• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

"A extinção da FEE fará com que o Estado do Rio Grande do Sul economize menos de 0,08% do seu orçamento". Entrevista especial com Augusto Pinho de Bem

Mais Lidos

  • “O Brasil é uma sociedade onde sentimos muito amor ao Cristo. Mas como continuar juntos, em uma sociedade com muitos contrastes? Como fazer com que seja possível viver algo de modo mais igual?”, questiona o prior de Taizé em primeira visita ao Brasil

    “O profetismo não é denunciar as coisas, mas viver e abrir caminhos de esperança”. Entrevista especial com irmão Matthew, prior de Taizé

    LER MAIS
  • Eichmann em gaza. Artigo de Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz

    LER MAIS
  • Vozes de Emaús: Leão XIV: entre as Inquietações do tempo e o desejo de Unidade. Artigo de Faustino Teixeira

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 6º Domingo da Páscoa – Ano C – O Espírito Santo vos recordará tudo o que eu vos tenho dito

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

09 Dezembro 2016

A proposta de extinguir algumas das entidades estatais do Rio Grande do Sul para tentar solucionar a crise fiscal do Estado demonstra que o governo Sartori “não agiu de modo correto ao não procurar nem a sociedade, muito menos os representantes dos órgãos que pretende extinguir para discutir quais são os interesses da sociedade e do Estado em relação a essas instituições”, critica Augusto Pinho de Bem, economista da Fundação de Economia e Estatística – FEE, na entrevista a seguir, concedida por telefone à IHU On-Line. Segundo ele, as fundações que o governo “pretende extinguir representam um percentual muito baixo do orçamento e, portanto, a extinção delas não resolverá o problema fiscal do Estado e a sociedade perderá os serviços que elas prestam”.

Na avaliação do economista, o pacote proposto pelo governo do Estado “não trata de questões mais profundas, como cortes de reais privilégios recebidos por parte do setor público” e tampouco sugere “cortes de cargos de confiança – CCs”, quando, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, diz, “esse deveria ser o primeiro estágio de cortes de custos relacionados a funcionários do Estado”.

A única solução que poderá resolver a situação fiscal do Estado, adverte, é a retomada do crescimento econômico. “A questão fiscal só poderá ser resolvida com crescimento econômico, e por mais que o Estado sugira uma série de pacotes de cortes, sem a economia avançar, ele não conseguirá fazer com que a despesa caiba na receita”, pontua. Garantir a retomada do crescimento, contudo, “infelizmente” não é algo que o governo do Estado possa fazer sozinho. “Seria necessário mudar a política econômica do governo federal, que é quem tem maior capacidade de estímulo econômico via política fiscal e com um plano de investimentos públicos. (...) No RS, particularmente, é difícil o governo tomar medidas capazes de nos retirar da crise, porque a situação fiscal do Estado é de fato bastante complicada. Mesmo a redução de incentivos fiscais a empresas é uma questão complexa, porque se um Estado não dá incentivo fiscal, o Estado vizinho dá um incentivo fiscal maior. Então, a guerra fiscal é extremamente prejudicial para as finanças públicas, especialmente num momento como este”, lamenta.


Augusto Pinho de Bem | Foto: TVE

Augusto Pinho de Bem é graduado e mestre em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. É pesquisador da Fundação de Economia e Estatística - FEE.

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Como avalia o pacote anunciado pelo governo Sartori no atual momento político e de crise financeira do estado do Rio Grande do Sul?

Augusto Pinho de Bem – Avalio grande parte dessas medidas como bastante preocupante. Quanto à extinção de entidades estatais, o governo não agiu de modo correto ao não procurar nem a sociedade, muito menos os representantes dos órgãos que pretende extinguir para discutir quais são os interesses da sociedade e do Estado em relação a essas instituições. As fundações que o governo pretende extinguir, por exemplo, representam um percentual muito baixo do orçamento e, portanto, a extinção delas não resolverá o problema fiscal do Estado e a sociedade perderá os serviços que elas prestam. E em certa medida algumas extinções podem agravar o problema, visto que algumas fundações desempenham funções das quais não se pode abrir mão.

O Estado usa essa questão do problema fiscal, mas não faz uma discussão como Estado, e essa parece ser uma estratégia para confundir a opinião pública com fins de implantar um modelo de Estado Mínimo

A consequência das extinções é que o Estado teria que contratar o setor privado para desenvolver as atividades realizadas pelas fundações, e o custo seria ainda mais elevado. A Fundação de Economia e Estatística – FEE, por exemplo, desenvolve uma série de estudos, presta uma série de consultorias e tem convênios com o Estado. Esses serviços teriam que ser buscados na iniciativa privada a um custo mais elevado do que o que se tem hoje com a manutenção dos funcionários da FEE.

IHU On-Line - O governo do Estado argumenta que a extinção das fundações irá gerar uma economia de 146,9 milhões por ano. O que esse tipo de economia representaria no atual momento?

