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Caos climático, capitalismo e geoengenharia

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19 Outubro 2018

"Vários fatores, como o fato de que o IPCC tem representantes de empresas petroleiras entre os autores do relatório, explicam esta enorme contradição entre alertar sobre a realidade climática e incluir propostas que a agravam", escreve Silvia Ribeiro, Pesquisadora do Grupo ETC, em artigo publicado por Alai, 18-10-2018. A tradução é de Graziela Wolfart.

Eis o artigo.

Acaba de vir a público um novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, referência científica das Nações Unidas no tema) que alerta sobre a necessidade urgente de mudanças e reduções drásticas de emissões de gases de efeito estufa (GEE) para deter o aquecimento global e que não ultrapasse 1.5 o C em relação aos níveis pré-industriais. O relatório é uma advertência importante e incontornável no que se refere à gravidade da mudança climática e das reduções que são necessárias. Já com o aumento de 1 o C sofremos consequências climáticas devastadoras em muitas regiões do mundo. Cada décimo de grau implica novos riscos, ameaçando de extinção ecossistemas inteiros.

O IPCC assinala claramente as causas da mudança climática em âmbito global: a emissão de GEE devido principalmente ao fato de que a energia, a indústria e a agricultura industrial se baseiam em combustíveis fósseis: petróleo, gás e carbono.

No entanto, o relatório falha nas propostas sobre os caminhos que podem ser tomados, já que não questiona o status quo econômico, nem a desigualdade global sobre quem o provocou e deve fazer imediatamente uma forte redução de emissões. Por evitar questionar os temas de fundo, inclui em suas propostas tecnologias de alto risco, como as de geoengenharia, que não são nenhuma solução e inclusive poderiam agravar o desequilíbrio climático.

Fica evidente, assim, a relação entre a geoengenharia e a preservação do capitalismo: para poder continuar com o modelo de “desenvolvimento” e produção industrial que provocou o desastre climático, se planeja usar tecnologias de alto risco para que alguns possam sobreviver conservando seus privilégios, mesmo que implique toda uma série de novas ameaças ambientais e sociais para milhões de outras pessoas.

Por isso, e coincidindo com o relatório do IPCC, 110 organizações internacionais e nacionais e 6 prêmios nobel alternativos, publicaram um Manifesto contra a geoengenharia , no qual grandes redes como Amigos da Terra Internacional, Via Campesina, Rede Indígena Ambiental, Aliança de Justiça Climática, Marcha Mundial de Mulheres, exigem um cessar fogo à geoengenharia e aos experimentos propostos, vários deles sobre territórios indígenas, tanto pelos impactos na biodiversidade, nas comunidades e povos, como pelo desvio que representa da atenção para soluções verdadeiras. (https://tinyurl.com/yakb6ghb)

Mesmo que existam tecnologias de geoengenharia contempladas em três dos quatro cenários colocados pelo IPCC, o Painel também reconhece em seu primeiro cenário que é possível limitar a temperatura sem usar essas tecnologias, que existem outros caminhos, como proteger e restaurar ecossistemas naturais e realizar mudanças na agricultura e outros setores, que evitam emissões e podem absorver e reter os gases de efeito estufa. Nesse cenário – o único justo – o IPCC esboça a necessidade de reduzir as emissões de CO2 em 45% até 2030.

Este número parece alto, mas é preciso recordar que somente 10 países, com os Estados Unidos no topo, são os responsáveis históricos de dois terços dos gases emitidos, e que atualmente, dez países são responsáveis por mais de 70 por cento das emissões, entre os quais se mantêm os Estados Unidos e a União Europeia. Esses dez países emitem duas vezes mais GEE que a totalidade de outros 175 países.

É uma imagem clara de injustiça climática global, mas é preciso agregar também a desigualdade dentro dos países. Segundo Kevin Anderson, especialista em mudanças climáticas da Universidade de Manchester, 50 por cento das emissões de carbono provêm das atividades dos 10 por cento mais ricos da população mundial, e se consideramos os 70 por cento das emissões, veremos que são provocadas por somente 20 por cento da população. Anderson explica que se for estabelecido um limite à “pegada de carbono” (consumo e produção) de 10 por cento dos indivíduos que são os maiores emissores, para que esta seja equivalente à pegada de carbono de um cidadão europeu médio (consideravelmente alta para a grande maioria dos países), as emissões globais de carbono se reduziriam em um terço em um ou dois anos. (https://tinyurl.com/yalat5wg)

Ao invés de analisar este tipo de propostas, o IPCC defende o conceito pouco lógico de “emissões negativas”. Significa que se pode continuar emitindo gases, caso forem neutralizados com tecnologias de geoengenharia, entre as quais inclui bioenergia com captura e armazenamento de carbono, captura direta de ar, mudança da química dos oceanos e outras, mesmo que reconheça que não está provada sua viabilidade econômica, técnica, nem ecológica, e que teriam fortes impactos negativos sobre a biodiversidade e segurança alimentar, entre outros.

Vários fatores, como o fato de que o IPCC tem representantes de empresas petroleiras entre os autores do relatório, explicam esta enorme contradição entre alertar sobre a realidade climática e incluir propostas que a agravam.

As organizações que assinam o Manifesto contra a geoengenharia, continuarão no caminho da resistência e das alternativas reais.

Leia mais

  • IPCC defende ‘mudanças sem precedentes’ para limitar aquecimento global a 1,5 °C
  • Comunicando a mudança climática na era da negação: uma coleção especial lançada no PLOS Biology
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