Em 2020, o número de incêndios no Pantanal é 440% maior que a média dos últimos anos

Foto: Agência Brasil

Mais Lidos

  • Cristo Rei ou Cristo servidor? Comentário de Adroaldo Palaoro

    LER MAIS
  • Dois projetos de poder, dois destinos para a República: a urgência de uma escolha civilizatória. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • Desce da cruz: a sedução dos algoritmos. Comentário de Ana Casarotti

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

15 Setembro 2020

Incêndios no Pantanal Pedro Luiz Côrtes traz levantamento dos focos e aponta desmonte de fiscalização, além das mudanças climáticas, como principal causa.

A reportagem é publicada por Jornal da USP no Ar, Rádio USP, 14-09-2020.

Este ano, além das queimadas na Amazônia, houve um aumento significativo dos focos de incêndio no Pantanal e o governo federal não tem agido de forma eficaz para controlar a situação. O professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, comenta o problema em entrevista ao Jornal da USP no Ar.

Segundo um levantamento feito pelo professor, o número de focos de incêndio atualmente verificado no Pantanal é 440% maior do que a média entre 2010 e 2019. “Entre os dias 1° de maio e 1° de setembro do ano passado, tivemos 2.502 focos. Este ano, registramos 8.501. Essa é uma tragédia muito grande, explicada por duas principais questões: o desmonte no Ministério do Meio Ambiente e sua estrutura de fiscalização, com críticas às ações de combate feitas abertamente pelo presidente da República, e também devido à questão climática peculiar, com uma seca muito forte, provocada pela transição entre os fenômenos El Niño e La Niña, que favorece a proliferação do fogo”, explica o especialista.

A diminuição do volume das chuvas também ocorre em boa parte do Brasil devido ao desmatamento da Amazônia. Esse fator, somado ao período de transição entre períodos de El Niño e La Niña, faz com que a umidade não chegue à região Centro-Oeste e do Pantanal. “As mudanças climáticas não são uma aposta para o futuro, elas já são uma realidade e uma das consequências é o que está acontecendo este ano, no Pantanal”, conclui Côrtes.

Saiba mais ouvindo a entrevista na íntegra.

Leia mais