Haiti. Três religiosos sequestrados são libertados

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24 Abril 2021

Desta vez, será um canto de ação de graças. Às 12h, hora local, quando os sinos da ilha se unirem em um único e prolongado grito, eles expressarão a alegria pela libertação de três dos 10 reféns sequestrados no dia 11 de abril em Croix-des-Bouquets, anunciado pela Conferência Episcopal do Haiti.

A reportagem é de Lucia Capuzzi, publicada em Avvenire, 23-04-2021. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O porta-voz, Pe. Loudger Mazile, destacou que os libertos são todos religiosos e que, entre eles, não há nenhum estrangeiro, sem citar os seus nomes.

Deduz-se disso que, por enquanto, Anne Marie Dorcelus, das Irmãzinhas do Menino Jesus, voltou para casa e para a sua própria congregação. Não se sabe, porém, qual dos padres da Sociedade de Saint-JacquesJean Nicaisse Milien, Joël Thomas, Evens Joseph – está novamente em liberdade. Nem se foi pago um resgate pela sua libertação: os sequestradores, pertencentes à gangue 400 Mawzoo, haviam pedido um milhão de dólares. Ainda estão nas mãos do grupo, porém, o Pe. Michel Briand e a Ir. Agnès Bordeau, ambos franceses, missionários no país há mais de 30 anos.

Por fim, não está clara a situação de Oxane Dorcélus, idosa leiga, cuja libertação havia sido anunciada pela mídia, mas não foi confirmada pela Igreja haitiana.

A Igreja local terminou nessa sexta-feira, ao som dos sinos do meio-dia, três dias de “greve” para denunciar a dramática escalada de sequestros: desde quarta-feira, todas as escolas, universidades e instituições católicas fecharam as portas. É a segunda vez que a Conferência Episcopal recorre a um gesto tão forte: no dia 15 de abril, já havia acontecido o mesmo.

O Haiti se debate em uma crise dramática há três anos. No pano de fundo, a queda de braço entre o presidente, Jovenel Moïse, e a oposição que contesta a sua legitimidade. Devido a essa disputa, as eleições legislativas não puderam ser realizadas, e o chefe de Estado governa por decreto, sem Parlamento.

As tensões agora aumentam com a escolha do Parlamento de convocar um referendo em junho, para modificar a Constituição, hipótese vetada explicitamente pela atual Carta.

 

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