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Recalcati e a tentação de novos muros

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05 Setembro 2020

"A grande oportunidade hoje é reler essa pandemia para elaborar um método de renascimento civil baseado em Instituições participadas e humanizadas pela Caridade, nos diz Recalcati, valendo-se da poética pasoliniana", escreve Massimo Calvi, em artigo publicado por Avvenire, 03-09-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

"Eles têm medo acima de tudo dos seres fracos, dos indefesos, dos enfermos, das mulheres, das crianças. Eles têm medo dos idosos”. Curzio Malaparte, conhecia bastante bem os alemães, entendidos como nazistas. No romance Kaputt de 1944, o declínio da pátria-Europa é o pano de fundo para os horrores da guerra, e o ódio que move contra os judeus e os "fracos" é imaginado como a ação de uma força obscura que surge dentro do espírito humano, um movimento de medo que impele a aniquilar o outro ao reprimir angústias e o traumas interiores. Não é uma absolvição, mas um olhar que expressa em forma literária o que é basicamente uma análise clínica precisa.

Hoje, que a psicanálise se tornou uma linguagem comum, temos mais uma ferramenta para interpretar os impulsos que atravessam a nossa época, onde voltaram a se agitar fantasmas capazes de evocar tempos mais sombrios: o soberanismo nacionalista, o populismo, o fanatismo, a ignorância como pretensão de uma verdade única, a obsessão com as fronteiras e, sobretudo, o medo de um inimigo que se acredita venha de fora e que gera ódio pelo outro, pelo diferente, pelo estrangeiro. A interpretação das dinâmicas sociais à luz da psicanálise é um exercício ao qual Massimo Recalcati vem se especializando há algum tempo. Fez isso recentemente com Le Nuove Melanconie (As novas melancolias, em tradução livre, Cortina), analisando a angústia coletiva gerada pela crise da ilusão hiperconsumista e a consequente transformação em pulsão securitária com características patológicas. Ele a repropõe em seu último ensaio La Tentazione del muro (A tentação do muro, erm tradução livre, Feltrinelli, p. 128, € 14,00), em que enriquece e reorganiza em cinco breves aulas sobre o Léxico Civil as transmissões veiculadas na primavera de 2020 pela Rai 3, última etapa da afortunada trilogia que atravessou o léxico familiar e o do amor.

A ocasião convida a atualizar a análise em virtude da revolução representada pela pandemia de Covid-19, para uma reflexão coletiva sobre a reconstrução. E aqui Recalcati às vezes parece querer alertar para os riscos de que a humanidade acabe "kaputt", vítima de seus próprios medos, se no esforço de recomeçar não puder redescobrir o valor das instituições, da política como mediação e, sobretudo, da Caridade. como tensão para a fraternidade e como amor pelo outro. Em um conto de Franz Kafka, A Construção, o protagonista tenta obsessivamente construir uma casa que exclua qualquer possibilidade de encontro com sujeitos externos e contaminação com o estrangeiro. Quando pensa que finalmente conseguiu, eis que a pretensão de tranquilidade é perturbada por um silvo imperceptível que, claro indicador de loucura, revela a dura verdade ao construtor: o "estrangeiro" não vem de fora, portanto, nos lembra Recalcati, mas é uma presença interna e insuprimível. É nessa lição freudiana que residem os elementos para conter a barbarização da vida social.

A pulsão neo-libertina que nutre o individualismo hipermoderno, assim como seu oposto, a pulsão securitária que conduz à transfiguração das fronteiras em muros, adverte Recalcati, habitam o humano desde sempre, e não devemos ter medo de reconhecê-las: é em sua deriva patológica que reside o perigo para os indivíduos e para a sociedade. Em suma, as pessoas precisam de fronteiras tanto quanto de liberdade, para viver, mas assim como o excesso de errância e caos leva à esquizofrenia, a loucura é filha do eu hipertrófico que se alimenta da construção de muros quando não somos capazes de tornar porosos os limites. O muro, portanto, é bom enquanto resta uma tentação, mas uma comunidade humana saudável é fundada em indivíduos dispostos a aceitar a "angústia" da liberdade, aquela "condenação" a ser livres de que falava Sartre. Liberdade é necessariamente a palavra fundamental no “léxico civil” de Recalcati, que de Freud a Lacan tem um significado muito preciso: renuncia à satisfação individual e imediata da pulsão, limite à fruição que prescinde dos outros. Uma condição esta, se pensarmos bem, que faltou completamente na longa temporada de irresponsabilidade e de acumulação da dívida social, econômica e ambiental, produto de uma cultura que em palavras se definiu como solidária, mas encoberta pelo véu da ideologia pretendeu descarregar sobre os outros - fossem eles jovens ou as populações mais fracas - os custos do próprio bem-estar.

A grande oportunidade hoje é reler essa pandemia para elaborar um método de renascimento civil baseado em Instituições participadas e humanizadas pela Caridade, nos diz Recalcati, valendo-se da poética pasoliniana. O vírus mostrou que a renúncia ao exercício da liberdade individual por um bem maior não levou a derivas autoritários, mas ao reconhecimento de uma interdependência planetária: precisamos do Outro como de um novo coração porque "ninguém pode se salvar sozinho e a liberdade sem fraternidade é uma palavra vazia”.

 

Leia mais

  • A curva da angústia. Artigo de Massimo Recalcati
  • Os negacionistas puberais. Artigo de Massimo Recalcati
  • A violência filha do Covid. Artigo de Massimo Recalcati
  • “Presos ao próprio Eu, é mais difícil tornar-se pais”. Entrevista com Massimo Recalcati
  • “A liberdade é vazia sem a solidariedade”. Entrevista com Massimo Recalcati
  • Nós, seres humanos condenados à liberdade. Artigo de Massimo Recalcati
  • Racismo psicológico: quando a mente se fecha devido a um vírus. Artigo de Massimo Recalcati
  • Os 80 anos da ''náusea'' de Sartre e o humanitarismo desencarnado. Artigo de Massimo Recalcati
  • O desejo imortal de fascismo. Artigo de Massimo Recalcati
  • Globalização gerou insegurança e, ao invés de derrubar, reforçou fronteiras
  • Soberania e nacionalismo, os inimigos segundo Francisco
  • A barbárie com rosto humano. Artigo de Slavoj Zizek

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