Papa Francisco fala na imprensa e no Sínodo e também nas fofocas

Foto: Vatican Media

Mais Lidos

  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS
  • COP30 escancara a mais nova versão da mentira. Artigo de Txai Suruí

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

05 Outubro 2023

O Papa Francisco, hoje, no seu discurso de abertura dos trabalhos sinodais, a Primeira Congregação, entre vários temas, falou também sobre a relação entre a imprensa e a Assembleia Sinodal e depois sobre a doença da tagarelice na Igreja. Aqui estão as duas etapas:

A informação é da Assessoria de Imprensa da Santa Sé, publicada por Il Sismografo, 04-10-2023.

Sínodo e meios de comunicação

“Então, quero dizer que neste Sínodo – também para dar espaço ao Espírito Santo – há a prioridade da escuta, há esta prioridade. E devemos dar uma mensagem aos operadores de imprensa, aos jornalistas , que fazem um trabalho muito bonito, muito bom. Devemos dar uma comunicação que seja o reflexo desta vida no Espírito Santo.

É preciso ascetismo - desculpem-me se falo assim aos jornalistas - um certo jejum da palavra pública para salvaguardar isso. E que seja publicado, que seja neste clima. Alguns dirão - estão dizendo isso - que os bispos têm medo e por isso não querem que os jornalistas digam. Não, o trabalho de jornalistas é muito importante. Mas devemos ajudá-los a dizer isto, isto, ir no Espírito. E mais do que a prioridade de falar, existe a prioridade de ouvir. E peço aos jornalistas que façam o favor de fazer com que as pessoas entendam isso, para que saibam que a prioridade é ouvir.

Quando houve o Sínodo sobre a família, havia a opinião pública, formada pela nossa mundanidade, de que se tratava de dar a comunhão aos divorciados: e assim entrámos no Sínodo.

Quando houve o Sínodo para a Amazônia, houve opinião pública, pressão, seja para fazer o viri probati: entramos com essa pressão.

Agora há algumas hipóteses sobre este Sínodo: “o que farão?”, “talvez o sacerdócio para as mulheres”..., não sei, essas coisas que dizem lá fora. E dizem muitas vezes que os bispos têm medo de comunicar o que está acontecendo. É por isso que peço a vocês, comunicadores, desempenhar bem o seu papel, corretamente, para que a Igreja e as pessoas de boa vontade - os outros dirão o que quiserem - entendam que a Igreja também tem a prioridade da escuta. Passando isso adiante: é muito importante."

A doença da tagarelice

É a doença mais comum na Igreja, tagarelice. E se não deixarmos que Ele nos cure desta doença, dificilmente um caminho sinodal será bom. Pelo menos aqui: se você não concorda com o que diz aquele bispo ou aquela freira ou aquele leigo ali, diga na cara dele. É por isso que é um Sínodo. Para dizer a verdade, não a conversa por baixo da mesa."

A íntegra do discurso do Papa no Sínodo, pode ser lida aqui.

Leia mais