10 Junho 2024
A reportagem é de Ángel Morillo, publicada por Religión Digital, 09-06-2024.
Três latino-americanos estão presentes em Roma participando nos trabalhos de elaboração do que será o Instrumentum laboris, que será usado na segunda sessão do Sínodo 2021-2024, em outubro deste ano.
São eles a irmã Gloria Liliana Franco, presidente da Confederação Latino-Americana e do Caribe dos Religiosos (CLAR), e os teólogos da equipe consultiva do Conselho Episcopal Latino-Americano e do Caribe (Celam), padre Carlos María Galli e Rafael Luciani.
Eles, juntamente com vinte teólogos do mundo todo, terão a tarefa de sistematizar e organizar as contribuições baseadas no documento Rumo a outubro de 2024, enviado pela Secretaria do Sínodo em dezembro de 2023 a todos os bispos do mundo para solicitar às Igrejas e grupos locais para aprofundar alguns aspectos do Relatório Síntese.
Desta forma, sob a questão: Como ser uma Igreja sinodal em missão? Os vários grupos e Igrejas locais enviaram as suas contribuições através dos episcopados. No caso da América Latina e do Caribe, isso foi feito com o apoio do Celam.
Trata-se de um trabalho a portas fechadas desta equipe internacional, que se dividirá em diferentes modalidades de trabalho: individual, em sessão plenária e em grupo. Começarão com um retiro espiritual e terminarão no dia 13 de junho. Estes dias irão incluir a celebração diária da Eucaristia e momentos de oração pessoal para garantir que o trabalho seja realizado no clima necessário ao discernimento.
O cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo, destacou que toda a comunidade eclesial tem participado neste processo de contribuições, que “muitas vezes acrescenta testemunhos reais sobre como as igrejas particulares não apenas entendem a sinodalidade, mas já a estão colocando em prática”.
“A Igreja sinodal não é um sonho a realizar, mas sim uma realidade viva que gera criatividade e novos modelos relacionais dentro da mesma comunidade local ou entre diferentes igrejas ou grupos eclesiais”, comentou o cardeal. Informou também que foram recebidas contribuições também da União Internacional dos Superiores Gerais (UISG), bem como de realidades internacionais, faculdades universitárias, associações de fiéis ou comunidades individuais e privadas.
Outra fonte serão os relatórios apresentados pelos párocos na sessão de trabalho de três dias, em abril passado, do recente encontro dos párocos para o Sínodo.
O grupo de teólogos de diversas disciplinas: dogmática, eclesiologia, teologia pastoral, direito canônico, começou a trabalhar no dia 4 de junho, para o qual – disse o Cardeal Grech – “não vamos deixar nada ao acaso”. Segundo observou, “cada documento deve ser lido atentamente com o objetivo de propor no fim do processo um texto que reflita o trabalho, os questionamentos e as intuições recebidas das bases”.
Enquanto o padre Giacomo Costa, secretário especial da XVI Assembleia, acrescentou que "não se trata ainda de redigir o Instrumentum laboris para a Segunda Sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade, mas sim de fazer uma primeira análise dos relatórios e das boas práticas que devem ser colocadas em operação".
Para o sacerdote. é “um discernimento comum, sobre questões e reflexões teológicas, a fim de preparar o caminho para a própria escrita do Instrumentum laboris”.
A própria redação do Instrumentum laboris continuará com outras etapas: “uma vez identificada a estrutura do futuro documento através da articulação do material recebido dos teólogos, o Conselho Ordinário fará um primeiro discernimento do que foi escrito".
As fases de elaboração do documento e um sistema de verificação extensiva continuarão até que o Conselho Ordinário aprove o documento que será apresentado ao Santo Padre para aprovação final. E sua publicação está prevista para o início de julho.
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Três latino-americanos presentes nos trabalhos do ‘Instrumentum laboris’ antes da segunda volta do Sínodo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU