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“Otimismo apocalíptico é preciso diante de tamanho desafio.” Entrevista com Sidarta Ribeiro

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28 Abril 2022



"Se quisermos durar, temos que mudar", afirma o neurocientista Sidarta Ribeiro, que em seu novo livro analisa as possibilidades para o futuro da vida na Terra.

 

A entrevista é de Edison Veiga, publicada por Deutsche Welle Brasil, 24-04-2022. 

 

"Chegou a hora de curar nossos piores instintos, nutrindo os melhores." Quem diz isso é o neurocientista Sidarta Ribeiro, fundador e professor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

 

Na próxima semana, ele lança o livro Sonho Manifesto, em que defende uma postura de "otimismo apocalíptico" para enfrentar os desafios de sobrevivência − da humanidade, da vida e do próprio planeta − em tempos de tragédia climática, ambiental e social, contexto este agravado ainda pela pandemia de covid-19.

 

Na obra, Ribeiro resgata conhecimentos de povos originários e prega a necessidade de voltarmos a eles se quisermos ter chances para continuar existindo. "Quando diz que 'o futuro é ancestral', [o líder indígena, ambientalista e escritor] Ailton Krenak exprime que não teremos futuro sem o resgate das cosmovisões sustentáveis do passado", diz o pesquisador.

 

Em entrevista à DW Brasil, o neurocientista ressalta que é preciso também "nutrir antigas tradições relacionadas aos cuidados recíprocos entre as pessoas", já que aqueles que viveram na antiguidade "desenvolveram uma sofisticada ética do cuidado".

 

Eis a entrevista. 

 

Em seu novo livro, fica claro que, mantidas as condições atuais, o futuro da vida na Terra é impossível. Isso é pessimismo ou, ao contrário, um otimismo que vê na crise a oportunidade de uma nova configuração social?

 

Ambos. Vivemos um momento extremado e paradoxal. Estamos diante de gigantescos riscos para a vida humana, com aumento da desigualdade social, violentos conflitos inter e intranacionais com potencial de aniquilamento em massa, discriminação por gênero, raça, classe, casta, orientação sexual, religião e opinião, aceleração da destruição de biomas e da extinção generalizada de espécies − todos índices do explosivo aumento do sofrimento planetário, tanto humano quanto não humano.

Em contradição com tudo isso, vivemos o aumento descomunal e inédito do nosso potencial de transformação positiva do planeta, tanto na esfera social quanto na esfera ambiental. Esse potencial deriva do enorme acúmulo de capital financeiro, humano e tecnológico, mas também da bússola moral propiciada pelas tradições dos povos originários, das mestras e mestres de saber popular e pelo que existe de mais generoso e humanista nas religiões, na filosofia e na ciência.

Estamos vivendo um momento crucial de nossa evolução – e nossas ações e inações nos próximos anos terão consequências muito profundas para a experiência cósmica de "senciência" e consciência. Tenho usado o termo "otimismo apocalíptico" para descrever a atitude que me parece necessária diante de tamanho desafio: compreender a urgência da mudança, sem perder de vista a esperança e o compromisso com sua realização.

 

 (Foto: Divulgação)

 

O ponto de partida do livro é fato de que o Homo sapiens, desde o surgimento, tornou-se um animal paradoxal, que por um lado é violento, e por outro é capaz de gestos autênticos de altruísmo. Como explicar essa dicotomia?

 

Nossa espécie se caracteriza pela dicotomia entre o cuidado com pessoas consideradas do círculo íntimo e a competição com aqueles excluídos desse círculo por qualquer razão. Precisamos ao mesmo tempo curar nossa pior ancestralidade e honrar nossa melhor ancestralidade. Por um lado, é preciso confrontar as partes doentes de nossas origens, como o patriarcado, que promove competição feroz e generalizada, acumulação, opressão, machismo, racismo, homofobia, todo tipo de intolerância e finalmente o vergonhoso especismo em que vivemos. […]

Precisamos também nutrir antigas tradições relacionadas aos cuidados recíprocos entre as pessoas. Desde a pré-história, nossos ancestrais desenvolveram uma sofisticada ética do cuidado, baseada nos valores da atenção, da responsabilidade, da comunicação, da responsividade, da competência, da confiança, do respeito, da solidariedade e da pluralidade. Nossa raiz biocultural é violenta, mas também é amorosa, generosa, capaz de esmerados cuidados parentais e maravilhosa sociabilidade.

 

E de que forma essas características opostas nos fizeram chegar até aqui?

 

A dicotomia entre proteger "os de dentro" e combater "os de fora" tem bases biológicas antigas, como o papel do hormônio ocitocina, que em mamíferos atua na produção de comportamentos tanto de agressão quanto de amor, dependendo do contexto social. Faz sentido que estes mecanismos existam, pois a evolução em ambiente natural acontece quase sempre sob a pressão seletiva da escassez de recursos.

Por inúmeras gerações de humanos pré-históricos e históricos, até muito recentemente, apenas aqueles capazes de colaborar com "os de dentro" e competir com "os de fora" tiveram sucesso em sobreviver e se reproduzir. Acontece que hoje existe abundância suficiente para garantir a todos e todas não apenas água limpa, comida saudável, teto seguro e medicina eficaz, mas também música, livros, museus e florestas. Astrofísica, Quarup e poesia. Capoeira, balé clássico, ioga e kung fu. […]

Por que os bilionários, com honrosas e importantes exceções, hesitam em cuidar do planeta como se fosse a sua casa? O que diriam dessa hesitação o punhado de ancestrais paleolíticos que fundaram nossa linhagem ao sair da África? Assim como inúmeras vezes aconteceu entre nossos ancestrais, os mais fortes precisam cuidar dos mais fracos […].

 

No seu entendimento, a solução para sairmos dessa crise socioambiental está em nos voltarmos para a ancestralidade? Em que sentido?

 

Quando diz que "o futuro é ancestral", Ailton Krenak exprime que não teremos futuro sem o resgate das cosmovisões sustentáveis do passado. Privado de natureza, sono, sonho, alimentação, exercício físico e relações humanas de qualidade, o homem branco se enfiou num beco existencial e ecológico que parece não ter saída. Entre as capacidades ancestrais que precisam ser recuperadas, o sonho tem lugar central.

A sociedade dos brancos desaprendeu a arte de sonhar, que exige memória, intenção, interpretação e coletivização das imagens oníricas pela narrativa ao despertar. Segundo o xamã ianomâmi Davi Kopenawa, "os brancos não sonham tão longe quanto nós. Dormem muito, mas só sonham com eles mesmos". A atrofia da capacidade de sonhar reflete o sequestro do desejo pela relação desmedida com as mercadorias. Chegou a hora de curar nossos piores instintos, nutrindo os melhores. Se quisermos durar, temos que mudar.

 

Leia mais

 

  • "É hora de reaprender a arte de sonhar com os xamãs nativos"
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