20 Julho 2023
O Projeto de Jornalistas Refugiados (RJP a sigla em inglês) lançou, na semana passada, um kit de ferramentas que presta orientação a organizações de mídia na contratação de profissionais que tiveram que deixar seus países de origem por motivos de segurança.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
A cada ano, relata a repórter Vivienne Francis, do portal “jornalismo.co.uk”, centenas de jornalistas são forçados ao exílio. Só nas primeiras semanas da invasão da Ucrânia, mais de 1 mil jornalistas deixaram a Rússia para não correrem o risco de serem presos. Em terras estrangeiras, profissionais de imprensa enfrentam barreiras, como a necessidade de aprender um novo idioma, que limita o seu acesso ao mercado, muitos deles partindo para outras atividades.
O kit de ferramentas recomenda às empresas, entre outras, que se assessorem junto a organizações que trabalham com refugiados no caso de recrutamento; que ofereçam treinamento de segurança aos contratados; introduza o contratado na cultura e informe as práticas de trabalho da organização, e que sejam sensíveis ao trauma das pessoas que tiveram que se exilar.
“Os indivíduos podem precisar de apoio para superar a perda de confiança ou controlar a depressão. Eventos de notícias globais podem desencadear memórias dolorosas ou medos para amigos e parentes nas áreas afetadas”, assinala o material do kit.
O RJP existe desde 2016 no apoio a profissionais de mídia deslocados e exilados na reconstrução de suas carreiras. Nos sete anos de existência, o programa apoiou jornalistas de 20 diferentes países, entre eles procedentes do Afeganistão, Egito, Ucrânia, China, Eritréia, Síria e Sudão.
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Programa ajuda jornalistas exiliados a se inserirem no mercado inglês - Instituto Humanitas Unisinos - IHU