“A Shell mata o clima”: acionistas da petroleira rejeitam resolução climática

Foto: Marten van Dijl | Greenpeace

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23 Mai 2024

Resolução negada foi apresentada pelo acionista-ativista Follow This e apoiada por grupo de 27 investidores, que coletivamente têm cerca de US$ 4 trilhões sob gestão.

A reportagem é publicada por ClimaInfo, 23-05-2024.

Por maioria ampla, acionistas da Shell reunidos em assembleia geral na 3ª feira (21/5) rejeitaram uma resolução climática apresentada pelo acionista-ativista Follow This e apoiada por um grupo de 27 investidores, que coletivamente têm cerca de US$ 4 trilhões sob gestão. A resolução obrigaria a Shell a estabelecer uma meta de emissões de gases estufa de Escopo 3, que contabiliza o consumo de produtos da empresa, como os combustíveis fósseis, alinhada com a ciência climática.

O conselho da Shell instou os investidores a se oporem à resolução da Follow This, cujos apoiadores incluíam Amundi, Scottish Widows, Rathbones Group e Edmond de Rothschild Asset Management, detalha a Reuters. Assim, a proposta recebeu apoio de 18,6% dos acionistas. Ano passado, foram pouco mais de 20%.

Em março, a petroleira enfraqueceu sua meta de redução de carbono para 2030, citando expectativas de alta demanda por gás fóssil e incertezas na transição energética. Em meados do ano passado, a Shell abandonou a meta de reduzir a produção de combustíveis fósseis em 55% até 2030, em parte devido ao aumento da lucratividade do petróleo e gás em meio à crise de preços de energia. Logo depois, reduziu seu portfólio de energia renovável em cerca de 10%, lembra o edie.net.

Na assembleia geral de 2023, a Shell foi “mandada para o inferno” por acionistas e ativistas. Neste ano, o presidente da empresa, Andrew MacKenzie, foi acusado de greenwashing enquanto falava aos acionistas. MacKenzie foi interrompido por manifestantes ao abrir o encontro. Segundo The Ecologist, dezenas de pessoas se levantaram e começaram a cantar uma versão da música “Jolene”, de Dolly Parton, cantando “Shell kills, Shell kills, Shell kills, Shell kills”.

Financial Times e E&ENews também repercutiram o veto à resolução do Follow This.

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