significa três coisas. A primeira é “renunciar a si mesmo”. Que o que isso significa? Não que o discípulo deva renunciar a ser ele mesmo, esquecer-se de si mesmo ou, pior, se alienar; mas significa renunciar a ser o senhor de si mesmo, de tomar as decisões importante, de decidir como direcionar a sua vida. Crer em Jesus significa fazer como ele fez: abrir espaço para o senhorio de Deus sobre a nossa vida pessoal.
O segundo significado da fé em Jesus e, portanto, do seu seguimento é “assumir a própria cruz". Essa cruz não é aquela de Jesus, única e apenas dele, nem é a possível “cruz” da vida (doenças, provações de vários tipos, erros com as suas consequências, etc.). A cruz da qual Jesus fala é a cruz do cristão, isto é, o peso e o esforço de buscar ser cristãos num mundo hostil que, hoje mais do que nunca, pelo menos na Europa, não quer ouvir falar de Deus nem de Cristo. O Ocidente, no entanto, embora seja não crente, é, em geral, democrático e liberal, e por isso pratica a liberdade religiosa. Nesse sentido, no Ocidente, ser cristãos não significa carregar a cruz. Mas em muitos países religiosos a liberdade religiosa não existe e, em particular, não existe para os cristãos, que são discriminados e perseguidos e muitas vezes até mortos, e suas igrejas queimadas. Os cristãos daqueles países sabem o que significa “carregar a cruz”.
No Ocidente, os cristãos não devem deixar enferrujar a liberdade que se desfruta, servindo-se dela para dar testemunho de Jesus e do Evangelho, nas diversas formas em que isso pode acontecer sem ter “vergonha” – como diz o próprio Jesus (Marcos 8,38) – dele e das suas palavras.
O terceiro significado e conteúdo distintivo da fé cristã é “seguir Jesus”. Essa é a coisa mais difícil porque Jesus não está fisicamente conosco. Ele está – isso sim – com o seu Espírito, a sua Palavra e seu exemplo. “Seguir Jesus”, então, significa muito simplesmente colocar em prática, pessoalmente e como comunidade, as suas diretrizes de vida assim como as encontramos principalmente no Sermão da Montanha (Mateus 5-7), mas também em muitas outras passagens dos evangelhos. Crer em Jesus, portanto, é partilhar tudo sobre Jesus: a sua vida, o seu destino e a sua visão do mundo, do homem e de Deus.
Fica claro, então, que a fé em Jesus não é “adesão a uma religião”, com as suas doutrinas, regras, ritos, hierarquias, etc., mas se a fé em Jesus nada mais é do que o seguir; temos que nos perguntar quem o esteja seguindo, devemos nos perguntar, em outras palavras, se o cristianismo como seguimento de Cristo existe em algum lugar do mundo hoje ou se alguma vez já existiu.
Na melhor das hipóteses diremos que a fé é rara neste mundo. E nos voltarão à lembrança certas palavras de Lutero que, dirigindo-se a Erasmo, escrevia:
“A Igreja de Deus, meu caro Erasmo, não é algo tão comum como as palavras 'Igreja de Deus', nem os santos de Deus se encontram tão facilmente quanto as palavras ‘santos de Deus’. São como pérolas e pedras preciosas que o Espírito não lança aos porcos (Mateus 7.6), mas – como afirma a Escritura (Mateus 11,25) – as conserva escondidas, para que o ímpio não veja a glória de Deus [...]. A Igreja fica escondida, os santos permanecem ocultos" (1) (O texto em latim è: Abscondita est Ecclesia, latent sancti).
O cristianismo nasceu plural. Nunca houve apenas um tipo de cristianismo. Já na época apostólica, parcialmente "fotografada" pelo Novo Testamento, imediatamente próxima da história de Jesus, havia pelo menos três tipos diferentes de cristianismo: o de Jerusalém, centrado nos Doze e liderado por Tiago, irmão de Jesus – um cristianismo, talvez poderíamos dizer, de tipo dinástico; o das comunidades fundadas por Paulo, de tipo carismático (Corinto!); aquele constituído pelas comunidades de João (um evangelho e três cartas), em que a figura central é o “irmão”, e é dito claramente que “não precisam de ninguém que os ensine” porque “a sua unção (ou seja, o batismo do Espírito Santo) ensina todas as coisas" (1 João 2,27), portanto não há ministros, sendo o Espírito Santo o Mestre de todos. A esses três tipos de cristianismo correspondem três modelos diferentes de Igreja.
Esses diferentes modelos de Igreja logo desapareceram para dar lugar ao modelo que mais tarde se consolidou no século II (Inácio de Antioquia!), centrado na figura do bispo entendido como imagem terrena do Pai celestial, portanto em posição eminente em relação aos demais ministérios (desponta a hierarquia!) e pivô institucional em torno do qual se constitui a comunidade cristã (ubi episcopus, ibi ecclesia – onde está o bispo, aí está a igreja). O bispo torna-se o ministério central e fundador, tanto que a “sucessão apostólica” coincide com a “sucessão episcopal”.
