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Sobre a realidade da vida e migração de cidadãos haitianos

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09 Novembro 2021

 

“O calvário de um povo 'forçado a ser errante', é tecido de novas cruzes dolorosas, é um país que contemplamos em sua peregrinação, com sua marca quase indelével 'chache la vi' = buscar a vida. O Haiti é um povo vitimado por vicissitudes e discriminação racista-xenófoba, e revitimizado pelos recentes ataques violentos da crueldade feroz de bestas brancas galopando a cavalo no Texas-EUA em outubro de 2021. Bem como a forma indiscriminada de deportações com maus-tratos, abuso, extorsão e violações dos direitos humanos dos migrantes. As constantes agressões físicas e morais contra pessoas indocumentadas e documentadas, em países considerados 'democráticos' (Chile, México, Peru, Argentina, entre outros). Ante esse espectro crítico de um povo 'forçado a ser errante', a voz de uma consciência crítica cidadã clama ao céu, sintonizando com a sensibilidade pastoral do Papa Francisco, que os Estados, não apenas no Haiti, levem a sério garantir a seus povos este triplo direito fundamental: 'terra, teto e trabalho'”, escreve padre Julio Acosta, da Pastoral de Migrantes (Haiti-República Dominicana), em artigo publicado por El Canto del Tordo, boletim do Escritório de Comunicações do Serviço Jesuíta a Migrantes da Bolívia, 03-11-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

 

Eis o artigo.

 

O raio geográfico do Haiti cobre uma superfície de 27,750 km². Território equivalente ao tamanho da Bélgica, como 18 vezes menos que a Espanha e 39 vezes menor que a Bolívia. É circundado por 5 ilhas adjacentes: Tortuga no litoral noroeste, Gonave na baía de Porto Príncipe, Grande Caymite à leste de Jérémie, Ille-à-Vache na costa de Cayes, e a Ilha de Navare.

O pequeno Haiti (em termos geográficos), é um gigante em estatura histórica, pois é a primeira República Negra do mundo a proclamar sua independência – 1º de janeiro de 1804. O sangue resistente do Haiti solidário criou um impacto histórico de incidência singular nas lutas independentistas do continente americano.

 

Imagem: mapa do Haiti | CIA

 

Esse Haiti solidário é o que, antes de 1804, passa pela crucificação da escravidão: o sangue suado de meio milhão de escravizados desde o século XVI até XVIII. Homens e mulheres retirados violentamente de sua África natal, e submetidos à cruel exploração do trabalho das plantações e da servidão dos amos brancos.

Aquele sistema de escravidão coadjuvou a primeira acumulação de capital para a Europa (gerando o capitalismo mercantil da França napoleônica). Para esse tempo de acumulação, o comércio exterior da ilha alcançou os 40 milhões de dólares sobre os 36 milhões dos 13 estados da América do Norte. Isso é, uma só colônia insular do Caribe produzia mais riquezas que 13 estados do Norte Continental.

 

Da realidade do país

 

Antes do terremoto de 12 de janeiro de 2010, a população aproximada do Haiti era de cerca de 10 milhões de pessoas. É um dos países caribenhos com a maior taxa de km² (251 habitantes/km² – até 2001).

O Haiti é um povo “peregrino da vida”, desde o alvorecer começa a marcha em busca da vida. Toda a cidade de Porto Príncipe, que é a capital nacional, é um grande mercado, caracterizado pela dinâmica da economia informal (quase todo mundo vende, quem compra?). No continente, nunca vi um povo tão trabalhador!

 

Dados estatísticos breves

 

No Haiti, 56% da população está abaixo da linha da pobreza, a taxa de analfabetismo é superior a 60%, a expectativa de vida é de 58,1 anos, 1 em cada 2 pessoas não tem acesso à água potável, 66% da população rural não tem crédito agrícola, 80% dos produtos alimentícios são importados, apenas 41% têm acesso a vaso sanitário em suas casas, menos de 5% da população recebe o serviço de saneamento básico. Os 4% da população que controlam 66% da renda nacional difundem a imagem artificial de que “o Haiti é um bom lugar para se viver”. E 75% da população rural atualmente vive com menos de 2 dólares por dia.

