04 Junho 2024
Segundo o governo gaúcho, as chuvas históricas do último mês impactaram aproximadamente 13,7 mil km de estradas; lixo e entulho acumulados preocupam autoridades sanitárias.
A reportagem é publicada por ClimaInfo, 04-06-2024.
As fortes chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul prejudicaram mais de 80% das estradas que cortam o estado, o que equivale a cerca de 13,7 mil km de vias sob bloqueios parciais ou totais. De acordo com o governo gaúcho, o estrago é proporcionalmente maior nas rodovias federais: 5.288 km foram afetados pelas chuvas, o que corresponde a 85% das rodovias federais no estado.
Dos 175 pontos afetados nas rodovias federais, 145 já foram liberados. Ainda persistem sete pontos com bloqueio total e 19 parciais, além de quatro pontes interditadas. Já nas rodovias estaduais, 163 dos 228 pontos afetados foram liberados; 18 bloqueios totais continuam ativos, com 32 bloqueios parciais e 15 pontes interditadas. A notícia é do UOL.
O impacto viário das chuvas não se limita às estradas. O g1 destacou outra estimativa do governo do RS que inclui ruas e avenidas nos 78 municípios em calamidade pública por causa das inundações do último mês. No total, 4.521 km de vias públicas foram afetadas pelas chuvas, distância mais do que suficiente para atravessar o Brasil de Norte a Sul (4.397 km) e de Leste a Oeste (4.320 km).
Além da destruição de vias públicas, outro problema causado pelas chuvas é o acúmulo de lixo e entulho das casas e edifícios inundados. Um cálculo divulgado pelo Fantástico (TV Globo) indica que esse volume é de 47 milhões de toneladas, uma quantidade de entulho que supera a destruição causada pela guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
“A gente está se deparando com praticamente a casa inteira na calçada. Camas, colchões, guarda-roupa, mesas. Praticamente todos os objetos”, afirmou o secretário municipal de serviços urbanos de Canoas, Lucas Lacerda. O volume de entulho desafia as autoridades locais, já que pressiona os aterros sanitários. Além disso, o acúmulo ao ar livre possibilita também a disseminação de doenças, outro desafio deixado pelas chuvas.
Por falar em entulho, O Globo mostrou como as chuvas espalharam bombonas com materiais tóxicos pelas ruas de Canoas. Segundo o Exército, os recipientes têm resquícios de ácidos solventes, tintas e óleos. Porém, enquanto uma das empresas que processam essas bombonas alertou moradores para o risco de contaminação em caso de contato, o Comando Militar do Sul afirmou que análises preliminares indicam que o risco não é significativo.
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, só deve voltar a operar no final do ano, afirmou o governo federal nesta 2ª feira (3/6). Representantes da Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) e da operadora Fraport vistoriaram o aeroporto e analisaram os danos provocados pelas inundações. Segundo o g1, serão necessárias reformas substanciais na pista, já que o asfalto está esfarelando, além de reparos na rede elétrica. Algumas áreas do aeroporto seguem debaixo d’água. Folha e RBS também abordaram a informação.
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Infraestrutura comprometida: chuvas afetaram mais de 80% das estradas no RS - Instituto Humanitas Unisinos - IHU