16 Mai 2023
O último estudo do Centro de Monitoramento de Deslocamento Interno (IDMC) mostra isso. Entre as principais causas, conflitos armados e desastres ambientais.
A reportagem é publicada por Nigrizia, 11-05-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.
De acordo com o novo relatório do Centro de Monitoramento de Deslocados Internos (IDMC), 2022 foi um ano recorde para o número de deslocados no mundo. Uma série de desastres naturais, combinados com a guerra na Ucrânia, levaram a números nunca antes vistos, num total de 71 milhões de deslocados, dos quais 31,7 milhões só na África subsaariana. Em nível global, são números que superam em um quinto os do ano anterior, quando eram “apenas” 59,1 milhões de pessoas.
E é fato que infelizmente já há alguns anos começou a crescer exponencialmente, superando-se de relatório para relatório.
O estudo faz uma distinção entre deslocamentos internos (60% a mais que no ano passado), causados por conflitos e desastres naturais, e pessoas deslocadas internamente (IDPS), dados que confirmam o enorme impacto desses fenômenos em nível global.
A Ucrânia tristemente lidera a lista, com 17 milhões de deslocamentos internos e 5 milhões de deslocados. Depois vem o Paquistão, um país que no último ano foi literalmente revirado pelas monções.
O primeiro país africano chamado em causa é a República Democrática do Congo, em quarto lugar em nível mundial, com 5 milhões e meio de deslocados por conflitos e violências e outros 283 mil devido a catástrofes naturais.
Depois da República Democrática do Congo, os primeiros cinco países africanos envolvidos são a Etiópia, a Nigéria e a Somália, que estão entre os 10 primeiros em nível mundial, e o Sudão, cujos dados, infelizmente, só estão destinados a crescer visto que ainda não estão computando os resultados da guerra em curso.
Destaque também para a Nigéria, que é a primeira entre as nações africanas por deslocamentos internos por motivos climáticos, com 2,4 milhões de pessoas, o maior número dos últimos 10 anos. Apesar dos números mais baixos, Chade, África do Sul e Mauritânia também atingiram seu novo recorde devido às inundações.
Em geral, os deslocamentos internos devido a desastres naturais na África subsaariana triplicaram em relação a 2021.
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2022: ano recorde de pessoas deslocadas no mundo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU