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2021, o ano de 700 mil dias

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03 Janeiro 2022

 

"2021 não acaba com a inauguração de 2022. As maldades realizadas neste ano irão seguir nos anos vindouros, como ferida de difícil tratamento. O ano em que o Brasil perdeu aproximadamente 700 mil vidas talvez necessite de 700 mil dias para os atos criminosos serem esclarecidos", escreve Ivânia Vieira, jornalista, professora da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Doutora em Processos Socioculturais da Amazônia, articulista no jornal A Crítica de Manaus, co-fundadora do Fórum de Mulheres Afroameríndias e Caribenhas e do Movimento de Mulheres Solidárias do Amazonas (Musas).

 

Eis o artigo.

 

A olhar as horas escapando, o dia terminando e ao riscar as datas do calendário percebo o fim de 2021. O ano está indo embora. Um sabor amargo fica em todo o corpo e alcança a boca, o coração, como se não fosse o fim.

Sensação estranha. Logo os fogos irão estourar formas coloridas no céu e certa alegria tomará conta de multidões em todos os continentes. Com máscaras ou sem elas, haverá razão para festejar o nascer de um novo ano, dirão às pessoas nas entrevistas e nos recadinhos distribuídos pelas redes sociais. “Feliz Ano Novo!”

Ainda assim 2021 não acaba com a inauguração de 2022. As maldades realizadas neste ano irão seguir nos anos vindouros, como ferida de difícil tratamento. O ano em que o Brasil perdeu aproximadamente 700 mil vidas talvez necessite de 700 mil dias para os atos criminosos serem esclarecidos e os responsáveis pelas mortes - por Covid-19 e pelos assassinatos de mulheres, de adolescentes, crianças e jovens, de indígenas e dos agricultores - levados ao tribunal do mundo, julgados pelos crimes dos quais foram autores ou cúmplices por omissão e apoio.

Zuenir Ventura, em 1989, nos ofereceu o “1968- o ano que não terminou”, onde aborda as formas de resistência à ditadura no Brasil. A ata da 43ª sessão do Conselho de Segurança Nacional, desconhecida do público até aquela data vem a público por meio dessa obra. De acordo com o registro do Memorial da Democracia, nesse documento “foi aprovado o Ato Institucional nº5 (AI-5), que aprofundou a natureza arbitrária e violenta da ditadura, ‘o golpe dentro do golpe’”.

Há documentos de 2021 que devem ser levados a público, sem cortes e na maioria das plataformas possíveis. A arbitrariedade do governo Jair Bolsonaro se estendeu por todo o território nacional e, incorporada pela maioria dos integrantes do primeiro escalão, se fez replicar em dirigentes de diretorias, departamentos, núcleos e programas. Expôs o horror e o aplauso de seguidores, inclusive servidores públicos, à violência governamental, ao aprofundamento da desigualdade, aos ataques sistemáticos aos negros, aos indígenas, ao segmento LGBTQIa+, à Amazônia que queima e sangra.

Posso, habitualmente, marcar com um X sobre os meses e as datas de 2021 até o dia 31. Não posso apagar as marcas feitas em meu corpo e em tantos corpos de brasileiros e brasileiras. São marcas da dor das perdas que não poderão ser preenchidas, da exclusão e da injustiça social, mecanismos utilizados oficialmente para restabelecer o retrocesso, o desemprego e a fome enquanto a publicidade enganosa rir dos cadáveres. Rir de nós.

Se há motivação para celebrar o fim – não acabado - de 2021, uma delas é o fazer memória permanente dos atos e das atitudes das autoridades governamentais, legislativas e do judiciário do Brasil. É organizar os nomes daqueles e daquelas que dos seus espaços de poder produziram atrocidades. A lista tem função pedagógica: aprender sobre o exercício do poder, da cumplicidade, de legitimar e legalizar, pelo voto, o que é inadequado, imoral e ilegítimo; colocar a lista nas ruas das cidades, nos centros sociais das comunidades, nos postes, nas feiras, nos pontos de ônibus. Que os perversos não sejam esquecidos no novo ano nem ignorados e sim confrontados e questionados em todas as telas, presencial e remotamente. E a justiça não seja tardia e sim justa.

 

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