19 Março 2024
"A voz do Papa Francisco não deve ficar isolada e marginal e, mais ainda, não podemos abandonar a esperança de que seja possível construir a paz sem recorrer ao instrumento obsoleto e desumano da guerra", escreve Tonio Dell’Olio, padre, jornalista e presidente da associação Pro Civitate Christiana, em artigo publicado por Mosaico di Pace, 18-03-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.
Faço eco às palavras escritas por Andrea Riccardi no último sábado, 16 de março, no Avvenire, porque a voz do Papa Francisco não deve ficar isolada e marginal e, mais ainda, não podemos abandonar a esperança de que seja possível construir a paz sem recorrer ao instrumento obsoleto e desumano da guerra.
Não devemos resignar-nos à guerra sob o risco de que os conflitos em curso (a guerra mundial em pedaços) se unam em uma verdadeira guerra mundial. “Não se pode permitir que o mundo deslize para uma guerra maior. É claro que há muitas ‘batalhas’ a travar: há a comunidade internacional a reconstruir. Precisamos relançar uma grande iniciativa de paz, restaurar pontes, veicular a consciência de que a guerra é uma derrota para todos.
O Papa Francisco move-se nessa direção, criticado por muitos alinhados numa lógica de guerra, até mesmo católicos que se esqueceram do quanto o Papa é um grande recurso para um mundo mais humano e para uma Igreja mais evangélica. No entanto, ainda há muito potencial diplomático, intelectual, humano e espiritual no mundo para reconstruir as relações internacionais no sentido da paz, para obrigar aqueles que fazem a guerra a parar e mostrar tanto aos pequenos como aos grandes que a paz é o interesse comum".
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As pontes do Papa. Artigo de Tonio Dell'Olio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU