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A história de São Leopoldo não é só dos alemães

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30 Abril 2024

Será que somente descendentes de alemães desenvolveram São Leopoldo e a região do Vale do Rio dos Sinos? A pergunta está implícita no livro “Invisíveis – o lugar de indígenas e negros na história da imigração alemã”, de Gilson Camargo e Dominga Menezes. A “história” do Vale, mostram, foi construída a partir de uma visão eurocêntrica, o que começa a mudar no início do século com pesquisas focadas em outras etnias.

A reportagem é de Edelberto Behs.

Quando o grupo de 39 imigrantes aqui chegou em 25 de julho – data que está sendo contestada, pois teria sido um ou dois dias antes – foi arranchado na Real Feitoria do Linho Cânhamo, habitada por escravos. Afrodescendentes e indígenas Kaingang e Guarani foram os primeiros vizinhos dos imigrantes, que muito tiveram que aprender quanto ao trato com o novo espaço, o clima, a vegetação e inclusive adotando hábitos alimentares.

“A alimentação dos alemães e depois dos italianos passa a incluir alimentos tradicionalmente indígenas, batata inglesa, tomate, milho. A polenta da cultura italiana não existiria se não fosse esse contato com os indígenas. O próprio pinhão acaba sendo incorporado nessa comida tradicional”, relata a pesquisadora Fabiane Rizzardo, lembrando que São Leopoldo abriga um dos maiores acervos arqueológicos sobre povos indígenas da América Latina, o Instituto Anchietano de Pesquisa.

Assim como vieram imigrantes que falavam diferentes dialetos do alemão, procedentes de várias partes do que seria a partir de 1871 o Império Alemão, viviam em São Leopoldo negros escravizados da etnia Monjolo, Angola, Nagô, Iorubá, lembra o teólogo e historiador Ricardo Brasil Charão.

Ele conta, no livro, que a produção econômica da Feitoria, uma “estatal” do Império Brasileiro, ia além do linho cânhamo. Ela também produzia erva-mate, madeira, tinha uma atafona para a produção de farinha. “A produção de gêneros alimentícios, olaria, curtume era vendida e a renda do Estado, claro que ao custo do trabalho escravo”, relata.

Com a chegada dos imigrantes, os negros da Feitoria são transferidos para o Rio de Janeiro. O desembargador negro Sejalmo Neri, falecido em 17 de abril de 2023, aos 80 anos, dizia em entrevista à Revista Carta Capilé em dezembro de 2007, retomada pelo “Invisíveis”, que “a política de cotas existe no Brasil desde os primórdios da história, a exemplo das Capitanias Hereditárias, com a doação de grandes glebas de terrar, ou de cotas a favor dos imigrantes que receberam terras, sementes, ferramentas e carretas”.

O exemplo recebe reforço do advogado e ativista do movimento negro Antônio Carlos Côrtes. Ele arrola que a economia do Império, no ciclo do açúcar, do algodão, do café, foi construída pelo braço negro, no Rio Grande do Sul com as charqueadas, e, afinal das contas, o que a Lei Áurea deu ao negro? “A Lei da Vadiagem. Ou seja, o imigrante veio pra cá, recebeu terras, ferramentas, e o negro foi jogado na rua da amargura”.

Quantas são as estórias relatadas por imigrantes de ataques de indígenas, que “atrapalhavam” a vida dos primeiros colonos, sem levar em conta que o Vale era habitado por comunidades indígenas!

A Avenida Dom João Becker, em São Leopoldo, palco do Carnaval de rua deste ano, ouviu, pelo samba enredo da Escola de Samba Império do Sol um grito reivindicando um lugar para negros e indígenas nos festejos do Bicentenário. O abre-alas soltou o grito preso na garganta: “Sou africano, alemão e brasileiro/originário, luterano, macumbeiro/bato no peito, sou imperiano/a minha história tem mais de 200 anos”.

Como lembrou a professora aposentada e militante dos movimentos sociais Nadir Maria de Jesus, a primeira mulher negra a assumir como vereadora nos 178 anos do Legislativo leopoldense, “o Bicentenário tem esse compromisso e responsabilidade de falar dos imigrantes alemães, mas também das comunidades que aqui estavam antes de 1824”.

A ver!

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