Bispo pede um sínodo extraordinário por causa dos escândalos sexuais

Foto: Mazur | catholicnews.org.uk

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25 Agosto 2018

O bispo de Portsmouth, no sul da Inglaterra, Monsenhor Philip Egan, escreveu ao Papa Francisco lhe pedindo que convoque uma reunião extraordinária do Sínodo dos Bispos por causa dos recentes escândalos de abusos sexuais cometidos por membros do clero.

A reportagem é publicada por ACI Prensa, 24-08-2018. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

A carta foi enviada ao Santo Padre em 22 de agosto e publicada no site da Diocese de Portsmouth.

Mons. Egan apontou que sua sugestão nasceu pelos recentes escândalos de abusos sexual clerical ocorridos nos Estados Unidos, especialmente depois da publicação do relatório da Suprema Corte da Pensilvânia, similar ao ocorrido na Irlanda, Chile e Austrália.

“O abuso sexual dos clérigos parece ser um fenômeno mundial na Igreja. Como católico e bispo, essas revelações me enchem de profunda tristeza e vergonha”, escreveu Mons. Egan ao Papa.

Ademais, indicou que se sentiu obrigado a oferecer uma “sugestão mais construtiva” e perguntou ao Papa se consideraria convocar um Sínodo Extraordinário sobre a Vida e o Ministério do Clero.

O bispo de Portsmouth disse que essa reunião poderia ser precedida por um “congresso” que seja dirigido aos bispos, porém organizado e coordenado por leigos, especialistas em escândalos de abuso do clero e na formação de política para proteção às crianças e outras pessoas vulneráveis.

Os resultados dessa reunião, sugeriu Mons. Egan, poderiam ser levadas a uma sessão formal do Sínodo dos Bispos, em Roma.

Os temas sugeridos para o sínodo poderiam ser a “identidade do que deve ser um sacerdote e/ou bispo”, idealizar um guia sobre “estilo de vida e apoio para o celibato”, propor uma “regra de vida para os sacerdotes e/ou bispos” e estabelecer “formas apropriadas de responsabilidade e supervisão sacerdotal e/ou episcopal”.

Mons. Egan disse que os resultados desse sínodo poderiam ser usados para propor mudanças à lei canônica e ajudar as dioceses a redigir suas próprias “diretrizes para o clero”.

Disse que como bispo diocesano tinha “poucas ferramentas” de ajuda para a gestão atual do clero.

“Uma vez ordenados, os sacerdotes e/ou bispos têm poucas avaliações formais contínuas ou supervisão ministerial”, escreveu Mons. Egan.

“Deveria ser possível pensar mecanismos para ajudar aos bispos em suas responsabilidades para o clero e ajudar ao clero a se dar conta de que não são 'operários solitários', mas sim ministros responsáveis da direção e a liderança da diocese”, agregou.

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