15 Março 2024
Tantos jovens morrem na guerra, também por isso os conflitos são uma loucura, além de uma derrota. É a advertência que o Papa Francisco lança à audiência geral no décimo primeiro aniversário de sua eleição ao trono pontifício. A data é marcada pelo sofrimento pelas muitas guerras em curso no mundo, a começar pela Ucrânia e pela Terra Santa. E pelo empenho diário do Pontífice pela paz.
A reportagem é de Domenico Agasso, publicada por La Stampa, 14-03-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.
A sua voz ainda é interrompida por acessos de tosse, “estou um pouco resfriado”, diz ele, “e por isso pedi ao monsenhor (Pierluigi Giroli, ndr) que lesse a catequese”.
Mas a certa altura o Bispo de Roma retoma a palavra: “Por favor, perseveremos na oração fervorosa por aqueles que sofrem as terríveis consequências da guerra. Hoje me trouxeram um rosário e um Evangelho de um jovem soldado que morreu no front: os usava para rezar. Tantos jovens, tantos jovens estão morrendo! Rezemos ao Senhor para que nos dê a graça de superar essa loucura da guerra que é sempre uma derrota”.
Foi a Irmã Lúcia Caram, argentina residente na Espanha - famosa por suas missões humanitárias, incluindo aquelas na Ucrânia, onde leva ajuda à população – que doou ao Papa o Evangelho e o rosário do militar que perdeu a vida em batalha. A religiosa se encontrou com Francisco no Vaticano. Deu-lhe “um presente que o emocionou - conta - uma pasta com o livro dos Evangelhos e dos Salmos que carregava um soldado morto no front. Entreguei-lhe o rosário que Oleksandre usava quando morreu. Era um rosário abençoado” pelo próprio Papa. Francisco “beijou o rosário e ficou emocionado”. Bergoglio “ama a Ucrânia e sofre o martírio desse povo invadido e cruelmente atacado”. O Pontífice “encorajou-me a continuar. Ele me deu outros rosários para levar para a Ucrânia”. A Irmã Lúcia estava com o grupo Religion Digital. Entregaram ao Pontífice um livro que reúne mensagens de apoio a ele. “Vimos um Papa sereno. Cheio de força, com muita alegria”.
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“Tantos jovens morrem na guerra, uma loucura” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU