Desgaste do discurso evangélico

Bolsonaro com líderes evangélicos. | Foto: Marcos Corrêa/PR/Flickr CC

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27 Novembro 2020

Conversa do "apoio à família" e contra a esquerda e a população LGBT que elegeu Bolsonaro em 2018 já cansou os eleitores, afirma estrategista.

A reportagem é de Nuno Vasconcellos, publicada por iG, 26-11-2020.

Estrategistas que orientam evangélicos na tomada de decisão sobre que rumo político tomar estão preocupados com o desgaste do discurso dos pastores de igrejas pentecostais, já considerado sem eficácia eleitoral comprovada. Um deles, que pediu sigilo, contou à coluna que a narrativa do medo, agenda pró-família, ataques ao público LGBT e a publicidade de que a esquerda quer introduzir a "pedofilia" na sociedade, muito utilizado em 2018 - e que alguns candidatos tentam repetir nesta eleição -, não terá o mesmo efeito positivo que levou o presidente Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto. "Essa conversa cansou o eleitor, que descobriu que existe vida além dessa mostrada pelos fanáticos".

Um experiente político que atua desde a década de 60 concorda e acrescenta "a consequência mais grave desse fiasco dos neopentecostais é o gigantesco desgaste de sua imagem em todo o Brasil, semelhante à dos direitistas. Evangélicos estão pagando um preço alto, porque repousa no inconsciente coletivo do brasileiro um julgamento pouco lisonjeiro sobre eles, graças aos que usaram a religião para fins escrachados eleitorais". Dois segmentos, portanto, são os perdedores dessa campanha: a direita e o religioso, diz ele.

Esquenta o confronto

De certa forma, o que dizem os analistas, conselheiros e observadores é que se verificou na eleição do primeiro turno da eleição municipal no Rio a difícil reeleição de nomes que, antes do pleito, eram dados como certos com expressivo apoio popular. Não foi uma eleição fácil como candidatos com base religiosa imaginavam. E a reta final da eleição entre Eduardo Paes e Marcelo Crivella está muito agressiva no horário eleitoral, onde o preferível seria a apresentação de propostas para a cidade.

Na nossa coluna dominical, apresentamos no curso do ano extenso material que poderia ajudar a refletir sobre os rumos do Rio, mas o confronto trocado por conta do que é verdade ou é mentira mistura temas de costume e não de gestão, como a população demonstrou ser sua preferência em todo o Brasil. Alguns líderes religiosos já perceberam que o eleitor mudou e que está se libertando de manipulações.

A força da milícia

O crescimento da milícia na Baixada Fluminense está assustando até mesmo os agentes de segurança pública. O reforço já anunciado pela Polícia Civil materializado no envio de contingente extra para São João de Meriti é a prova da constatação de que milicianos querem interferir na política. O atual prefeito da cidade Doutor João (DEM) e o seu adversário, deputado Léo Vieira (PSC), já anunciaram que isto está impedindo a movimentação dos correligionários em certas áreas residenciais neste segundo turno. Eles têm sido proibidos de entrar nas comunidades.

Crise do emprego no Rio

A taxa de desemprego para jovens entre 18 e 24 anos no estado do Rio de Janeiro é mais que o dobro da verificada no estado de Santa Catarina, onde o emprego industrial com carteira assinada representa quase 30% do total do emprego formal. Para se ter ideia, no Rio, este índice não chega a representar 10%.

Liberdade de expressão no Esporte

A jogadora de vôlei de praia Carol Solberg é a convidada do programa ABI Esporte, que estreia na próxima segunda-feira (30), às 19h30, no canal da Associação Brasileira de Imprensa do Youtube. Para falar sobre liberdade de expressão no esporte, a atleta conversará com os jornalistas Cid Benjamin, Juca Kfouri, Sylvia Moretzsohn e Marcos Gomes.

 

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