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13 Outubro 2021

 

“A guerra civil já começou”, repete Éric Zemmour, dia após dia, na França. Até poucos meses atrás era um jornalista e ensaísta que tinha ganhado notoriedade como convidado e colunista em grandes canais de televisão. Agora, embora ainda não tenha anunciado oficialmente sua candidatura, duas pesquisas eleitorais o apresentam como terceiro ou segundo na corrida presidencial para o Palácio do Eliseu, em maio de 2022, lado a lado com Marine Le Pen, candidata tradicional da extrema direita, e abaixo do atual presidente, Emmanuel Macron.

A reportagem é de Marco Teruggi, publicada por Página/12, 09-10-2021. A tradução é do Cepat.

Zemmour fala sem filtros em um país onde o politicamente correto costuma ser norma. Aproveita o espaço deixado por Marine Le Pen que, durante anos, trabalhou para ser correta, desdemonizar-se, como se diz na França, mostrar-se presidenciável, livrar-se da imagem de seu pai Jean-Marie Le Pen e de seus antigos sócios partidários, abertamente antiárabes, antijudeus, colonialistas. Assim, enquanto cresciam forças de extrema direita em países próximos com disrupções e desinibições, sua força optou por um caminho diferente, que parecia dar frutos até os maus resultados das eleições regionais de junho passado.

A nova figura optou pela estratégia frontal. Não convencionalmente, pois se apresenta como um intelectual, escritor conhecedor da história francesa e sua cultura. A escalada ocorre nos conteúdos: Zemmour expõe ideias antigas atualizadas para este momento de crise. Uma delas é que a “civilização ocidental” e a “civilização islâmica” seriam incompatíveis, e a segunda estaria em um processo de “colonização” da primeira por meio da imigração. Esse processo, afirma, é o que daria lugar à “grande substituição” populacional, uma tese desenvolvida pelo escritor Renaud Camus. Assim, de forma direta, afirma: “o povo francês está sendo substituído por outro povo”.

“As elites francesas, há 40 anos, cometeram a loucura criminosa de fazer e deixar vir milhões e milhões de imigrantes de uma civilização árabe-muçulmana que é hostil à civilização cristã da qual viemos há mil anos”, repete em suas intervenções. Seu discurso sobre segurança assume outra dimensão: “a criminalidade que vivemos não é criminalidade, é um jihad, é uma guerra que fazem contra nós, uma guerra de civilização, de pilhagem, de roubo, de violação, de assassinato”. Uma obsessão, como ele mesmo reconhece: “está em jogo a civilização”, diz.

Não se trata, então, somente de um racismo pela cor de pele e classe. Zemmour vai além, retoma a tese civilizacional originária de parte da extrema direita francesa, aquela que era sustentada pela corrente de Jean-Marie Le Pen, que se alistou voluntariamente para ir combater a Argélia, quando a Frente Nacional de Libertação Nacional encabeçava a luta pela independência que, finalmente, ocorreu em 1962. Essa guerra sempre volta: o governo argelino, recentemente, chamou o seu embaixador na França para consulta a respeito das declarações de Macron que, entre outras coisas, criticou a “história oficial” construída pela Argélia em relação à colonização e a guerra. Macron, que pode ser uma coisa, outra, ou totalmente o contrário, busca votos à direita.

A imigração está no centro de todo o discurso de Zemmour. Na economia, por exemplo, explica que uma das causas do que chama de “terceiro-mundialização da França”, com um “Estado providência obeso”, seria a de que se passou de uma “solidariedade nacional para um sistema de solidariedade universal, abrimos os hospitais, a seguridade social ao mundo inteiro”. Sua proposta oscila entre o liberalismo interno, o protecionismo externo oposto à mundialização - acusa Macron de querer “dissolver a França na Europa e na África” -, com fechamento de fronteiras e fluxos migratórios. Em termos geopolíticos, defende que é necessário sair da OTAN para não continuar “submetidos” aos Estados Unidos, e realizar uma aproximação com a Rússia, retirando as atuais sanções econômicas.

A extrema direita consegue concentrar o debate onde cresce, polariza, aumenta medos, angústias, horizontes catastróficos, e evita aprofundar em temas de economia, onde não consegue mostrar tanta força. Seu inimigo, diferente da América Latina, Espanha e parcialmente os Estados Unidos, não é o comunismo, o socialismo, o marxismo cultural ou o populismo. A esquerda francesa está há décadas sem governar, nem apresentar uma alternativa forte - com exceção de Jean-Luc Mélenchon, nas eleições passadas - e o Partido Socialista, sob o governo de François Hollande, entre 2012 e 2017, acabou adotando a agenda neoliberal e inclusive ideias históricas de extrema direita, como retirar a nacionalidade francesa daqueles com dupla nacionalidade que “atentaram contra os interesses fundamentais da nação”.

Neste ano, Mélenchon, que afirma que Zemmour é “um perigo para a França”, aparece em quinto ou sexto nas pesquisas, perto do candidato Verde, Yannick Jadot, na frente do Partido Socialista com a figura da atual prefeita de Paris, Anne Hidalgo. Em primeiro lugar está Macron, em segundo ou terceiro Zemmour e Le Pen, e em quarto está o partido de direita Os Republicanos – que não conseguiu sua última presidência, com Nicolas Sarkozy recém-condenado a um ano de prisão – que escolherá seu candidato em dezembro.

Trata-se de um arco orientado de forma acentuada para a direita, após um mandato de Macron marcado por grandes mobilizações, como a dos coletes amarelos, e pela pandemia e as diferentes quarentenas implementadas. Ainda restam sete meses para as eleições e algumas pesquisas também indicam uma alta porcentagem de abstenção que chegaria a 48%, recordando o ditado de que o primeiro partido da França é a abstenção. Embora surpresas e reviravoltas não possam ser descartadas, no momento, o mapa assume, segundo as pesquisas, a forma anunciada há algum tempo: um segundo turno entre Macron e uma das forças de direita, repetindo-se, talvez, o cenário de 2017.

Zemmour faz parte da tendência atual de crescimento dessas novas/velhas direitas. Nesse caso, uma emergência mais à direita da já existente, como é o VOX em relação ao Partido Popular [Espanha] e Javier Milei ao Juntos pela Mudança [Argentina], em uma estratégia de concorrência e aliança. É provável que sua gravitação, apoiada pelo grande impulso midiático, opere como tração para uma maior direitização de Macron, Marine Le Pen e o futuro candidato de Os Republicanos. Semelhante ao efeito VOX sobre o Partido Popular, com renovadas bandeiras anticomunistas e pró-coloniais, ou Milei sobre Juntos, agora em uma cruzada para retirar a indenização por demissão.

 

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