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Abusos. Dom Scicluna: uma humilhação que nos fará mais humildes

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10 Outubro 2018

“Não há outros caminhos para a humildade senão a humilhação”. De acordo com dom Charles Scicluna, a crise dos abusos sexuais de menores é uma oportunidade para que a Igreja responda à “sede de justiça” das vítimas e de todo o povo de Deus. Padre sinodal, o arcebispo de Malta foi promotor de justiça da Congregação para a Doutrina da Fé de 2002 a 2012 e foi responsável pelos casos de pedofilia na Igreja. Sua presença na coletiva de imprensa diária sobre o Sínodo sobre os jovens que está acontecendo no Vaticano (de 3 a 28 de outubro) transformou-se inevitavelmente em uma coletiva de imprensa sobre as notícias dos últimos três meses e sobre as perspectivas para o futuro próximo. A assembleia sinodal, disse o religioso maltês, não é o lugar para esperar “respostas rápidas” ao tema “tremendamente trágico” dos abusos sexuais. Isto deverá acontecer no encontro dos presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo convocado pelo Papa Francisco; esta reunião especial abordará questões como uma maior responsabilidade (“accountability”) dos bispos, a lentidão da justiça eclesial e a cooperação necessária com as autoridades civis.

A reportagem é de Iacopo Scaramuzzi, publicada por Vatican Insider, 08-10-2018. A tradução é de André Langer.

O Papa Francisco, que em 2015 o nomeou presidente do Colégio para examinar os recursos na sessão ordinária da Congregação para a Doutrina da Fé em matéria de ‘delicta graviora’, também enviou dom Scicluna ao Chile para investigar as denúncias contra o padre pederasta Fernando Karadima, no olho do furacão, e dos fiéis da diocese de Osorno, onde era bispo um dos alunos deste último, dom Juan Barros, que, entretanto, renunciou.

“O momento presente é muito importante, porque um dos frutos pode ser tornar-se mais humilde, e não há outro caminho para a humildade senão a humilhação”, disse dom Scicluna ao responder à longa série de perguntas dos jornalistas que estavam na Sala de Imprensa do Vaticano. “O que eu penso sobre as pessoas que dizem: ‘Vocês fazem uma coisa e dizem outra, que vergonha’? Eu penso que elas estão certas. Nós devemos nos envergonhar. E acredito que não há outra maneira além da humildade e do silêncio. Não tenho uma receita instantânea. Às vezes, essas coisas requerem muito mais tempo do que se imagina. Mas, ao mesmo tempo, penso que há muitos padres santos por aí. Como o Papa escreveu, a santidade é o encontro da minha fraqueza com a misericórdia de Deus. E há muitos sacerdotes que vivem santamente e mudam a vida das pessoas. Este milagre acontece todos os dias e seguramente não conquista as manchetes dos jornais, como fazem as cartas e as contra-cartas, mas acontece todos os dias. Eu não acredito nisso: eu vejo isso todos os dias. Deveríamos ter esse forte senso da realidade, não pensar que as cartas que nos mandamos sejam a coisa mais importante da Igreja, porque, do contrário, vivemos em uma bolha. Quando você encontra pessoas que mudaram suas vidas no encontro com um santo sacerdote compreende isso, mesmo que seja mais uma notícia uma árvore que queima do que uma floresta que cresce”.

Durante o Sínodo, disse o religioso maltês, “um momento muito importante foi o ‘mea culpa’ pronunciado pelo arcebispo Fischer (Anthony Fischer, de Sidney, ndr.). Acho que ele interpretou bem os sentimentos de muitos de nós. A questão dos abusos sexuais de menores está no Instrumentum laboris, no ponto 66; então não é algo que tenha entrado pela janela, já era um tema presente. É uma experiência que alguns jovens fizeram da Igreja, vendo homens da Igreja que dizem uma coisa e fazem outra. Tenho a impressão de que o tema também foi abordado em todos os círculos linguísticos, que é um tema geral que terá que encontrar maior espaço no documento final. Sabemos que a maioria das vítimas são jovens, devemos falar das feridas infligidas precisamente por aqueles que deveriam ter cuidado deles: é muito mais do que trágico, é tremendamente trágico. E o Papa Francisco, cercado de bispos de todo o mundo, tem o mesmo desejo de passar das palavras belas às ações, para que a Igreja seja um lugar mais seguro e levar as diferentes culturas a aplicar a carta circular que a Congregação para a Doutrina da Fé enviou às conferências episcopais de todo o mundo em 2011, para propor diretrizes que depois foram revistas pela própria congregação. Devemos ir à raiz dos abusos, aumentar a responsabilidade. E não apenas pelo que fazemos, mas também por tudo o que não fazemos, como esclareceu o Santo Padre com o ‘motu proprio’ sobre os bispos negligentes, que foi uma mensagem muito forte. Nós, bispos, que somos responsáveis diante de Deus ou da nossa consciência, mas também diante do nosso povo”.

