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08 Setembro 2022

 

"Primeiro debate entre os candidatos à Presidência mostrou que o principal tema do planeta está ausente das preocupações". 

 

O comentário é de Flávio Tavares, professor aposentado da Universidade de Brasília - UnB, escritor, autor de seis livros, dois deles, Memórias do Esquecimento (Porto Alegre: L&PM, 2012) e O dia em que Getúlio matou Allende (Porto Alegre: L&PM, 2014), receberam o Prêmio Jabuti de Literatura, em artigo publicado por O Estado de S. Paulo, 02-09-2022. O texto foi enviado pelo autor ao Instituto Humanitas Unisinos - IHU.

 

Eis o artigo. 

 

Não só o Brasil, mas o planeta inteiro está ferido e grita exteriorizando a dor, mas nos fingimos de surdos e cegos, como se não escutássemos nem víssemos o horror.

 

Intensas ondas de calor assolam o Hemisfério Norte, secando – na Europa, na China e nos Estados Unidos – o que foram caudalosos rios. Num deles, nos Estados Unidos, apareceram até pisadas de gigantescos mastodontes desaparecidos há milhões de anos. Na Europa, rios como o Danúbio já não são navegáveis. Incêndios florestais devastam a União Europeia e a América do Norte. Na África, a pior seca em meio século deixa mais de 20 milhões de pessoas sem alimentos.

 

O Brasil não é uma ilhota a salvo da destruição. Aqui, a cada ano, uma área de bosques secos, maior do que a Inglaterra, é devastada pelo fogo. A partir de 1985 (quando começaram as medições), desapareceu um total de 1.672.142 km² de florestas, ou um quinto do território nacional. Quase toda a devastação ocorreu na Amazônia, para (em vez da floresta) criar gado e plantar. Lá, porém, o solo é pobre para plantio ou pecuária e, ao não ter nutrientes, se esgota em menos de dois anos. A queda das folhas forma uma fina camada superficial, que torna a floresta exuberante unicamente pela continuidade das chuvas, mas o solo continua paupérrimo, como lembrei aqui em setembro de 2019.

 

Já bem antes disso, o horror das mudanças climáticas mostrava o rosto e as garras, mas simulávamos nada ver. A cobiça, por um lado, e a incompreensão dos governantes, por outro, agravam a cegueira geral.

 

Agora, a ferida está à mostra no dia a dia e em formatos tão diferentes que a tomamos como “normalidade”. Estamos nos habituando ao horror das mudanças climáticas, sem entender que nós próprios somos responsáveis por elas. As queimadas no Pantanal mudaram um bioma único no mundo ao devastarem flora e fauna também únicas.

 

Adotamos uma atitude discursiva ou exibicionista sobre a crise do clima. Fazemos de conta que o perigo não existe e que nossa desatenção e nossa displicência não equivalem a um crime. Ou a um suicídio coletivo.

 

O primeiro debate entre os candidatos a presidente da República, dias atrás, mostrou que o principal tema do planeta está ausente das preocupações. Nenhum deles se interessou em abordá-lo de forma concreta. O único a mencioná-lo foi Lula da Silva, mas numa pergunta genérica, com a evidente intenção de livrar-se do tema e (sem saber como encará-lo ou resolvê-lo) passar adiante a qualquer adversário, para tropeçar e cair. Nem sequer abordou o assunto.

 

Indago: lembram-se da forma irônica com que Lula da Silva, quando governava, tratou a construção de uma estrada federal que fora paralisada por atravessar área cheia de desconhecidas rãs e outros anfíbios? “O País não pode ficar a serviço de uma perereca”, proclamou ele, então.

 

Na sua visão primitiva de encarar tudo, Lula da Silva vislumbrou somente a pequena rã desconhecida da ciência, sem dar qualquer importância à ciência em si. Talvez todo este desdém dos candidatos a presidente da República se explique pelo somatório de outros problemas que se amontoam no País nos últimos tempos, a começar pelo desemprego e a fome em todas as regiões.

 

Por que preocupar-se com a destruição da Amazônia se as árvores não têm título de eleitor nem direito a voto?

 

Os candidatos a presidente da República não se mostram interessados em entender os problemas cruciais do presente – a começar pela crise climática –, mas unicamente em arrebanhar votos. Assim, a demagogia vã das promessas vagas tem mais força de persuasão do que o estudo detalhado dos problemas concretos. E as campanhas eleitorais descambam para a superficialidade.

 

Na campanha presidencial de 2018, a facada fez com que Bolsonaro tivesse pretexto para não participar dos debates e, deste modo, neles não figurar como uma cadeira vazia. Assim, salvou-se de ser confrontado com os demais aspirantes à Presidência. Agora, ele tenta a reeleição, após quase quatro anos de um governo apático e sem rumo, que quase só se preocupou com isentar de impostos a importação de armas e munições, mas não soube enfrentar a pandemia nem o fantasma da inflação.

 

O debate entre os candidatos presidenciais mostrou, também, que a invencionice e a reles mentira seguem como moeda de troca. O candidato do PT, Lula da Silva, por exemplo, afirmou ter sido “absolvido” das acusações de corrupção, quando, em verdade, o Supremo Tribunal apenas decidiu que a Lava Jato (que o condenou) não tinha foro para julgá-lo.

 

Bolsonaro citou várias vezes o “Auxílio Brasil” de R$ 600, concedido pelo governo, como se fosse a redenção dos setores pobres do País, quando é só menos da metade do já esquálido salário mínimo.

 

Assim nos preparamos para os 200 anos da Independência no próximo 7 de Setembro, contemplando o coração de Dom Pedro I, guardado em formol numa ânfora de ouro, trazido de Portugal como “empréstimo” e exposto em Brasília.

 

Primeiro debate entre os candidatos à Presidência mostrou que o principal tema do planeta está ausente das preocupações. 

 

 

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