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02 Fevereiro 2023

"Jorge Luís Borges. O escritor lia incessantemente a Bíblia e Dante porque era atraído pela vida após a morte infernal e celestial. Circulava pelas águas do mar Mediterrâneo à frente do Egito, assumia as mais variadas formas de serpente, leão, árvore, chama, água corrente e era o guardião de focas e dos animais marinhos" escreve Gianfranco Ravasi, cardeal italiano, em artigo sobre o livro de Lucrecia Romera, Agnosticismo y fé poética en Jorge Luis Borges, publicado por Il Sole 24 Ore, 29-01-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Estamos evocando uma divindade mítica menor, Proteus, subordinado ao rei dos mares Poseidon, e aqueles familiarizados com a literatura clássica se lembrarão de sua presença poética no quarto canto da Odisseia e no Livro IV das Geórgicas de Virgílio, sem falar de seu necessário pairar nas Metamorfoses de Ovídio. Entre os seus "devotos" devemos mencionar Jorge Luis Borges e isso não é surpreendente, dado o caráter metamórfico, propriamente multiforme, de sua visão do ser e da existência e de sua própria literatura.

Aliás, muito além de suas bibliotecas de Babel, dos labirintos de suas Ficciones e de seu universo literário “fluido y cambiante”, estava convencido de que o próprio “leitor é um e muitos homens”, como ele escreveu no poema obviamente intitulado Proteus da coletânea A rosa de Paracelso de 1975. Parte disso para começar a elaborar seu esplêndido ensaio sobre o agnosticismo e a fé poética de Borges uma acadêmica de Buenos Aires, Lucrecia Romera, que foi professora visitante em muitas universidades, incluindo a Sapienza de Roma É à fugidia obra do escritor argentino que ela apresenta os questionamentos mais complexos, tentando abrir brechas na camada nem tão robusta de seu ceticismo/agnosticismo.

Além disso, ele mesmo confessava que “os católicos acreditam em um outro mundo, mas eu notei que eles não se interessam sobre tal mundo. Comigo acontece o contrário: estou interessado, mas não acredito”. Se vale um testemunho pessoal, duas vezes, em La Plata e em Córdoba na Argentina, tive a oportunidade de dialogar publicamente com Maria Kodama, a amada esposa do escritor, e sempre a conversa centrava-se em Jorge Luis Borges y la experiencia mística, que mais tarde viria a ser o título de um dos seus ensaios publicado em 2015 na revista “Proa 22” de Buenos Aires. Depois tivemos a oportunidade outras vezes nestas páginas para recordar o surpreendente vínculo entre o escritor e o então Pe. Jorge Bergoglio, professor de um internato em Santa Fe.

Romera estrutura sua pesquisa em uma espécie de díptico cujo primeiro painel é fundamental e o título é lapidário: Los Evangelios según Borges. Sabe-se, de fato, que - apesar de sua onívora capacidade de leitura - ele sempre reiterava que tinha duas estrelas fulgurantes em seu céu, a Bíblia (e especialmente os Evangelhos) e Dante, justamente por sua paixão pela vida após a morte infernal e celestial. São três os textos poéticos que a estudiosa analisa de forma refinada e fascinante, incrustando suas páginas com preciosas referências às obras de Borges. É curioso notar que esses três textos poéticos são simplesmente intitulados com citações de versículos bíblicos.

Assim, Juan, I, 14, o poema mais complexo e "teológico" organizado em dez sequências, aborda o nó central da cristologia: “O Verbo se fez carne”. Nem precisa dizer que aos olhos de um teólogo que saiba atravessar o castelo dos símbolos e as barreiras dos paradoxos, as intuições que brotam desses versos são surpreendentes, tanto que Romera os define como “uma teodiceia poética". Afinal, não se deve esquecer que o Verbo, a Palavra, segundo Borges, “era, no início, princípio mágico e a missão do poeta é restituir sua virtude primitiva e agora oculta”.

A provocação cristã consiste em ter compactado essa transcendência com a carnalidade imanente criatural. Isso é decifrado nos versos desse poema que abre a mais famosa coletânea borgesiana, Elogio da sombra (1969), mas devemos nesse nosso espaço limitado encaminhar o nosso leitor às outras duas passagens evangélicas citadas acima. Primeiro, há Mateo, XXV, 30, o sombrio final da parábola dos talentos: “Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes". Esse “versículo de advertência” rasga o véu daquele mundo do além, que dizíamos atrair o poeta que não hesitava em interrogar-se assim alhures: “O que eu sou? Saberei isso o dia depois e subsequente à agonia".

Por fim, ainda naquele cume que se debruça sobre a escatologia, eis Lucas XXIII que coloca em cena o malfeitor arrependido crucificado ao lado de Jesus:

“Último de morrer crucificado, / Ouviu, por entre os escárnios da gente,
Que o que estava morrendo a seu lado / Era Deus, e lhe disse cegamente:
"Lembra-te de mim quando vieres / A teu reino", e a voz inconcebível
Que um dia julgará todos os seres / Lhe prometeu de sua Cruz terrível
O Paraíso. Nada mais disseram / Até que veio o fim, mas a história
Não deixará que morra a memória / Daquela tarde em que os dois morreram".

Falamos de um díptico: podemos apenas mencionar o imenso segundo painel caro a Borges, aquele dos Evangelhos apócrifos, ou seja, "ocultos" e não "falsos", como ressalta, e dos quais ele próprio é o criador, testemunhando que a fé "poética", ou seja, criativa, é irmã da fé religiosa. É por isso que confessava: “Almejo o vasto sopro dos Salmos”. Por isso, a sua convicção permanece sempre firme: “Ao longo dos séculos, os homens repetiram constantemente duas histórias: a de um navio perdido que procura uma ilha amada nos mares mediterrâneos, e a de um Deus que se deixa crucificar no Gólgota”.

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