A moda que mata mais rápido o planeta

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19 Outubro 2019

A indústria têxtil nunca teve uma fama muito boa em termos de condições e tratamento aos seus trabalhadores. Agora, seu impacto deve ser incluído nas mudanças climáticas e na poluição dos oceanos por meio da dispersão de microfibras e do lixo gerado pelas roupas descartadas.

A nota é de Iñigo Sáenz de Ugarte, publicada por El Diario, 17-10-2019.A tradução é do Cepat.

No livro Fashionopolis. The Price of Fast Fashion & the Future of Clothes (Fashionopolis. O preço da moda rápida e o futuro das roupas, em tradução livre), Dana Thomas explica os danos que estão sendo causados pela ‘Fast Fashion’ e a ilimitada produção de vestuário, cuja expectativa de vida nas vitrines e armários está cada dia menor.

As cadeias de produção agora oferecem produtos baratos de boa qualidade que são indubitavelmente atraentes para o consumidor sem que este esteja consciente do impacto global da indústria. Tragédias como a do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, aumentam repentinamente o nível de conscientização das pessoas e as promessas da indústria em fazer as coisas de maneira diferente. A impressão posterior é que é difícil dos avanços, caso existam.

Matéria no jornal The New York Times destaca que “Thomas nos recorda que a indústria têxtil sempre foi um dos rincões mais sombrios da economia mundial. Como produto representativo da Revolução Industrial, os produtos têxteis foram cruciais no desenvolvimento do sistema capitalista globalizado e os abusos que se produzem hoje são baseados em uma longa história.

O trabalho escravo no sul dos Estados Unidos fornecia matéria-prima para as fábricas da Inglaterra, conhecidas pelo trabalho infantil e outros horrores, e para os Estados Unidos, onde os incêndios nas fábricas acabaram com as vidas de novos imigrantes no início do século XX.

Thomas relata que hoje existem imigrantes em Los Angeles vítimas de exploração e roubo de seus salários, sem mencionar os trabalhadores em Bangladesh, China, Vietnã e outros lugares que enfrentam condições de trabalho no mínimo sinistras ou desumanas, no pior dos casos. A moda é uma indústria que se baseia nas penalidades sofridas por quem não tem poder, nem voz, e em sua manutenção nesse estado”.

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