Augusto Pinho de Bem – Essa economia é muito pequena e não representa 2% do orçamento do Estado. De fato, é inegável que o Estado está enfrentando problemas fiscais e, diferentemente da União, o RS não pode emitir títulos de dívida para honrar seus passivos, e a capacidade de financiamento está bastante prejudicada. O pacote, porém, silencia sobre questões que poderiam trazer recursos mais vultosos para o Estado, como a partir de uma revisão de incentivos fiscais e desonerações que chegam na casa de 9 bilhões por ano; isso sim seria significativo. O pacote também não trata de questões mais profundas, como cortes de reais privilégios recebidos por parte do setor público, e não há cortes de "cargos de confiança - CCs", dado que, observando a Lei de Responsabilidade Fiscal, esse deveria ser o primeiro estágio de cortes de custos relacionados a funcionários do Estado, mas o pacote não ataca essa questão.

O governo peca pela falta de transparência no modo como formula esse pacote 

O governo também não discute mais profundamente as verbas indenizatórias e benefícios tais como os auxílios-moradias, ou seja, não passa para a sociedade a real informação de quem é privilegiado e do valor que recebem. Ao contrário, faz parecer que os funcionários das Fundações são uma espécie de marajás, quando na verdade não é assim, porque muitos funcionários do Estado recebem salários que às vezes estão abaixo da remuneração da sua profissão de mercado. O Estado usa essa questão do problema fiscal, mas não faz uma discussão ampla sobre qual Estado a sociedade demanda e que serviços ela perde com as medidas de enxugamento do pacote. Essa parece ser uma estratégia para confundir a opinião pública com fins de implantar um modelo de Estado Mínimo. Levando o exemplo do fechamento de Fundações, se extinguirão os serviços prestados por elas e isso penaliza a sociedade. Então, o governo peca pela falta de transparência no modo como formula esse pacote. O governo fala em ter um Estado mais moderno, mas não fala em extinguir os cargos em comissão e pretende acabar com diversos órgãos que se constituem como parte essencial da inteligência do Estado.

Num momento de crise, buscam-se soluções mágicas, mas sem crescimento econômico as despesas não irão caber nas receitas. Acredito que questão fiscal só poderá ser resolvida com crescimento econômico, e por mais que o Estado sugira uma série de pacotes de cortes, sem a economia avançar, ele não conseguirá fazer com que a despesa caiba na receita.

IHU On-Line - O que poderia ser feito para garantir o aumento do crescimento?

O governo fala em ter um Estado mais moderno, mas não fala em extinguir os cargos em comissão

Augusto Pinho de Bem – Infelizmente não acredito que o Estado tenha condições de sozinho ter capacidade de gerar estímulos suficientes para que saiamos da crise. A meu ver, seria necessário mudar a política econômica do governo federal, que é quem tem maior capacidade de estímulo econômico via política fiscal e com um plano de investimentos públicos. Mas hoje na nossa sociedade há quase um consenso de que esse é um momento de praticar políticas de austeridade, mesmo numa época de recessão. Então, a política fiscal nacional vai interferir nos estados.

No RS, particularmente, é difícil o governo tomar medidas capazes de nos retirar da crise, porque a situação fiscal do Estado é de fato bastante complicada. Mesmo a redução de incentivos fiscais a empresas é uma questão complexa, porque se um Estado não dá incentivo fiscal, o Estado vizinho dá um incentivo fiscal maior. Então, a guerra fiscal é extremamente prejudicial para as finanças públicas, especialmente num momento como este. Trata-se de uma questão muito maior do que uma questão somente estadual. Sem uma mudança na política federal, será difícil nosso Estado obter um crescimento econômico quando a economia nacional anda na direção contrária.

IHU On-Line - Qual será o impacto com a extinção da FEE? Que serviços a FEE presta hoje para o Estado?

Augusto Pinho de Bem – A FEE é uma Fundação de 43 anos de história, que produz diversos indicadores e pesquisas socioeconômicas, tem mais de 25 indicadores produzidos, tem oito publicações periódicas, temos um corpo extremamente qualificado, com 36 doutores e 96 mestres. Caso venha a ser extinta, o Estado terá que buscar fazer um departamento de estatísticas, visto que a produção de dados é essencial. Dentre os problemas de levar esse tipo de serviço para administração direta está o risco de aparelhamento desse tipo de serviço, como correu com a Argentina, que ficou anos sem ter dados confiáveis, visto que o governo tinha ingerência sobre os dados.

A extinção da FEE fará com que o Estado economize menos de 0,08% do seu orçamento, é uma economia muito pequena para tudo aquilo que a sociedade perde

A FEE produz diversas pesquisas socioeconômicas de muita qualidade, em diversas áreas, feitas não somente por profissionais de economia e estatística, mas por profissionais das Ciências Sociais, historiadores e internacionalistas. A Fundação tem um corpo de profissionais multidisciplinar e muito qualificado, e grande parte dessas pesquisas serão descontinuadas. Além disso, a FEE tem convênio com diversas instituições de pesquisa, instituições de ensino, órgãos do governo do Estado, inclusive com empresas estatais como o Banrisul, e presta serviços para diversos outros órgãos.