“Mas o Sínodo não é sobre os abusos. Temos um encontro importante em fevereiro, com os presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo – lembrou Scicluna – e acredito que este será o momento em que teremos de levantar a questão não apenas da prevenção, mas também da responsabilização: acredito que este é o melhor lugar. Não espero respostas rápidas neste Sínodo, há muitas outras questões em discussão, mas o encontro de fevereiro é o lugar certo para essas questões”.

Na Igreja, especificamente, “espera-se maior responsabilidade dos bispos” e “acredito que devemos confiar no Papa Francisco para que se realize um sistema em que haja uma responsabilização maior”. No encontro de fevereiro, pelo qual “felizmente não sou responsável”, “como bispo, presidente da pequena Conferência Episcopal de Malta, penso que devemos nos dar conta, em primeiro lugar, apesar de vir de diferentes países e culturas, que os abusos sexuais não são um problema ligado a uma cultura específica ou a uma determinada área geográfica do mundo, como alguém disse no passado. Mas, claro, diferentes culturas têm maneiras diferentes de lidar com o problema no campo. Existem culturas nas quais a vergonha é o maior obstáculo para descobrir os abusos. Mas também devemos ir à raiz do problema. O Papa Francisco chama-o de clericalismo e devemos ser mais concretos para dizer o que esse terreno fértil significa, essa perversão do ministério, devemos neutralizar a tendência de tratar o ministério como uma fonte de poder. E depois existe a questão da formação do clero, da seleção. E também a questão da cooperação com as autoridades civis. É fundamental dar respostas às nossas comunidades, porque o problema tem a ver com todos nós”.

Com relação aos jovens, muitos dos quais não vão à Igreja, “o ponto não é a Igreja ou os bispos, mas Jesus: se você encontra Jesus, quer estar lá. As famílias não são feitas de santos, muitos são pecadores (“join the club!”), mas as pessoas continuam a criar famílias. Eu diria aos jovens: vocês têm sede de justiça, sede de Deus, concentrem-se na face amorosa e terna de Jesus, e nesse momento quererão fazer parte da família da Igreja, ainda que cheia de pecadores”.

Ao jornalista que fez uma pergunta específica sobre o caso McCarrick, Scicluna respondeu recordando que a equiparação entre os adultos com deficiência com menores, no direito eclesiástico em relação aos crimes de pedofilia, é “um desenvolvimento na lei da Igreja” introduzido por Bento XVI: “Não sei se a lei vai se desenvolver ainda mais, mas acho que temos que levar a questão em consideração.” Mas não neste Sínodo, mas no encontro de fevereiro.

“O que me magoa – disse Scicluna – é que a justiça (eclesial, ndr.) às vezes leva um tempo um pouco exagerado, e este é um problema que entristece muito o Papa Francisco; sei como testemunha direta o quanto o Papa sofre por causa dessa lentidão. Mas há também a justiça civil que deve ser respeitada, porque as respostas não devem ser dadas apenas dentro da Igreja, mas, se o crime é civil, devemos respeitar a jurisdição civil e sujeitar os culpados (como Bento XVI diz na carta a fiéis irlandeses) às consequências de suas ações deliberadas. Como bispo, agora, estou do outro lado da mesa, vivo essa experiência como pastor do meu povo: pai para o sacerdote que peca, pai para a vítima. Esta é uma divisão trágica para o bispo. Buscar a verdade é essencial, mas aprendi, no meu serviço à minha Igreja, uma pequena Igreja, que devo contar com a ajuda de um especialista; não posso confiar apenas na minha prudência, porque há uma emoção espiritual, há uma proximidade que não me permite a distância necessária para um julgamento sereno. Por isso, criei um grupo de especialistas leigos que fazem a investigação e me dão as indicações para um juízo, e isso me deixa bastante sereno, ser um pastor a serviço da verdade e da incolumidade do meu povo”.

Aos jovens que sofreram abusos “tenho pouco a dizer: preferiria chorar com eles, como já me aconteceu muitas vezes. Diante dessa tragédia, o silêncio e o choro são a primeira resposta. Mas depois há uma grande sede de verdade e de justiça, que não é incompatível com a misericórdia, porque todos nós precisamos de misericórdia, mas a misericórdia é vazia se a verdade não é respeitada. É preciso dizer pecado ao pecado, esta é a justiça. Quando o Papa Francisco fala de santidade, na Gaudete et exsultate, recorda que Jesus falou de ‘sede e fome’ de justiça, porque a sede e a fome são o instinto mais forte: é como se sem justiça não pudéssemos viver, porque a sede e a fome de justiça são radicais, fundamentais. E quando encontro as vítimas (que já não são mais jovens porque falar de uma experiência dolorosa às vezes leva anos) deparo-me com uma grande sede e uma grande fome de justiça, que compartilho”.

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