25 Outubro 2021
A mortalidade infantil caía ano a ano no Brasil desde pelo menos 1990. Mas um boletim especial do Ministério da Saúde com registros até 2019 (último ano com dado disponível) aponta que a taxa regrediu naquele ano, estacionando o país no índice de 2015 e fazendo viver uma até então inédita metade de década perdida. Em 2019, foram 13,3 mortes por mil nascidos vivos no Brasil, alta discreta em comparação ao ano anterior. Em 2018, essa taxa ficou em 13,1 por mil nascidos vivos. A taxa é exatamente a mesma registrada quatro anos antes.
A reportagem é de Carlos Madeiro, publicada por Portal Uol, 24-10-2021.
O documento do Ministério da Saúde lamenta o freio na redução e lembra que o país vinha em um ritmo acelerado de queda das taxas até 2015. "No Brasil, vem-se observando um declínio na taxa de mortalidade nesse grupo, com uma diminuição de 5,5% ao ano nas décadas de 1980 e 1990, e 4,4% ao ano desde 2000", diz.
“O cenário é preocupante. Essa importante desaceleração pode estar associada à diminuição da cobertura vacinal no país, ao aumento do número de pessoas em pobreza e extrema pobreza, à epidemia do vírus da zika em 2015 e 2016, à estagnação de programas sociais e aos cortes na saúde pública", afirma Paulo Martins-Filho, epidemiologista e professor da UFS (Universidade Federal de Sergipe).
A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.
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Brasil estaciona em mortalidade infantil de 2015 e tem meia década perdida - Instituto Humanitas Unisinos - IHU