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Carta de Bento XVI sobre a crise dos abusos sexuais é um texto lamentável

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12 Abril 2019

Quando um amigo me enviou o artigo do Papa Emérito Bento XVI sobre as causas do abuso sexual clerical, eu pensei que o texto fosse uma farsa. Aqui, ao que parecia, tratava-se de uma caricatura do outrora poderoso intelecto de Joseph Ratzinger e das explicações conservadoras para a crise dos abusos sexuais. Aparentemente, o texto é autêntico, por isso devemos procurar outras razões pelas quais ele está tão errado – a tal ponto que o papa emérito saberia que está errado. Examinemos as dificuldades com esse texto.

O comentário é de Michael Sean Winters, publicado por National Catholic Reporter, 11-04-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Em primeiro lugar, Bento, como poucos outros, sabe que a crise é uma dupla aflição: há o fato do abuso e o fato de esse abuso ser encoberto. Em nenhum lugar do texto ele explora a segunda aflição. No entanto, ele sabe que, como cardeal prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, quando concluiu a sua investigação sobre os malfeitos do Pe. Marcial Maciel, nenhuma ação foi tomada contra o mais horrível dos perpetradores. Ele teria conhecimento das acusações feitas contra o então arcebispo Theodore McCarrick antes de sua promoção à Arquidiocese de Washington e ao cardinalato, e que essas acusações não foram respondidas ou foram ignoradas. Ele sabia das circunstâncias que forçaram o cardeal Bernard Law a renunciar à sua sé e a passar o resto de sua vida ocupando uma sinecura em Roma. Por que ele não menciona nada disso?

Em segundo lugar, o ex-papa, sem dúvida, está correto ao dizer que algo ocorreu nos anos 1960, que realmente houve uma revolução sexual. A cultura pop anunciou esse fato incessantemente. Como Bento estipula, é claro que a revolução sexual teve um efeito sobre a preparação dos homens para o sacerdócio e a vida nos seminários.

Se você olhar para estes gráficos sobre quando os perpetradores foram ordenados [em inglês], verá que a década que produziu o maior número de abusadores sexuais foi, de fato, a década de 1960, mas isso não tem nenhuma correlação com a afirmação de Bento de que a reforma dos seminários criou o problema.

A reforma dos seminários realmente não começou até o fim do Concílio Vaticano II e, em alguns lugares, até os anos 1970. Além disso, a década que produziu o segundo maior número de perpetradores foi a década de 1950, não a década de 1970. O ex-papa teria sido mais exato se tivesse dito que a formação do seminário pré-Vaticano II não preparava os homens para servirem em uma cultura pós-Vaticano II. Com isso, penso eu, todos podemos concordar. E um certo percentual desses homens eram psicossexualmente imaturos. É o seminário pós-Vaticano II, com sua ênfase na formação humana, que começou a eliminar os imaturos e a formar em sua maioria homens saudáveis e bem ajustados.

Em terceiro lugar, uma das razões pelas quais eu admirei por muito tempo a teologia de Ratzinger é que ele é muito sistemático, muito meticuloso e cuidadoso, com argumentos que vão até onde podem, e não além. No entanto, aqui temos uma série de anedotas sobre educação sexual e filmes maliciosos. Ele afirma: “O colapso mental também estava ligado a uma propensão à violência. É por isso que, nos aviões, não são mais permitidos filmes de sexo, porque podia explodir a violência entre a pequena comunidade dos passageiros”. Eu tive muita dificuldade em acreditar naquele “não são mais” na segunda frase – houve algum tempo em que as companhias aéreas realmente mostravam filmes eróticos?

Em quarto lugar, Bento é sempre descrito como uma alma gentil, mas parece ter prazer no fato de que um teólogo moral alemão, Franz Böckle, que desafiou as ideias que todos sabíamos que seriam dominantes na encíclica Veritatis splendor, de 1993, morreu antes que a encíclica fosse publicada. O Papa Emérito está buscando revanche? Não é o que se esperaria de um homem santo em idade avançada, preparando-se para conhecer o seu Criador.

Em quinto lugar, a análise de Bento sobre o papel da lei da Igreja no combate aos abusos sexuais está fora do rumo: o primeiro Código Universal de Direito Canônico foi publicado em 1917. Ele foi revisado pelo Papa João Paulo II, que emitiu um novo código em 1983. Em suma, quaisquer falhas encontradas em qualquer um dos códigos – e ele admite que as provisões criminais foram “construídas deliberada e vagamente” –, não podem ser atribuídas à má teologia pós-Vaticano II. No entanto, Bento insiste:

“Além disso, no entanto, havia um problema fundamental na percepção do direito penal. Apenas o chamado ‘garantismo’ [uma espécie de protecionismo processual] ainda era considerado ‘conciliar’. Isso significa que, acima de tudo, os direitos do acusado tinham que ser garantidos, a tal ponto que, de fato, excluíam qualquer condenação. Como contrapeso às opções de defesa geralmente inadequadas, disponíveis aos teólogos acusados, o seu direito de defesa por meio do garantismo era estendido a tal ponto que as condenações dificilmente eram possíveis.”

Quem sustentava essa percepção sobre o garantismo? Por que as condenações eram “dificilmente possíveis”? Foi o prefeito da Congregação para o Clero? Se sim, por que João Paulo II não o removeu? E, mais importante, não foi João Paulo II, com suas ideias sobre a marca indelével da ordenação presbiteral, que não quis que os padres perpetradores fossem destituídos para que as pessoas não questionassem o caráter ontológico do Sacramento das Ordens Sagradas? Bento sabe que foi isso. Novamente, eu não consigo acreditar que um homem santo que se prepara para a morte expresse tamanha falsidade.

Ao longo do texto, há vislumbres do velho Ratzinger, indícios de genialidade e beleza. “Se realmente quiséssemos resumir muito brevemente o conteúdo da Fé conforme estabelecido na Bíblia, poderíamos fazê-lo dizendo que o Senhor iniciou uma narrativa de amor conosco e quer incluir toda a criação nela”, afirmou o papa emérito. “A fé é uma jornada e um modo de vida”, escreve, uma frase que está muito alinhada com o Vaticano II.

Mas, no geral, trata-se de um texto lamentável que só prejudicará a reputação do ex-pontífice.

Perto do fim de sua vida, eu fiz uma longa entrevista com o cardeal Francis George. O diagnóstico de que seu câncer era terminal era conhecido por nós dois. Ficou rapidamente óbvio para mim que ele estava profundamente deprimido, assim como ele poderia estar. Seus raciocínios geralmente cuidadosos – havíamos falado várias vezes antes, e ele gostava de conversar comigo sobre as minhas colunas – haviam sido substituídos por afirmações e predições extremamente sombrias. Depois de alguns minutos, larguei minha caneta. Eu nunca usaria as palavras que vinham da boca dele, porque eram coisas que ele não diria se não estivesse naquela condição.

Ler esse documento do Papa Emérito Bento me lembrou daquele momento e levantou a questão: não havia ninguém que o amasse o suficiente para salvá-lo do embaraço que isso causará?

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