Por: André | 16 Outubro 2012
Hebreus e cristãos unidos para cultivar uma floresta, em Israel, em memória do cardeal Carlo Maria Martini: neste dia 11 de outubro, aniversário do início dos trabalhos do Concílio Ecumênico Vaticano II, por iniciativa do rabino italiano Giuseppe Laras, e com o beneplácito da Fundação Cultural S. Fedele, de Milão, e do Keren Kayemeth Le-Israel (o Fundo Nacional Hebraico), foi apresentado um abaixo-assinado para que seja plantada em Israel, terra muito amada pelo cardeal Carlo Maria Martini, uma floresta em sua memória e em sua honra.
A reportagem está publicada na Rádio Vaticana, 13-10-2012. A tradução é do Cepat.
Os pontífices João XXIII, João Paulo II e Bento XVI já receberam esta homenagem por parte de Israel, mas nesta ocasião e com esta iniciativa, se quer manter viva na memória um grande cardeal.
É a primeira vez que uma instituição judaica presidida por um rabino, e em acordo com instituições cristãs, promove uma iniciativa deste tipo.
O rabino Giuseppe Laras desejou firmemente que esta ideia pudesse envolver cristãos e hebreus juntos, com a finalidade de potencializar, ampliar e reforçar a participação, estima e amizade recíprocas, tal como o teria desejado e sonhado o cardeal Martini.
Deste modo, oferecendo árvores em sua memória, toda pessoa de boa vontade pode aderir e apoiar em primeira pessoa esta iniciativa à qual estão convidados os centros culturais, empresas, paróquias, dioceses, jornais, comunidades judaicas, municípios, escolas. Além da satisfação emotiva do doador, o Fundo Nacional Hebraico entregará, por cada doação, um certificado que ateste o número de árvores doadas para esta finalidade.
Esta floresta, segundo se indica em um comunicado, que acolherá milhares de árvores, surgirá nas proximidades de Tiberíades, cidade que fica na margem ocidental do mar da Galileia, uma localidade amada pelo cardeal, altamente simbólica, seja para os hebreus como para os cristãos.
Da entrevista coletiva de apresentação deste singular projeto, participaram dom Gianfranco Bottoni, que por anos fora um estreito colaborador do cardeal Martini, dom Gianantonio Borgonovo e Pier Francesco Fumagalli, ambos doutores da Biblioteca Ambrosiana, o engenheiro Roberto Jarach, vice-presidente da União de comunidades Judaicas Italianas, o Dr. Bruno Dapei, presidente do Conselho Provincial de Milão, o Dr. Enrico Schwarz, diretor da Fundação Maimônides.
Foi o sacerdote Lino Dan, superior da Comunidade jesuíta de San Fedele que, ao apresentar a iniciativa, recordou que nesta data, 11 de outubro, se celebram os 50 anos da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, e igualmente significativo e belo será recordar o cardeal Martini, assim como também o diálogo entre hebreus e cristãos.
Alfonso Arbib, rabino-chefe de Milão, por sua vez, ao tomar a palavra foi incisivo ao recordar aos presentes que “as árvores são um sinal de vida e de paz”, para acrescentar que “é belo e importante que em Israel – que tem tanta necessidade e sede de paz – sejam plantadas árvores em memória de um queridíssimo amigo, grande e autêntico homem de diálogo e de paz”.
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Uma floresta às margens do mar da Galileia para honrar a memória do cardeal Martini - Instituto Humanitas Unisinos - IHU