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26 Setembro 2023

"Somos fracos – ele, como nós – e partilhamos o mesmo destino mortal, marcado pela finitude", escreve Lucrezia Ercoli, professora da Academia de Belas Artes de Bologna, em artigo publicado por l’Unità, 21-09-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

“Estava fraco”. Esse epitáfio aparece na página de Gianni Vattimo no Facebook às 22h de terça-feira, junto com as datas de nascimento e de morte, 04 de janeiro de 1936 / 19 de setembro de 2023.

Naturalmente não foi ele quem o escreveu, já se tinha libertado do seu corpo mortal, mas o post que anuncia o seu falecimento arranca um sorriso melancólico e é imediatamente compartilhado por centenas de amigos, colegas, alunos, leitores, admiradores comuns que naquele trocadilho agridoce, reconhecem a ironia e a profunda leveza do teórico do "pensamento fraco" que brinca com a sua (e com a nossa) partida.

Somos fracos – ele, como nós – e partilhamos o mesmo destino mortal, marcado pela finitude.

Esse é o seu último ensinamento: aceitar Não ser Deus, como rezava o título de sua (auto)biografia a quatro mãos com Piergiorgio Paterlini (Ponte alle Grazie, 2007), para os seus setenta anos.

Somos chamados a conviver com a nossa fragilidade e não temos à disposição certezas incontestáveis e verdades absolutas por trás das quais se esconder.

Encontrei-me com Gianni Vattimo pela primeira vez em setembro de 2009, por ocasião do meu primeiro festival filosófico que estava organizando em Civitanova Marche com o professor Umberto Curi. Eu tinha pouco mais que vinte anos, estava prestes a me formar em filosofia e havia gasto neurônios sobre seu ensaio de 1974, O sujeito e a máscara para o exame sobre Friedrich Nietzsche. Cumprimentei-o com o respeito devido a um dos mais importantes filósofos italianos, estudado e apreciado em todo o mundo. Imaginem o nervosismo de encontrar aquele que havia marcado a história do pensamento contemporâneo e dialogava de igual a igual com os maiores pensadores vivos.

Mas ele não queria ser tratado como um “venerado Mestre”, fugia da altivez dos barões universitários e da soberba dos acadêmicos; com um sorriso acolhedor e genuíno, tirou do caminho todo constrangimento afetado.

Diante de uma taça de vinho, discutia com ar bem-humorado sobre a vida e a filosofia, transmitindo a todos uma humanidade calorosa, capaz de fazer ruir todas as hierarquias sociais e intelectuais.

Com ele, cada um dos nossos festivais se transformava numa celebração do pensamento e num jogo do intelecto. De Vattimo não se esperava a enésima lectio magistralis séria e catedrática, mas um autêntico diálogo filosófico, salpicado de citações eruditas e lampejos criativos, piadas e pontos altos teoréticos.

Sua capacidade de passar do sério ao jocoso quebrava as barreiras entre a alta cultura e a baixa cultura, entre centro e periferia, entre burguesia e subúrbio, entre universidade e televisão. Lembro que enquanto falava da difícil relação entre ciência e democracia no mundo contemporâneo, ele parou para lembrar a vez que um tradutor de língua espanhola confundiu sua citação de Popper com uma referência a Harry Potter, fazendo com que o público atento e concentrado caísse numa gargalhada libertadora.

Afinal, O pensamento fraco é o título da famosa coletânea de ensaios, editada com Pier Aldo Rovatti e publicada em 1983, mas também o bordão relançado por Roberto D'agostino em Quelli della notte, enquanto tagarelava sobre o “hedonismo reaganiano” com montagens situacionistas tiradas do fluxo midiático da época. Em suma, uma fórmula filosófica de sucesso, exposta a mil mal-entendidos e descontextualizações, das quais ele era o primeiro a sorrir.

“A filosofia, desde sempre, para mim deve ser útil, está estreitamente ligada à vida”, isso era o mais importante. Ele seguia a máxima de Goethe que Nietzsche cita em seu livro Sobre a utilidade e os danos da história para a vida: “odeio tudo aquilo que somente me instrua sem aumentar ou estimular diretamente minha atividade".

Vattimo levou a sério o anúncio de Nietzsche: “Não há fatos, mas apenas interpretações, e esta também é uma interpretação." Acabou a era dos eternos e dos absolutos, vivemos na era das interpretações e das opiniões. Os alicerces sobre os quais construímos as nossas certezas são arenosos, estamos expostos à tempestade, sem âncoras de salvação.

Mas Vattimo também nos convidava a procurar a alegria dos naufrágios: emancipados dos dogmas do passado, devemos amar a nossa liberdade. E atacava os detentores da "verdade verdadeira" que pretendem nos definir de uma vez por todas: aquele que quer afirmar uma verdade absoluta, sempre válida e para todos, só quer exercer uma autoridade. Nas salas de aula universitárias e nas praças das cidades convidava os estudantes e o público a desconfiar dos especialistas e dos técnicos que querem nos governar contornando o consenso democrático.

“Derrotado em todos os lugares do mundo, nunca me senti tão livre”.

A sua vida irregular e anárquica é testemunho do seu amor pela liberdade, a qualquer custo, a risco de tudo.

Ele era capaz de ironizar sobre tudo, de zombar de todos (principalmente de si mesmo), de rir dos mais intocáveis tabus; e ele transformou a sua liberdade vivida e ostentada em uma prática de libertação contagiosa. Como os antigos parresiastas (discípulos de Luigi Pareyson), Vattimo era um Mestre de pensamento e um Mestre de vida.

Desdenhoso das contradições e dos juízos, definia-se como "comunista e cristão", porque nessas ideologias, encontrava o que procurava: não apenas um “pensamento fraco”, mas um pensamento “para os fracos”.

Tanto é assim que, em vez da palavra “verdade”, ele costumava usar a palavra “caridade”, não no sentido conformista ecumênico, mas no sentido de uma intersubjetividade necessária que nos obriga à relação com os outros.

Mas não poupava críticas zombeteiras e sarcásticas ao mundo das hierarquias eclesiásticas enredadas em vícios temporais.

Num mundo impregnado de moralismo e homofobia, gostava de falar abertamente de sua homossexualidade e as suas aventuras sentimentais e sexuais, sem censuras e sem pudores, derrubando os sensos de culpa de sua educação católica aprendida na escola dominical.

Em 2012, do palco do nosso festival “Popsophia”, ficou indignado com a falta de legalização dos casais homossexuais. Lembrando o caso de Lucio Dalla, falecido justamente naquele mesmo ano, reiterou seu escândalo pelo que acontece após a morte de um dos parceiros: “O companheiro de uma vida foi expropriado de tudo. Em muitos casos o dinheiro vai para os parentes de sangue. E isso significa negar os nossos direitos fundamentais, espezinhar a nossa Constituição."

Ele não sabia que estava profetizando seu triste destino. Nos últimos anos, Vattimo foi contestado e perseguido por tribunais, perícias, audiências: queriam a todo custo reconhecê-lo como incapaz de compreensão e vontade, submetê-lo ao administrador de apoio, separá-lo de seu assistente e companheiro de vida Simone Caminada, condenado por “abuso de incapaz”.

De nada adiantou o apelo duríssimo de Alessandro Dal Lago e Pier Aldo Rovatti, que – nas páginas do “Il Manifesto” em junho de 2021 – convocaram colegas e amigos contra a terrível “aliança entre o poder psiquiátrico e o poder judicial-inquisitivo” que havia se intrometido na vida pessoal do filósofo. Até o fim, como Nietzsche ensinava em Humano, Demasiado Humano, ele foi um “espírito livre”.

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