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Católicos decidem no Rio e evangélicos em São Paulo e Recife. Artigo de José Eustáquio Diniz Alves

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01 Dezembro 2020

O segundo turno das eleições municipais de 2020 terminou neste domingo, dia 29 de novembro. Ainda é cedo para se fazer uma análise mais completa, mas os números abaixo objetivam fazer uma breve análise preliminar da intenção de voto, por religião, em 3 capitais. A pauta religiosa teve bastante destaque em 2020, indicando um certo enfraquecimento do Estado laico.

O comentário é de José Eustáquio Diniz Alves, doutor em demografia e pesquisador titular da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – ENCE/IBGE, em artigo publicado por EcoDebate, 30-11-2020.

Na cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Datafolha indicou uma intenção de voto de 55% para Eduardo Paes (DEM), 23% para Marcelo Crivella (Republicanos) e 23% de votos nulo, branco e não sabe (pesquisa realizada nos dias 24 e 25 de novembro). O Datafolha não indicou o percentual de votos de outras religiões e de sem religião. Mas o quadro é claro, pois Eduardo Paes ganha em todos os grupos religiosos, menos evangélicos, tendo uma grande diferença de intenção de votos entre os católicos. Já Crivella tinha a preferência dos votos evangélicos.

Neste quadro, pode-se dizer que os evangélicos perderam as eleições e os católicos ganharam (junto com outros grupos religiosos e sem religião). O bispo Crivella, totalmente identificado com a Igreja Universal, jogou todas as suas fichas no discurso do fundamentalismo religioso e foi derrotado, embora o candidato vencedor também tenha feito um discurso contra a “ideologia de gênero”, contra a “legalização do aborto”, etc. Desta forma, tanto o presidente Bolsonaro, quanto a esquerda perderam na “Cidade Maravilhosa”.

O Rio de Janeiro tem uma população 6,75 milhões de habitantes em 2020 e o eleitorado total de 4,85 milhões de pessoas, representando 71,9% da população total. O resultado divulgado pelo TSE registrou a vitória de Eduardo Paes, com 64,1% dos votos válidos e Marcelo Crivella com 35,9%. Mas, considerando o total de 4,85 milhões de eleitores potenciais, Paes foi eleito com 33,6% e considerando toda a população teve 24,1%. O que chama a atenção no Rio é que as abstenções chegaram ao número de 1,7 milhão (mais que os votos de Eduardo Paes) e representando 35,5% do eleitorado e 25,5% da população. Os votos não válidos chegaram a 47,6% do eleitorado e a 34,2% da população.

Em São Paulo, o Instituto Datafolha indicou uma intenção de voto de 47% para Bruno Covas (PSDB), 40% para Guilherme Boulos (PSOL) e 13% de votos nulo, branco e não sabe (pesquisa realizada nos dias 24 e 25 de novembro). Bruno Covas ganha em todos os grupos religiosos, tendo a maior diferença de intenção de votos entre os evangélicos. Assim, o voto religioso, no geral, foi importante para o resultado final, em especial o voto evangélico.

Mais uma vez o presidente Bolsonaro foi o grande derrotado e Guilherme Boulos saiu fortalecido, particularmente, no campo da esquerda.

São Paulo tem uma população 12,3 milhões de habitantes em 2020 e o eleitorado total de 8,99 milhões de pessoas, representando 72,9% da população total da cidade. O resultado divulgado pelo TSE registrou a vitória de Bruno Covas, com 59,4% dos votos válidos e Guilherme Boulos com 40,6%. Mas, considerando o total de 8,99 milhões de eleitores potenciais, Covas foi eleito com 35,3% e considerando toda a população teve 25,7%. Em São Paulo as abstenções ficaram em 2,77 milhões, representando 30,8% do eleitorado e 22,5% da população. Os votos não válidos chegaram a 40,6% do eleitorado e a 29,6% da população.

Em Recife o Instituto Datafolha indicou uma intenção de voto de 43% para Marília Arraes (PT), 40% para João Campos (PSB) e 17% de votos nulo, branco e não sabe (pesquisa realizada nos dias 24 e 25 de novembro). Marília Arraes ganhava entre os católicos e espíritas e João Campos entre os evangélicos. Mas tudo indica que João Campos deve ter virado entre os católicos e ampliado a vantagem entre os evangélicos.

Assim como no Rio de Janeiro e em São Paulo, o presidente Bolsonaro foi o grande derrotado em Recife. O racha entre o PT e o PSB em Pernambuco pode prejudicar a possibilidade de uma frente de esquerda em 2022.

colocar aqui a legenda (Foto: nome do fotógrafo)

Recife tem uma população 1,65 milhão de habitantes em 2020 e um eleitorado total de 1,16 milhão de pessoas, representando 70% da população total da cidade. O resultado divulgado pelo TSE registrou a vitória de João Campos, com 56,3% dos votos válidos e Marília Arraes com 43,7%. Mas, considerando o total de 1,16 milhão de eleitores potenciais, João Campos foi eleito com 38,7% e considerando toda a população teve 27,1%. Em Recife as abstenções ficaram em 246 mil, representando 21,3% do eleitorado e 14,9% da população. Os votos não válidos chegaram a 31,2% do eleitorado e a 21,9% da população.

As 3 capitais analisadas possuem uma composição bastante diversa nas forças políticas que disputaram as eleições 2020. O voto religioso foi importante nas 3 cidades, mas de forma diferenciada. No Rio de Janeiro, o voto evangélico foi fundamental para colocar Marcelo Crivella no segundo turno, mas ficou isolado para a votação de 29/11 e o voto católico foi direcionado em peso para Eduardo Paes.

Em São Paulo, Bruno Covas ganhou entre católicos, espíritas e principalmente entre os evangélicos, o que explica a margem maior de votos do que o indicado nas pesquisas. Em Recife, o resultado das urnas foi diferente do que indicado nas pesquisas e tudo indica que o voto evangélico foi muito importante no resultado final na capital de Pernambuco.

O Brasil está passando por uma transição religiosa, com redução do percentual dos católicos, aumento do percentual de evangélicos, mas também aumento das pessoas que se autodeclaram sem religião. Ao mesmo tempo, o Estado Laico está sendo ameaçado pelas forças teocráticas.

Porém, artigo de Damian Ruck et al. (18 julho de 2018), “Religious change preceded economic change in the 20th century”, mostra que o enfraquecimento do Estado laico só compromete a perspectiva de desenvolvimento socioeconômico e o avanço do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

De fato, não há exemplos de nações que se enriqueceram e avançaram em termos científicos e tecnológicos com base na imposição de dogmas religiosos rígidos, qualquer que seja a religião. A separação entre Estado e Religião é essencial para o futuro do país.

Referências:

ALVES, J.E.D, CAVENAGHI, S, BARROS, LFW, CARVALHO, A.A. Distribuição espacial da transição religiosa no Brasil, Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 29, n. 2, 2017, pp: 215-242. Disponível aqui.

ALVES, J.E.D. A menor influência da religião é essencial para o desenvolvimento econômico, Ecodebate, 21/12/2018. Disponível aqui.

Damian Ruck et al. Religious change preceded economic change in the 20th century, Science Advances, Vol. 4, no. 7, 18 Jul 2018. Disponível aqui.

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