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16 Outubro 2018

Quase no final de sua homilia em missa logo antes da canonização de Santo Óscar Romero, o padre jesuíta José Maria Tojeira gritou para a multidão do lado de fora da Catedral Metropolitana: “Viva Monseñor Romero!” [Viva o D. Romero!]

A multidão vigorosamente gritou de volta: “Que Viva!” [Viva!]

A reportagem é de David Agren, publicada por Catholic News Service, 15-10-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

“Não estamos venerando um corpo”, disse Tojeira, “mas antes alguém que está vivo, junto com Deus e nos corações de todos os cristãos que querem continuar com a realidade do Evangelho”.

Durante o dia 14 de outubro – desde muito cedo da manhã em El Salvador - os salvadorenhos se reuniram na praça em frente à catedral para assistir à cerimônia em telões; outros assistiram em suas paróquias.

Romero foi morto a tiros quando celebrava a missa em 24 de março de 1980. Seu legado de mostrar preferência pelos pobres e promover a paz continua vivo em El Salvador, onde, mesmo em morte, ele desempenha um papel enorme na vida pública do país e ocupa um lugar especial em sua consciência coletiva - tanto para devotos como para detratores.

Ele se torna o primeiro santo de El Salvador. Mas seu papel atual no país transcende a religião. Ele também assumiu o status de herói nacional, cujas palavras – ditas em homilias - soam proféticas e parecem atuais quase quatro décadas após sua morte.

“Ele ainda é o líder mais venerado e respeitado dos últimos 100 anos, certamente nos últimos 50 anos”, disse Rick Jones, assessor de jovens e migração da Catholic Relief Services, em El Salvador.

“Ele ainda é o ponto de referência para o que as pessoas estão procurando em termos de alguma voz que fala sobre reconciliação, justiça e esperança por uma transformação não-violenta”.

O assassinato de Romero aconteceu quando o país estava à beira da guerra civil, que estourou nos anos 1980. Sua canonização acontece enquanto o país é convulsionado pela violência, em grande parte atribuída a gangues que aterrorizam as populações que vivem nos bairros sob seu controle.

Como arcebispo de San Salvador, a capital nacional, Romero acompanhou os pobres numa época em que cerca de dois terços da população vivia na pobreza. Ele também expressou as demandas popular por melhores salários e críticas à “oligarquia” - como as elites foram criticamente chamadas - num momento em que seus críticos taxavam esse discurso como “comunista”. Ele também pediu a suspensão da assistência militar dos EUA.

A pobreza e a desigualdade contra as quais Romero se pronunciou ainda são abundantes em 2018. Muitos salvadorenhos também ainda fogem do país para escapar da violência e das indignidades, fazendo com que suas palavras ressoem com as gerações mais jovens e até com alguns evangélicos e ateus.

“O que ele disse ainda é válido. Suas palavras ainda carregam um peso enorme”, disse Douglas Martínez, que é vendedor em San Salvador. “Ele era praticamente um profeta nesta terra”.

A canonização nunca foi certa para Romero, embora alguns no país o considerassem santo há muito tempo.

“Para mim e para muitas pessoas no país - um bom número de pessoas com um compromisso social - o bispo Romero é considerado santo desde seu martírio, e agora isso é formalizado”, disse Gabina Dubon, coordenadora do ministério social transformacional na Caritas de El Salvador.

“Naquela época não havia liberdade de expressão. Ele se tornou uma voz para aqueles sem voz, um defensor da vida, da dignidade, da solidariedade e do bem comum”.

Romero serviu apenas três anos como arcebispo de San Salvador, no entanto deixou um legado através de suas homilias, que foram transmitidas em todo o país.

Os participantes de uma procissão para a catedral levaram placas com citações tiradas dessas homilias. “Não há pecado mais diabólico do que tirar o pão dos famintos”, dizia uma placa. “É necessário chamar a injustiça pelo seu nome”, dizia outra.

As celebrações carregaram conotações políticas para alguns. Uma comissão da verdade da ONU apontou Roberto d'Aubuisson, ex-oficial do exército e fundador da aliança conservadora ARENA, como o "autor intelectual" do assassinato. Ele morreu de câncer em 1992.

O padre Neftali Ruiz carregou um cartaz que criticava duramente a ARENA e que dizia sobre Romero: “O povo fez dele um santo”.

Ruiz ficou do lado de fora da mesma catedral onde dezenas de milhares de salvadorenhos choraram por Romero em seu funeral, no qual atiradores abriram fogo matando pelo menos 40 pessoas.

Apenas um bispo salvadorenho compareceu ao funeral: o arcebispo Arturo Rivera Damas, que foi nomeado sucessor de Romero em San Salvador.

“Ele sempre defendeu Romero”, disse Tojeira sobre Rivera, “e falando em particular... ele dizia: 'Um bispo como Romero aparece uma vez a cada 500 anos'“.

A canonização de Romero mostrou como o momento mudou no país e na Igreja, no entanto, em entrevista, Tojeira ironizou os críticos de Romero: “Eles costumavam dizer 'comunista'. Agora eles têm um discurso um pouco mais civilizado, mas que continua parecido”.

Celebrações da canonização ocorreram em dioceses por todo El Salvador - até mesmo em San Vicente, onde os padres abençoavam os helicópteros do exército durante a guerra civil. Ruiz lembrou ter sido expulso do seminário menor em 2000 por se recusar a deixar de exibir uma imagem do arcebispo.

Hoje, imagens de Romero enfeitam tudo, desde selos postais às paredes do palácio presidencial, murais e anúncios políticos, enquanto o partido governante tenta capitalizar sua popularidade e sua reputação incorruptível.

A tentativa dos políticos de se apropriarem de sua imagem incomoda alguns devotos, já que o crime, a corrupção e a pobreza persistem em níveis alarmantemente altos. Romero também criticava ambos os lados do espectro político.

“[Os políticos] não praticam o que ele pregava”, disse Elsy Cornejo, que estava vendendo CDs das homilias de Romero. “Ele falou de paz e de acompanhar os pobres”.

Com a taxa de homicídios em El Salvador figurando entre as mais altas do mundo e as gangues atacando os moradores pobres dos bairros com crimes como extorsão e recrutamento forçado de adolescentes, Cornejo acrescentou: “Também estamos praticando muito pouco do que ele pregou”.

Observadores da Igreja expressaram a esperança de que a canonização de Romero possa trazer unidade a um país com a política polarizada e oferecer uma possibilidade de melhoria.

“Ele apresenta um símbolo para a reconciliação”, disse Jones, “e uma maneira diferente de avançar para além de uma perspectiva de esquerda ou direita”.

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