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O cristianismo e a cultura ocidental

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20 Outubro 2023

"O grande desafio do Ocidente é reconhecer e favorecer, na atualidade, a riqueza das diferenças que se integram para desenvolver uma nova ordem sistêmica, sem negar suas características históricas", escreve Matias Soares, presbítero da Arquidiocese de Natal-RN. 

Eis o artigo. 

A narrativa sobre as raízes cristãs do Ocidente foi lembrada nos pontificados de João Paulo II e Bento XVI com muita ênfase, tendo em vista os valores que foram sendo desenvolvidos como marca da identidade ocidental. Há um intento de mostrar a importância do Cristianismo como pai e guardião destes elementos culturais. Tornou-se uma pretensão cada vez mais absolvida, não só pelos ensinamentos papais, com a preocupação de tutelar a importância institucional da Igreja, como também pelas lideranças políticas, com a finalidade de frear a invasão do Islamismo, com sua postura teocrática e fundamentalista, nos países de tradição democrática. Religião e política, pouco a pouco, retomam o pacto para que o Velho Mundo não perca definitivamente as suas raízes civilizatórias, principalmente naquilo que foi uma realidade marcada pelo que fora construído através da razão grega e a fé judaica. O presidente dos Estados Unidos, o senhor Trump, tornou-se um grande paladino da importância da religião cristã para os americanos. Pode-se dizer, talvez, que é um aliado da "religião cristã", não da fé cristã, já que uma das suas grandes preocupações é a construção de muros.

Já nos anos 70, Michel de Certeau, historiador e sacerdote jesuíta, falava da apropriação do Cristianismo, na França, para servir de arcabouço ideológico para fortalecer outras estruturas existentes. A política abarca as tradições do Cristianismo e joga com estas para poder dinamizar o discurso da esquerda ou da direita politicas, tanto quanto o comunismo, o capitalismo e demais ismos que afloram no cenário político do Ocidente. O Cristianismo foi engolido pelo que ele germinou e ajudou a formar. Aqui está a grande conquista do Iluminismo. A sua preocupação com a autonomia foi o que o levou a ter êxitos anti-eclesiais, mas também destrutivos do que era normativo. O sujeito maduro é aquele que não tem mais referenciais institucionais. Com isso, também há a relativização dos valores e princípios comuns.

Na época moderna, relendo teologicamente a situação do homem contemporâneo, Karl Rahner, outro sacerdote jesuíta, com a sua teoria dos cristãos implícitos, ou anônimos, fundamenta a pré-existência cristã, antes mesmo do conhecimento do Evangelho pelas vias explícitas. Existe um primado da graça, que não relativiza a fé em Jesus Cristo, mas torna-se condição imprescindível para que haja o sentido da urgente ação missionária da Igreja e o seu constante anúncio do Reino de Deus. No humano existe a condição transcendental. Ele desde a sua criação já é estruturalmente, ou atematicamente, aberto ao mistério da Revelação de Deus. Aqui, cabe a pergunta: será que, atualmente, na Cultura ocidental já não existe uma presença significativa de cristãos anônimos, ou seja, pessoas que mesmo não conhecendo o Evangelho e os meios explícitos da graça de Deus, não vivem um modo periférico de Cristianismo? Será que o Cristianismo ocidental não se tornou mais folclórico e cultural do que um autêntico evento de salvação, graças aos mistérios da Encarnação e da Páscoa, para aqueles que foram educados nesta cultura da Cristandade? Temos que ter presente que antes do Cristianismo já existia uma Cultura ocidental, e por isso devemos racionar de modo dialético.

O grande desafio do Ocidente é reconhecer e favorecer, na atualidade, a riqueza das diferenças que se integram para desenvolver uma nova ordem sistêmica, sem negar suas características históricas. Neste sentido, o Cristianismo precisa ser visto como algo que vai além de uma construção simbólica. A partir do Evangelho, o Papa Francisco, não faz ruptura, mas universaliza na simplificação do essencial, o que era pensado pelos seus predecessores. Fala da urgência de se construir pontes entre as pessoas, religiões, nações, e não muros. Denuncia que o Mundo vive uma guerra em pedaços. Mostra a necessidade da misericórdia e do diálogo para a construção deste Mundo, onde as diferenças se encontram. Mostra a necessidade da cultura do encontro; pois, através dela há o reconhecimento da dignidade do Outro.

Esse tempo de crises e mudanças precisa de um conteúdo que o guie e que seja sua alma. A nossa Era necessita de um suporte que diga aos Seres Humanos quem de fato eles são. O Cristianismo, se continuar a ser mais um pedaço dentre tantas ideologias, não será cristão, nem promoverá a dignidade de cada Pessoa Humana, seja ela cristã implícita ou explícita, como tão profundamente foi teologizado. Só o encontro com pessoa de Jesus Cristo pode nos confirmar quem é o Cristão e como ele pode ser um sinal de transformação da Cultura, em todos os Povos. Assim o seja!

Leia mais

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