O Grande Imã de Al-Azhar reivindica “uma ação séria” para contra-atacar os efeitos devastadores da catástrofe climática

Foto: Pixabay

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02 Agosto 2021

 

Mais uma vez em sintonia com o Papa Francisco – primeiro com o diálogo inter-religioso e agora com o meio ambiente – o Grande Imã de Al-Azhar Ahmed al-Tayeb, uma das figuras mais autorizadas do islã sunita, pede uma “ação séria” para contra-atacar os efeitos devastadores da catástrofe climática, depois de várias notícias que chegam da região, desde os protestos pela crise da água no Irã até as devastadoras inundações e incêndios que afetaram a Turquia nos últimos dias, sem esquecer das abrasadoras ondas de calor no Iraque. O líder islâmico, através de um tuíte em sua conta oficial do Twitter, alertou sobre esta crise:

“As recentes inundações e o aumento recorde das temperaturas em todo o mundo, que causaram centenas de mortes e deslocados como consequências, deveriam reforçar a necessidade de atuar seriamente para combater a mudança climática e salvaguardar a humanidade desta inegável ameaça”.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 31-07-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

E conforme informado por AsiaNews, nos últimos dias, várias mortes e centenas de pessoas foram deslocadas pelas devastadoras inundações na Turquia. Em Bagdá, a capital do Iraque, as temperaturas alcançaram 51,7 °C. Os efeitos da onda de calor se viram agravados pelos frequentes cortes de eletricidade, que dificultam o abastecimento dos sistemas de refrigeração. A falta de água também é outro dos grandes problemas da região, que se deve a dois fatores: à catástrofe climática e à má gestão dos recursos por parte dos governos da Argélia, Irã, Iraque, Sudão e Iêmen. AsiaNews informa que a falta de água gerou muitas revoltas e distúrbios nestas nações e os analistas consideram que a corrupção e a prevaricação são “elementos-chave” do problema.

O Iraque se encontra entre as nações da zona com as reservas de água mais abundantes, no entanto, o nível dos rios Tigre e o Eufrates baixou 40% nas últimas décadas, em parte devido às atividades dos países vizinhos, incluindo um aumento das temperaturas e uma redução das precipitações devido à mudança climática. O temor, sem dúvida, é que a evolução da crise possa desencadear novos conflitos entre países vizinhos que competem pelos mesmos recursos hídricos, como está ocorrente entre Egito e Etiópia por uma polêmica represa no Nilo Azul.

 

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