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28 Março 2024

“Uma leitura sociopolítica da Páscoa nos oferece vários símbolos que podem ser um horizonte ético para o bem comum. A salvação da opressão e a boa nova da liberdade. Não como liberalismo ou mensagem libertária, mas como uma crítica ao fundamentalismo econômico e religioso que apresenta o mercado como uma religião e o cristianismo como uma ordem divina. A Páscoa como libertação critica a sacralização das estruturas opressoras que criamos e é um convite para não justificá-las em nome de Cristo”. A reflexão é de Nicolás Iglesias Schneider, em artigo publicado por Brecha, 27-03-2024. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

A religião é geradora de sentido, tem a capacidade de mobilizar sentimentos e opiniões morais e políticas. Ao mesmo tempo, o discurso e o símbolo religioso na política partidária tornaram-se uma faca de dois gumes para candidatos de esquerda e de direita, sendo até um elemento gravitacional em eleições, como as recentemente realizadas no Brasil ou na Argentina. Para além dos seus símbolos, a religião, enquanto prática individual e coletiva, é um poderoso instrumento político que pode funcionar como elemento de unidade nacional, de fervor patriótico ou de sentido crítico do status quo e da ordem social.

As dinâmicas dos atores religiosos, políticos e sociais estão interligadas a nível nacional e internacional. Estas redes produzem símbolos, rituais e mitos que se adaptam às realidades locais. Por exemplo, a ideia do messias de Bolsonaro tem origem em uma história bíblica, mítica, religiosa, mas se adapta aos significados políticos que a história de Bolsonaro usa.

O batllismo [corrente do Partido Colorado do Uruguai inspirada nas ideias e na doutrina política criada pelo duas vezes presidente José Batlle y Ordóñez (1903-1907 e 1911-1915)] procurou resolver este conflito há mais de 100 anos: transformou datas como a Semana Santa em Semana do Turismo e o Natal em Dia da Família, entre outras mudanças que não impediram, nem impedem, as ressignificações de símbolos religiosos num sentido laico conservador e as disputas políticas com argumentos religiosos sobre conceitos-chave como vida, família, pátria e liberdade.

Nos últimos anos, duas instituições importantes voltaram ao centro da cena política conservadora uruguaia: a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) e o Exército, que são as mais antigas do país e também as mais tradicionais e hierárquicas. Neste regresso, retomam juntas a presença pública em atividades como a missa do Dia do Exército, todo dia 18 de maio, na catedral. O partido Cabildo Abierto (CA) e seus senadores são os principais promotores desta história da “nação católica” todo dia 12 de outubro (Dia da Hispanidade para a história conservadora) ou em datas próximas à Semana Santa ou ao Natal, quando, na meia hora que precede as sessões parlamentares, fazem um relato dessa narrativa em que a ICAR e o Exército seriam as instituições fundadoras do país.

Há poucos meses, a Dra. Lorena Quintanas, coordenadora do programa Famílias Fortes do Ministério da Saúde Pública, lançou no Cabildo Abierto o setor Encontro Nacional Cristão com uma agenda que prioriza temas como a luta contra a “ideologia de gênero”, a oposição ao aborto e à legalização das drogas e a defesa da família tradicional. Em termos religiosos, Quintanas foi formada na igreja Misión Vida do pastor Jorge Márquez. De lá sai em busca do voto cristão conservador de perfil pentecostal que o Cabildo Abierto disputa com alguns candidatos do Partido Nacional de perfil semelhante. Este novo setor, somado às contínuas declarações do senador Guillermo Domenech em relação ao papel da ICAR e da pátria na formação da identidade nacional e na recuperação da hispanicidade, conferem ao Cabildo Abierto uma forte marca cristã conservadora.

No Partido Nacional, que desde as suas origens reflete os interesses católicos e no qual, segundo uma recente pesquisa do El Observador (1), 73% dos seus legisladores se identificam com essa religião, há quase 20 anos vem se somando a participação de atores evangélicos, pentecostais e neopentecostais que comungam com a agenda pró-vida e pró-família. Neste sentido, o herrerismo [grupo político do Partido Nacional inspirado no pensamento do político Luis Alberto de Herrera] deu, na sua atual gestão de governo, um lugar importante ao cristianismo conservador na elaboração de políticas sociais baseadas em valores tradicionais. Vale ressaltar que os pré-candidatos mais radicais nas internas do partido nacionalista no que se refere à oposição à agenda de gênero e diversidade ficaram marcando seus próprios votos em candidaturas individuais e com poucas chances de obter grandes adesões, como Carlos Iafigliola e Roxana Corban.

Fora da esfera estritamente política, mas vinculado a referências conservadoras geradoras de opinião política, hoje circula um vídeo no qual o cardeal Daniel Sturla, o pastor Márquez, o padre Juan Andrés “Gordo” Verde, Marta Grego (fundadora da Madrinas por la Vida), Carlos Páez e Roberto Canessa (sobreviventes dos Andes), entre outros, participam de uma campanha pelo Dia do Nascituro, que coincidentemente é o dia da Anunciação da Virgem Maria e da Encarnação do Filho de Deus para a ICAR. Esta campanha, que também utiliza cartazes de fetos nas avenidas de Montevidéu, é outra forma de utilizar os símbolos e a religião com significado político conservador.

A dimensão cristã (tradicionalmente presente na esquerda do Partido Democrata Cristão) é uma referência cada vez mais diluída na Frente Ampla (FA). Na mesma pesquisa citada acima, 68% dos legisladores da Frente Ampla não se identificam com nenhuma crença religiosa e a maioria daqueles que se identificam como católicos fazem parte do Movimento de Participação Popular.

A esquerda uruguaia, nas suas origens, ao falar de justiça social, não teve medo de afirmar que o Jesus histórico foi um grande revolucionário, fazendo referências ao Evangelho e citando figuras de destaque como D. Carlos Parteli e o pastor Emilio Castro. Hoje, a narrativa de esquerda é magra em mística, símbolos e narrativas utópicas que, sejam laicas ou religiosas, ofereçam esperanças.

Neste sentido, uma leitura sociopolítica da Páscoa nos oferece vários símbolos que podem ser um horizonte ético para o bem comum. A salvação da opressão e a boa nova da liberdade. Não como liberalismo ou mensagem libertária, mas como uma crítica ao fundamentalismo econômico e religioso que apresenta o mercado como uma religião e o cristianismo como uma ordem divina. A Páscoa como libertação critica a sacralização das estruturas opressoras que criamos e é um convite para não justificá-las em nome de Cristo.

Nota

1. “Semana Santa: uno por uno, de qué religión son los legisladores uruguayos”, El Observador, 24 de março de 2024.

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