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30 Mai 2023

"A obstinada resistência do Papa a qualquer cedência não só colocou em crise muitos fiéis cristãos, mas foi um presente numa bandeja de prata para a propaganda anticlerical que usou o caso para demonstrar a intolerância, a iliberalidade e a dureza da Igreja. Tornou-se, portanto, além de um caso religioso, um caso político. Desenterrar o caso Mortara hoje significa também repropor uma discussão sobre a história do Risorgimento e sobre as diferentes visões da figura de Pio IX", escreve Riccardo Di Segni, Rabino Chefe da Comunidade Judaica de Roma, em artigo publicado por La Repubblica, 29-05-2023. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis o artigo.

Prezado Diretor, a apresentação de Rapito [Raptado], o novo filme de Marco Bellocchio, que conta fielmente o caso Mortara, não poderia passar na indiferença, e, como era de se esperar, despertou reações e polêmicas. A história, verdadeira, é aquela de um menino judeu de Bolonha, que aos seis anos foi tirado à força da família e levado para Roma para ser educado como cristão; uma empregada cristã o havia batizado secretamente anos antes, acreditando que ele estava à beira da morte por uma doença; depois de anos contou o fato às autoridades religiosas que consideraram válido o batismo e levaram a criança embora. O caso ocorreu em 1858 sob o reinado de Pio IX, que tomou conta da criança como de um filho. A criança criada como cristão escolheu a fé cristã, e se recusou a retornar ao judaísmo quando Roma foi libertada em 1870; tornou-se sacerdote, conhecido, celebrado (e até discutido) pregador poliglota; morreu em 1940 na Bélgica; e se tivessem passado mais alguns meses os nazistas teriam cuidado disso, porque apesar de tudo ainda era judeu.

Essa história de sequestro de menor não era uma novidade na história da Igreja e nos Estados dominados por ela. Sempre houve uma forte pressão de conversão de parte da Igreja e muitas vezes aconteceu que se um judeu, por qualquer motivo, decidisse tornar-se cristão, as autoridades organizavam o sequestro forçado de toda a família e batizaram automaticamente os menores. Essas histórias, que duraram séculos, foram reconstruídas com grande detalhamento pela historiadora Marina Caffiero (Battesimi forzati, 2004), não eram esporádicas, exprimiam uma linha de opressão coerente e sistemática. Os judeus sob domínio papal eram apenas tolerados, confinados ao gueto, assim que possível fugiam (como foi o êxodo para a Toscana na época napoleônica) e a política conversionista era coerente com o clima de opressão e humilhação. O que tornou singular o caso Mortara foi o momento particular em que aconteceu, às vésperas da unificação da Itália, com a contraposição entre a visão de Pio IX e as aspirações unitárias defendidas pela monarquia dos Savoias.

A obstinada resistência do Papa a qualquer cedência não só colocou em crise muitos fiéis cristãos, mas foi um presente numa bandeja de prata para a propaganda anticlerical que usou o caso para demonstrar a intolerância, a iliberalidade e a dureza da Igreja. Tornou-se, portanto, além de um caso religioso, um caso político. Desenterrar o caso Mortara hoje significa também repropor uma discussão sobre a história do Risorgimento e sobre as diferentes visões da figura de Pio IX.

As resenhas que nos últimos dias foram publicadas também são afetadas pelo peso dessas polêmicas, nunca adormecidas, mesmo que surpreendam um pouco as defesas oficiais do último papa-rei. Mas também está envolvida, e não é insignificante, a história da relação entre judaísmo e cristianismo. O tema das conversões, da pressão conversionista, e em particular das conversões de menores invitis parentibus, isto é, contra a vontade dos pais, sempre foi um nervo exposto. Um desdenhoso espírito antijudaico, combinado com a convicção de propiciar um dom às ternas criaturas, para salvar suas almas e libertá-las da superstição judaica norteou também o comportamento da Igreja Católica bem depois do caso Mortara.

No final da Segunda Guerra Mundial, o avô do atual presidente de Israel, o rabino-chefe de Israel, Isaac Herzog, conseguiu, com não pequeno esforço, ser recebido por Pio XII a quem pediu a libertação para as instituições judaicas das crianças judias escondidas nos conventos por seus pais, crianças órfãs pela morte de seus pais pelas mãos dos nazistas. O Papa se opôs à liberação, com base nos mesmos princípios de Pio IX, segundo os quais essas crianças agora batizadas pertenciam à Igreja.

Houve casos judiciais clamorosos e até hoje os nomes dessas crianças nunca foram publicados, e isso também vale para a Itália. Hoje o clima das relações inter-religiosas mudou completamente, o tema das conversões foi esclarecido, no sentido de que não existe – ou não deveria existir – nenhuma propaganda e nenhuma pressão, mas a questão continua a ser um teste decisivo para a saúde das relações. As defesas oficiais de Pio IX e seu aparato persecutório, que aparecem nestes dias de muitas partes do mundo católico, são por isso, se não surpreendentes, no mínimo preocupantes.

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