Quanto à questão orçamentária, a extinção da FEE fará com que o Estado economize menos de 0,08% do seu orçamento, é uma economia muito pequena em comparação com tudo aquilo que a sociedade perde. O governo diz que pode manter a FEE com os 52 funcionários que possuem estabilidade, o que não é verdade, visto que desses 52, 24 estão aposentados e constam na folha da Fundação por uma questão meramente formal jurídico-contábil, ou seja, fazem parte da folha por uma decisão judicial. Além disso, os 28 restantes já estão em condições de se aposentar. Então, a FEE não conseguirá manter seus trabalhos e nem o nível de qualidade se os funcionários celetistas concursados forem mandados embora. A sociedade, não só a sociedade acadêmica, tem que estar bastante preocupada com a possibilidade de extinção da FEE, porque todos perderiam com a extinção de um órgão dessa qualidade.

IHU On-Line - Como a possiblidade de extinção da Fundação repercute entre os funcionários da FEE? O que foi discutido na assembleia realizada na última sexta-feira, 02-12-2016?

Pessoas de diversas matrizes ideológicas se unem na defesa de que o sistema de estatísticas e de pesquisa tem uma função essencial para o Estado            

Augusto Pinho de Bem – A possibilidade de extinção da FEE mobilizou bastante a categoria. Houve também repercussão na sociedade, diversas figuras importantes, tanto políticos como jornalistas e acadêmicos têm se manifestado em veículos de imprensa e dado declarações de sua discordância quanto à extinção da FEE. Eles argumentam que seria algo contraproducente, neste momento em que o Estado busca alternativas para encontrar o crescimento e o desenvolvimento sustentável, extinguir o órgão que tem a qualificação e os funcionários que podem trazer alternativas, que podem fazer estudos e trazer dados que subsidiem e auxiliem essa tomada de decisões.

Políticos de diversas matrizes estão fazendo uma defesa da manutenção da FEE: a ex-presidente Dilma Rousseff fez uma defesa da FEE, assim como ex-membros de governos do PMDB, como João Carlos Brum Torres, e até mesmo do PSDB, como o Aod Cunha Jr. Então, pessoas de diversas matrizes ideológicas, tanto de esquerda quanto de direita, se unem na defesa de que o sistema de estatísticas e de pesquisa tem uma função essencial para o Estado. Estamos bastante mobilizados, com uma agenda de defesa da Fundação, diversas atividades estão sendo realizadas tanto no âmbito interno da casa como nas ruas, na Praça da Matriz.

IHU On-Line - O que seria uma alternativa ao pacote anunciado pelo governador?

Augusto Pinho de Bem – É preciso fazer uma revisão dos incentivos fiscais. Fora isso, algumas medidas cosméticas como diminuir o número de CCs seriam menos danosas em termos de perdas de serviço público prestado à sociedade. De maneira geral, acredito que haja pouco espaço para cortes e repito que não vejo como resolver a questão fiscal apenas com diminuições de despesas. O Estado só resolverá seus problemas quando voltar a crescer. Como nós temos poucas possibilidades de financiamento, as nossas oportunidades de ações se tornam bastante reduzidas.

Só vejo uma possibilidade mais clara de recuperação quando a política, no cenário nacional, mudar, mas isso é bastante complicado, visto que as políticas de austeridade têm se intensificado. Inclusive há a proposta de uma PEC limitadora de gastos para o estado do Rio Grande do Sul, mas esse não é o caminho. A razão de ser do Estado, que é servir ao público, ficará bastante reduzida em áreas essenciais.

Leia Mais

  • “O pacote de Sartori representa o corte da insignificância”. Entrevista especial com Paulo Brack
  • A eficiência do Estado não começa com o corte, mas com a estratégia. Entrevista especial com Enéas de Souza
  • Não sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra
  • ‘Sartori está partindo o Rio Grande ao meio com uma política mais radical que a da Yeda’
  • Façanha que não será modelo
  • Rio Grande do Sul se enforca para pagar as contas e conter a violência
  • Não se administra um Estado como uma padaria
  • Citando Margaret Thatcher, Sartori anuncia extinção de fundações, demissões e privatizações
  • Pacote de austeridade do governo Sartori pode esvaziar sindicatos

Notícias relacionadas

  • O escândalo econômico do dom

    LER MAIS
  • A luta de Bergoglio contra a economia que mata e suas tensões na Argentina. Entrevista especial com Eduardo de la Serna

    LER MAIS
  • "Esta economia mata. Precisamos e queremos uma mudança de estruturas", afirma o Papa Francisco

    LER MAIS
  • ''A fé não é um produto como todos os outros''. Entrevista com Éric Jaffrain

    Éric Jaffrain, consultor de marketing de organizações sem fins lucrativos, tendo criado o conceito de gift economy, a economi[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados