Clérigos de direita. A fé de D. Viganò em Putin, baluarte cristão contra o Anticristo

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21 Março 2023

"Criticando pela enésima vez o pobre BergoglioMonsenhor Viganò em geral haure no vasto repertório da conspiração para unir pandemia e guerra, a elite de Davos e a teoria de gênero, a OTAN e o Fundo Monetário InternacionalGeorge Soros e Bill Gates. Em suma, o projeto 'delirante' da Nova Ordem Mundial".

O comentário é de Fabrizio D'Esposito, publicado por Il Fatto Quotidiano, 20-03-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o comentário.

Um pró-putiniano no sentido mais profundo da definição – por sua própria e orgulhosa admissão – que vai ao ataque do Anticristo no sinal da , com a letra maiúscula: “Estamos lutando uma batalha de época: permanecemos sob o manto da Santíssima Virgem, gloriosa Nikopeia, juntos ao Arcanjo São Miguel. A vitória pertence a Cristo e àqueles que se colocam sob o santo estandarte da Cruz".

Quem fala é o inefável D. Carlo Maria Viganò (há muito tempo que não falamos dele), oráculo ouvido e venerado por muitos dos clérigos de direita que se opõem ao pontificado de Francisco. O ex-núncio apostólico nos Estados Unidos enviou uma entusiástica mensagem de vídeo ao recente congresso do Movimento Internacional dos Russófilos, realizado em Moscou na semana passada. Antes de Putin e da guerra na Ucrânia, monsenhor Viganò foi um fervoroso partidário de Donald Trump, cuja não reeleição é assim explicada no vídeo enviado a Moscou, juntando alguns eventos: “Até mesmo a fraude eleitoral de 2020 nos Estados Unidos da América foi indispensável para impedir a confirmação do presidente Donald Trump, assim como em 2013, o deep state e a deep church conseguiram que o Papa Bento XVI renunciasse e fizeram eleger uma pessoa apreciada pela Nova Ordem Mundial, o jesuíta Jorge Mario Bergoglio”.

Criticando pela enésima vez o pobre Bergoglio, Monsenhor Viganò em geral haure no vasto repertório da conspiração para unir pandemia e guerra, a elite de Davos e a teoria de gênero, a OTAN e o Fundo Monetário Internacional, George Soros e Bill Gates. Em suma, o projeto “delirante” da Nova Ordem Mundial.

O combativo e esperançoso prelado sustenta: “Um projeto infernal, como justamente evidenciou num seu recente discurso o presidente Vladimir Vladimirovich Putin, no qual o ódio pela civilização cristã quer criar uma sociedade de escravos subservientes à elite de Davos. Uma sociedade distópica, sem passado e sem futuro, sem e sem ideais, sem cultura e sem arte, sem pais e mães, sem família e estado, sem mestres e guias espirituais, sem respeito pelos idosos e esperanças para os nossos filhos. Resultado: “A Federação Russa inegavelmente se coloca como o último baluarte da civilização contra a barbárie” e contra aqueles que querem realizar o reinado do Anticristo, assim como moderno Leviatã imposto pelo Great Reset, que já espalhou a Covid por todo o globo terráqueo. Daí a investidura sagrada de Putin para a liderança de uma Aliança Antiglobalista dos povos livres do Ocidente.

Mas os católicos de direita não estão todos de acordo com o putinismo extremo de monsenhor Viganò. Há tempo o professor Roberto de Mattei, ex-consultor de história de Gianfranco Fini, presidente da Câmara, sustenta o contrário: "A missão imperial da Rússia não corresponde apenas às ambições geopolíticas de Putin, mas também ao pedido do Patriarca Kirill, que confiou a missão de realizar a 'Terceira Roma' eurasiana, sobre as ruínas da segunda Roma católica, destinada a desaparecer como todo o Ocidente. Pode um católico aceitar essa perspectiva?”. Quem vai contar isso a Viganò?

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