09 Abril 2024
Essas terras não encontram paz há mais de 60 anos, e os especialistas relatam que as vítimas já são cerca de 12 milhões. Deixemos que o grito do Congo emerja do silêncio.
A opinião é de Tonio Dell’Olio, padre italiano, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 04-04-2024. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
Realmente vale a pena. Para sacudir as consciências, para dar voz ao eco da dor das vítimas que custa a chegar até nós, para remover o véu de injustiça e hipocrisia que cobre a vergonha da guerra no Congo.
No sábado, 6 de abril, haverá manifestações em Bruxelas, Genebra, Milão, Paris e Roma. Às 15h, na Praça do Esquilino, na capital italiana, e na Praça Duca d’Aosta (estação central) em Milão.
A guerra nas regiões do Norte e do Sul do Kivu é tudo menos uma guerra distante de nós, porque está muito perto de nós nos nossos celulares, nos nossos computadores, nas baterias dos carros elétricos.
É um escândalo que a União Europeia tenha assinado um acordo com Ruanda para incentivar o “fornecimento transparente” daqueles minerais que a formação armada M23 (que tem suas raízes justamente em Ruanda) depreda do Congo às custas de vidas humanas, sofrimentos, exploração de menores e humilhações incalculáveis.
Por essa razão, convido todas e todos a assinarem o abaixo-assinado “Não ao escandaloso acordo entre União Europeia e Ruanda sobre os minerais do Congo!”.
Essas terras não encontram paz há mais de 60 anos, e os especialistas relatam que as vítimas já são cerca de 12 milhões. Deixemos que o grito do Congo emerja do silêncio.
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Juntos pela paz no Congo. Artigo de Tonio Dell’Olio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU