03 Agosto 2023
Escândalos, disse o Papa, "que exigem uma purificação humilde e constante, a partir do grito de dor das vítimas, para serem sempre acolhidos e ouvidos".
A reportagem é publicada por Il Sismografo, 02-08-2023 .
Em sua homilia durante a recitação das Vésperas no Mosteiro dos Jerônimos em Lisboa, o hoje Papa Francisco, sem usar as palavras "abuso" ou "pedofilia", mencionou a questão dentro de um contexto mais amplo reflexão. Eis o trecho:
"Às vezes, em nosso caminho eclesial, podemos sentir um cansaço semelhante, quando parecemos ter nas mãos apenas redes vazias. É um sentimento bastante difundido em países de antiga tradição cristã, atravessados por muitas mudanças culturais e cada vez mais marcadas pela laicidade, pela indiferença para com Deus, por um distanciamento crescente da prática da fé.
E isto é muitas vezes acentuado pela desilusão e pela raiva que alguns têm para com a Igreja, por vezes devido ao nosso mau testemunho e aos escândalos que desfiguraram o seu rosto, e que nos chamam a uma purificação humilde e constante, a começar pelo grito de dor das vítimas, sempre acolhidas e ouvidas. Mas o risco, quando se desanima, é sair do barco, enredar-se nas redes da resignação e do pessimismo. Ao contrário, devemos levar ao Senhor o nosso esforço e as nossas lágrimas, para depois enfrentar as situações pastorais e espirituais, confrontando-nos com o coração aberto e experimentando juntos um caminho novo, confiando que Jesus continua a tomar pela mão a sua amada Esposa e levante-a novamente".
Acesse aqui a homilia completa.
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Papa Francisco menciona os escândalos que “desfiguraram o rosto da Igreja” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU