25 Março 2024
O padre Frans Bouwen, sacerdote da Igreja Católica que vive e trabalha pelo ecumenismo em Jerusalém desde 1969, não sabe como será a celebração da Páscoa este ano na cidade por causa do conflito entre israelenses e palestinos. “Normalmente, os peregrinos enchem as ruas. Este ano nenhum peregrino poderá vir antes da Páscoa. Os palestinos não podem vir a Jerusalém para comemorar”, informou.
A reportagem é de Edelberto Behs.
O padre Bouwen é um dos personagens que conectam histórias da Páscoa com a realidade atual na Palestina e em Israel, destacando os desafios de uma vida marcada pela violência, guerra e ocupação, no programa Acompanhamento Ecumênico na Palestina e em Israel, que o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) desenvolveu para a Páscoa de 2024.
A iniciativa é um apelo do CMI para “remover a pedra pesada da violência, da guerra e da ocupação, da dor e do sofrimento, e para lembrar ao mundo o que é necessário para trazer a paz e transformar espadas em relhas de arado”. Essa é a oração do vigário do Patriarcado Latino de Jerusalém, monsenhor William Shomali, ao pedir que “as espadas sejam transformadas em relhas de arado, o medo em confiança, o desespero em esperança, a opressão em liberdade, a fome em prosperidade, a ocupação em libertação, e a paz e a justiça possam ser experimentadas por todos”.
Ao retornar recentemente de visita à Terra Santa, o secretário-geral do CMI, pastor Jerry Pillay, afirmou que “a Páscoa deste ano acontece me meio à violência devastadora e ao imenso sofrimento humano, e a perspectiva de paz na Terra Santa pode parecer mais distante, talvez mais do que há muito tempo. Mesmo assim, a própria história da Páscoa é sobre um tempo de escuridão e desespero, mas também sobre manter a esperança”.
Bem por isso, a iniciativa de Páscoa do CMI deste ano leva o título de “Fora da Escuridão”.
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Na Terra Santa, uma Páscoa em meio à guerra - Instituto Humanitas Unisinos - IHU