A esses dados deve-se acrescentar que, dos 1,3 milhão de refugiados, em cerca de 1.300 campos de refúgio improvisados - uma consequência catastrófica do terremoto de 2010 – ainda vagam a céu aberto. Ainda mais grave, são mais de 10 mil mortes devido à cólera pós-terremoto, um crime contra a humanidade, que continua impune.

 

Fenômeno migratório

 

Além das migrações internas, o fenômeno é uma constante que molda a sociedade haitiana. Na língua crioula haitiana, a emigração é explicada com a expressão "chache la vi " = buscar a vida.

Historicamente, devido a vários fatores, desde a violência colonialista dos escravos até a violenta intervenção militar dos fuzileiros navais americanos (1915-1934), o povo haitiano sobrevive como “errante forçado” em sua própria terra (como uma ave migrante).

Durante o período de 1915-1934, o processo migratório de cidadãos haitianos se intensificou para a República Dominicana, Cuba e as Bahamas. Para a explicação pertinente sobre o impulso dos fluxos, dois fatos determinantes devem ser levados em consideração: o primeiro é a "expulsão violenta dos camponeses" de suas parcelas pelas empresas estadunidenses dos fuzileiros intervencionistas, que, no início (1915), criou um exército de desempregados. As autoridades norte-americanas estabelecidas no Haiti, e em conluio com frações da burguesia haitiana local, organizaram o tráfico de haitianos para as plantações de açúcar de Cuba e da República Dominicana. O segundo, o apogeu do monopólio da indústria açucareira dos Estados Unidos no Caribe insular. Para obter ganhos econômicos, os Estados Unidos utilizaram contingentes de "braceros" durante as safras de açúcar com métodos de superexploração nos engenhos (= usinas de açúcar) da República Dominicana e de Cuba.

Durante o governo da família Duvalier (1957-1986), a situação migratória atingiu proporções mais alarmantes: um milhão de haitianos deixaram o país para os Estados Unidos, Canadá, Antilhas do Caribe e Europa. No processo de fluxo, um fato triste e doloroso é o dos 15 mil braceros que a cada ano cruzam a fronteira dominicana pelo acordo entre o Conselho Estadual do Açúcar (CEA) da República Dominicana e o governo do ditador haitiano François Duvalier. A sorte daqueles braceros foi como a noite escura de tudo o que é subumano. O acordo entre o CEA e o governo haitiano proporcionou ao ditador François Duvalier e seu filho ditador (Jean-Claude Duvalier) a quantia de 1,2 milhões de dólares para colocar os braceros na fronteira. E assim, o governo dominicano recebeu uma força de trabalho barata para explorar.

 

Pró-conclusão

 

Para uma leitura contextualizada atual, o calvário de um povo "forçado a ser errante", é tecido de novas cruzes dolorosas, é um país que contemplamos em sua peregrinação, com sua marca quase indelével “chache la vi" = buscar a vida. O Haiti é um povo vitimado por vicissitudes e discriminação racista-xenófoba, e revitimizado pelos recentes ataques violentos da crueldade feroz de bestas brancas galopando a cavalo no Texas-EUA em outubro de 2021. Bem como a forma indiscriminada de deportações com maus-tratos, abuso, extorsão e violações dos direitos humanos dos migrantes. As constantes agressões físicas e morais contra pessoas indocumentadas e documentadas, em países considerados “democráticos” (Chile, México, Peru, Argentina, entre outros).

Ante esse espectro crítico de um povo “forçado a ser errante”, a voz de uma consciência crítica cidadã clama ao céu, sintonizando com a sensibilidade pastoral do Papa Francisco, que os Estados, não apenas no Haiti, levem a sério garantir a seus povos este triplo direito fundamental: “terra, teto e trabalho”.

Com o Haiti, para despachá-lo desavergonhadamente, pré-fabricaram a tese que rezam: Haiti = Estado falido. Aqueles que sustentam esta tese não se atrevem a sustentar a antítese: “não querem pagar o preço de tê-lo ferido”.

 

Leia mais

 

  • Haiti. “Grito de alarme” dos Jesuítas
  • Haiti. uma situação “apavorante”. Violências, execuções e estupros no estilo do ISIS
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