Se tivermos em mente a pluralidade original dos tipos de cristianismo, fica fácil entender que a pluralidade das Igrejas e das confissões cristãs que se desenvolveram ao longo dos séculos é um fenômeno perfeitamente normal, não é uma anomalia e não tem nada de escandaloso, muito menos de pecaminoso. No cristianismo, a diversidade é de casa e é constitutiva da sua unidade, que é, precisamente, uma unidade de diversos, unidos pela fé no próprio Senhor Jesus.
No entanto, é escandaloso que exista rivalidade, e muitas vezes até competição, entre as diferentes igrejas, e que essa ou aquela Igreja pretendam ser "a verdadeira Igreja" e, portanto, a única Igreja verdadeira, ou em qualquer caso “mais Igreja” do que todas as outras. Ainda mais escandaloso é que uma Igreja não reconheça as outras como Igrejas de Cristo, ainda que, na substância e no essencial, professem a mesma fé. A divisão entre as Igrejas certamente tem muitas razões, históricas e teológicas, mas também entram em jogo questões de poder do qual não se quer renunciar alegando que se trata de poderes de origem divina.
Há mais de um século existe – como se sabe – um Movimento Ecumênico, nascido dentro do protestantismo e hoje aceito e praticado com convicção variada por grande parte da cristandade. Seu objetivo é construir e manifestar a unidade da única Igreja. Muito progresso foi feito nestes cem anos, as relações entre as Igrejas melhoraram bastante, mas o objetivo da unidade dos cristãos ainda está distante. O Movimento Ecumênico tem grandes méritos: combate todas as formas de sectarismo cristão e os fundamentalismos de todos os tipos; contraria a presunção de muitas Igrejas de serem melhores que outras; ajuda as Igrejas a sair dos respectivos monólogos em que se formaram e a que estão acostumadas há séculos; é uma grande escola de diálogo, de respeito e de acolhimento do cristão diferente; é uma academia bem equipada também para o diálogo inter-religioso.
Mas há mais. Além das listadas, há outra grande vantagem: o Movimento Ecumênico obriga as Igrejas a distinguir, em sua rica (talvez demais) bagagem doutrinária e devocional, o que é realmente essencial, por dizer respeito à substância da fé cristã e que, por isso, é comum a todas as Igrejas, ou quase todas; do que é secundário, pois não diz respeito à substância da fé mas, por assim dizer, à sua periferia e, como tal, não é apropriada por outras Igrejas; isto é, pertence a uma Igreja e a uma tradição particulares, e não ao restante dos cristãos; sobre essas doutrinas ou formas de piedade não é necessário que todos concordem; essas diferenças não impedem a unidade da fé, dizem respeito apenas ao “coração” da mensagem cristã.
O Movimento Ecumênico, portanto, convida as igrejas a centrarem-se no essencial cristão e a libertarem-se do fardo de doutrinas, normas morais e práticas religiosas que não estão realmente conectadas ao fundamento da mensagem cristã e sobrecarregam desnecessariamente a vida da fé. O cristianismo do nosso tempo pode e deve ser bastante “aliviado do peso” em comparação com aquele herdado do passado, mas não no sentido de ser diluído, mas, pelo contrário, de concentrar-se no “essencial cristão” comum a todos aqueles que creem em Jesus e confessam o seu nome.
Tudo isso significa que hoje não é mais concebível ser cristãos se não for no íntimo e na vivência resolutamente ecumênicos.
Podem ser identificados os conteúdos essenciais da experiência de fé em Cristo comum a todas as formas de encarnações históricas. Esses “conteúdos essenciais” podem ser, por exemplo, aqueles de Credo niceno-constantinopolitano, estabelecidos pelos concílios de Niceia (325) e Constantinopla (381), respeitada uma condição: aquele Credo de fato apresenta uma grande lacuna: ignora totalmente a vida e o ensinamento de Jesus, passando diretamente do seu nascimento ("nasceu da virgem Maria") à sua paixão e morte (“padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado”).
Ora, a vida de Jesus absolutamente faz parte do “essencial cristão”, como já foi dito em resposta à primeira pergunta. Mas o “essencial cristão” pode ser expresso em termos ainda mais concisos do que acontece no Credo niceno-constantinopolitano. Por exemplo, poderia ser identificado no hino de Filipenses 2.5-11, ou na simples afirmação “Jesus é o Senhor” (1 Coríntios 12,3). De fato, o “essencial cristão” é Jesus de Nazaré, assim como o conhecemos pela Sagrada Escritura e, em particular, pelo Novo Testamento. Ser cristãos, como dissemos, significa seguir Jesus, Filho de Deus e Filho do homem. Tudo o mais que encontramos nas Igrejas (e é realmente muito!) não faz parte do “essencial cristão”; pertence ao que os antigos teólogos chamavam, com uma palavra grega, adiàfora, isto é, “coisas indiferentes”, no sentido de “coisas que não fazem a diferença”, “coisas negligenciáveis”, justamente por não serem essenciais.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Qual fé? Artigo de Paolo Ricca - Instituto Humanitas Unisinos - IHU