19 Outubro 2017
Prorrogar o Status de Proteção Temporária (TPS) para todos que vieram de El Salvador e de Honduras, diante da revisão do Congresso e da possibilidade de desativá-lo definitivamente. Esse é a solicitação contida no relatório sobre o Status de Proteção Temporária dos migrantes, intitulado “Chave fundamental para o desenvolvimento e proteção da América Central”, publicado pelo Instituto para a Migração e Serviços aos Refugiados da Conferência Episcopal dos Estados Unidos.
A informação é publicada por Agência Fides, 18-10-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.
Atualmente El Salvador e Honduras beneficiam-se do TPS, que em breve será revisto pelo governo dos EUA para alguns de seus cidadãos que ali residem. Estima-se que usufruem do TPS cerca de 200.000 pessoas provenientes de El Salvador e outras 57.000 de Honduras, na maioria pais de mais de 270.000 crianças cidadãs norte-americanas, muito integradas à vida cotidiana dos EUA.
Mons. Joe S. Vásquez, Bispo de Austin, Texas, Presidente da Comissão para as Migrações da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), na apresentação do relatório afirma: "Como demonstrado por este relatório, existem amplas evidências que sugerem que os atuais destinatários do TPS provenientes de Honduras e de El Salvador não podem retornar em condições de segurança ao seu país de origem neste momento".
Uma delegação dessa Comissão Episcopal, liderada pelo Bispo auxiliar de Los Angeles, Mons. David O'Connell, viajou para Honduras e El Salvador, de 13 a 19 de agosto, para examinar a capacidade desses dois países de acolher e integrar adequadamente o eventual retorno dos destinatários atuais do TPS.
Mons. Vásquez afirma em sua introdução: "Ao lerem este relatório, exorto-vos a direcionar seus pensamentos e orações para o povo de El Salvador e Honduras, incluindo os destinatários do TPS. Peço o vosso empenho e comprometimento com a solicitação à Administração dos EUA de uma extensão do TPS para El Salvador e Honduras ... e que contatem os líderes eleitos no Congresso para pedir seu apoio por uma solução legislativa para os destinatários do TPS que estão nos Estados Unidos há muitos anos".
O relatório, de 17 páginas, destaca a situação de risco e perseguição violenta a que seriam expostas muitas dessas famílias se fossem obrigadas a regressar ao seu país. De fato, justamente a violência das gangues e o controle dos grupos criminosos em algumas áreas desses dois países obrigaram a fugir muitos jovens e famílias inteiras para os Estados Unidos.
Na conclusão do relatório, além de solicitar uma prorrogação de 18 meses para a validade do TPS, convida os governos de El Salvador e Honduras para promover políticas de acolhimento e de segurança para os migrantes que desejem regressar ao seu país, e os Estados Unidos a continuar a apoiar as políticas de desenvolvimento na América Central, como uma arma efetiva contra a migração forçada.
Maiores detalhes sobre essa situação podem ser encontrados no site da Conferência Episcopal e no site da Comissão.
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El Salvador e Honduras : “É urgente prorrogar a proteção temporária aos emigrantes”, alertam bispos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU